Saiba por onde andam os jogadores que disputaram a última Libertadores do Fluminense
O grupo de jogadores do Fluminense mudou muito desde que o clube disputou a Libertadores pela última vez. Do atual elenco, apenas o goleiro Marcos Felipe e o centroavante Fred estavam na lista de inscritos em 2013. Por isso, o Saudações aproveitou para revelar o paradeiro dos demais atletas.
Com apenas 16 anos, Marcos Felipe era a quarta opção para o gol tricolor em 2013. Hoje, aos 24, o ‘Moleque de Xerém’ — assim como o outro remanescente, Fred — é titular do Fluminense. Em entrevista exclusiva ao Saudações, o goleiro falou sobre o retorno à competição.
“Emoção muito grande de poder ajudar o Fluminense a voltar a Libertadores e ainda poder realizar o sonho de poder jogar. Feliz demais”, disse o camisa 1.

Outros jogadores que disputaram a última Libertadores pelo Fluminense
Em 2013, o Fluminense disputava a Libertadores pela terceira vez seguida. Algo até então inédito na história do clube. Mantida a base do time campeão carioca e brasileiro em 2012, o Flu precisou se reforçar pouco. Para a disputa, chegaram apenas os laterais Wellington Silva e Monzón, o meia Felipe e o atacante Rhayner.
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No entanto, o Tricolor não obteve o desfecho esperado pela torcida. O Flu acabou eliminado pelos paraguaios do Olimpia — que se tornariam vice-campeões — ainda nas quartas-de-final do Torneio.
Após quase uma década, o Saudações procurou saber por onde andam os jogadores que estavam no clube em 2013. Dos 30, alguns já até encerraram suas carreiras. É o caso, por exemplo, do goleiro Ricardo Berna — que hoje trabalha como couch — do zagueiro Leandro Euzébio, dos volantes Edinho e Valência, além dos meias Deco e Felipe.
No entanto, o mais curioso é Fábio Braga. O filho do técnico Abel Braga pendurou as chuteiras aos 25 anos e resolveu virar empresário. Entre as carreiras agenciadas pelo ex-volante está a do próprio pai, então técnico do Flu em 2013 e que hoje treina o Internacional de Porto Alegre.
Enquanto que outros estão atualmente sem clube. É o caso dos campeões brasileiros Bruno, Carlinhos, Jean e Wellington Nem.
Confira por onde andam os demais jogadores que estiveram na última Libertadores que Fluminense disputou:
Diego Cavalieri (Botafogo)

Contratado para Libertadores 2011, Cavalieri se tornou um dos heróis do título brasileiro de 2012. O goleiro permaneceu em Laranjeiras até 2017, se tornando assim o terceiro goleiro com mais jogos pelo Tricolor com 352 partidas disputadas — atrás apenas dos ídolos Castilho e Paulo Victor, respectivamente. Mas, no fim do ano, acabou envolvido na polêmica “dispensa via WhatsApp” da gestão Peter Siemsen. Da mesma forma que outros medalhões como o zagueiro Henrique e o meia Marquinho.
O ex-goleiro do Liverpool, então, voltou para a Inglaterra. Após uma temporada no Crystal Pallace e de ser até especulado no Manchester City, Cavalieri assinou com com o Botafogo em 2019. Em 2020/21, o arqueiro foi titular em boa parte da campanha que culminou com o fatídico rebaixamento do Alvinegro para a Série B do Brasileirão.
Kléver (Boavista)

Formado nas categorias de base do clube, Kléver amargou a reserva de Cavalieri por alguns anos. Até 2015, por exemplo, o arqueiro havia disputado apenas nove jogos na carreira. Em 2016, no entanto, o goleiro trocou o Flu pelo Atlético-GO, clube que defendeu até o fim de 2018. Após uma rápida passagem pelo Guarani, em 2019, chegou ao Verdão de Saquarema em 2020.
Wellington Silva (Remo)

Em 2013, Wellington Silva — assim como os meias Felipe e Beto ‘Cachaça’ e o atacante argentino Narciso Doval — se tornou mais um jogador a trocar o Flamengo diretamente pelo Fluminense. O lateral ainda chegou a ser emprestado ao Internacional em 2015 antes de voltar e se destacar em 2016, quando fez parte do time que conquistou a Copa da Primeira da Liga. Também passou pelo Bahia por empréstimo antes de ser mais um dos dispensado via WhatsApp no final de 2017. Desde então, passou por CSA, Boavista e Juventude antes de chegar ao Clube do Remo.
Gum (CRB)

Um dos símbolos do Time de Guerreiros em 2009, campeão brasileiro em 2010 e 2012, carioca em 2012 e da Copa da Primeira Liga em 2016, Gum é um dos maiores ídolos da história recente do Fluminense. Entre altos e baixos, o zagueiro disputou 414 partidas com a camisa tricolor. Se tornando assim o oitavo com mais jogos pelo clube. Além disso, pelo motivos supracitados, se tornou atleta mais vitorioso do Tricolor no Século XXI. No fim de 2018, entretanto, Gum não teve o contrato renovado e deixou Laranjeiras. Em 2019, o defensor assinou com a Chapecoense. Logo depois trocou o clube catarinense pelo CRB de Alagoas. Onde, recentemente, renovou o contrato até o fim de 2021. Mas o zagueiro diz sonhar com um retorno ao Fluminense antes de encerrar a carreira.
“Vontade não falta (de encerrar a carreira no Fluminense). Muitos anos de Fluminense, identificação com o clube e a torcida. Se tiver oportunidade será prazeroso voltar para casa”, disse Gum em entrevista a revista “IstoÉ”.
Digão (Buriram United – TAI)

Dentre os jogadores que estavam na última Libertadores disputada pelo Fluminense, Digão é quem esteve mais recentemente no clube. O zagueiro, aliás. fez parte do início da campanha do Tricolor no Brasileirão 2020/21, chegando a disputar 10 partidas na competição.
Digão estava em sua segunda passagem pelo Flu. O zagueiro, revelado no clube, deixou o Tricolor em 2013 para se tornar “Rei” enquanto defendia Al Hilal, da Arábia Saudita. Além disso, também defendeu o Al Sharjah, dos Emirados Árabes Unidos, e o Cruzeiro antes de retornar ao Fluminense em 2019. Em meados de 2020, no entanto, o defensor acertou sua saída para o Buriram United, da Tailândia.
Elivélton (Boavista)

Considerado baixo, mas com bom por porte físico, Elivelton estreou no Fluminense em 2012, com apenas 18 anos. Tratado com uma promessa da zaga, o defensor, no entanto, não vingou com a camisa Tricolor. Acabou colecionando empréstimos para Náutico, Fortaleza e Tupi antes de acertar com o Boavista em 2018. Também chegou a ser emprestado pelo Verdão de Saquarema para CSA, Vila Nova e Santa Cruz, mas sempre retornou a tempo de disputar o Campeonato Carioca.
Anderson (Olaria)

O experiente Anderson era um dos jogadores do setor quando Abel Braga disse que “o Fluminense tinha zagueiros para os próximos seis anos”. O defensor, no entanto, não ficou muito tempo no Tricolor das Laranjeiras. Já em 2014, acertou com o Ceará. E, desde então, rodou pelo país, passando por Nova Iguaçu, Vila Nova, Botafogo-PB e Tombense. Aos 38 anos, o zagueiro hoje defende o Olaria, que disputa a segunda divisão do futebol carioca.
Fabián Monzón (Atlético Tucumán – ARG)

Em 2013, o argentino Fabián Monzón chegou ao Fluminense por empréstimo do Lyon, da França, para substituir Carleto como reserva de Carlinhos. O lateral-esquerdo chegou a ser reprovado nos exames médicos por uma anomalia em uma válvula do coração. Porém, mesmo assim, acabou sendo contratado.
Mas a sua passagem não empolgou. Monzón disputou apenas nove jogos antes de acertar sua transferência para o Catania, da Itália. Ainda chegou a retornar ao Boca Junior — clube que o revelou na Argentina — e a passar pelo Univesidad de Chile. Atualmente, defende o modesto Atlético Tucuman em sua terra natal.
Diguinho (São José)

Diguinho chegou ao Fluminense em 2009, vindo do Botafogo, e se tornou um dos principais motores do Time do Guerreiros. Aos 37 anos, o interminável volante está no São José, do Rio Grande do Sul. Em 2020, inclusive, marcou o gol da vitória do Zequinha sobre o Grêmio pelo Gauchão. Antes, já havia passado por Vasco, São Paulo-RS e Aimoré desde que deixou o Flu em 2014.
Thiago Neves (Sport)

Dentre os jogadores inscritos naquela Libertadores, Thiago Neves talvez fosse aquele com mais história pelo Fluminense na competição. Afinal, o meia por pouco não terminou como herói em 2008, após se tornar o primeiro jogador a marcar três gols em uma final.
Em 2013, o camisa 10 estava em sua terceira passagem por Laranjeiras. No mesmo ano, assim como Digão, trocou o Tricolor pelo Al Hilal, da Arábia Saudita. Também passou por Al Jazira, dos Emirados Árabes Unidos, Cruzeiro, onde ficou marcado pelo polêmico áudio do “Fala Zezé” — que acabou virando um meme — e Grêmio. Depois de ser dispensado pelo Tricolor Gaúcho, acertou com o Sport em 2020.
Wagner (Juventude)

Assim como Thiago Neves, Wagner também teve um vice-campeonato da Libertadores no currículo. O apoiador ficou no quase enquanto vestia a camisa do Cruzeiro em 2009.
O meia, revelado junto com Fred no América-MG, foi contratado junto ao Gaziantepspor, da Turquia, em 2012. Wagner então permaneceu no Fluminense até 2015, quando acertou com o Tianjin Teda, da China. Em 2017, retornou ao Brasil para defender o Vasco. Também passou pelo Al Khor, ex-time de Lucca no Qatar e atualmente veste as cores do Juventude de Caxias do Sul.
Eduardo (Xanthi – GRE)

Quando o Fluminense chegou a final da Copa São Paulo de Futebol Júnior, em 2012, Eduardo era o camisa 10. Meia canhoto e habilidoso, o jogador era tratado com um dos talentos das categorias de base do Tricolor. Porém, Eduardo nunca conseguiu se firmar. Pelo profissional chegou a ser improvisado na lateral-esquerda e disputou apenas 14 partidas.
Além disso, colecionou empréstimos para Ceará, Joinville, Bahia, América-MG e Estoril, de Portugal. Em 2018, foi negociado pelo Fluminense e permaneceu no clube português. Na temporada seguinte, o trocou o Estoril pelo Braga. E, após três temporadas no futebol português, acertou com o modesto Xanthi, clube da primeira divisão da Grécia.
Rhayner (Sanfrecce Hiroshima – JAP)

Em 2013, Rhayner chegou por empréstimo do Tombense com o estigma de ser um atacante que não fazia gols há dois anos. Pelo Flu, o jogador até quebrou o jejum e chegou a balançar as redes cinco vezes em 48 jogos com a camisa tricolor. Mas se destacou mais pela raça do que pelo futebol. Tanto que no ano seguinte, trocou o Flu pelo Bahia. Desde então, Rhayner passou por Vitória, Ponte Preta, Kawasaki Frontale e, finalmente, Sanfrecce Hiroshima, ambos do Japão. O jogador, aliás, mudou de posição e agora atua ou de ala ou de volante e, em 2019, chegou a marcar um golaço de bicicleta pela Copa do Imperador do Japão.
ハイネル ゴラッソ⚽️✨🧸 pic.twitter.com/5OMLrQN85T
— まぁーゃん☆☆☆ (@mado_1222) September 18, 2019
Rafael Sóbis (Cruzeiro)

Em 2013, Sóbis virou meme na derrota por 3 a 0 para o Grêmio em casa. Após ser substituído, o ex-atacante de Inter e Al Jazira, que chegou ao Flu em 2011, expressou toda a sua insatisfação com o resultado.

Sempre com muita garra, o atacante ‘roqueiro’ permaneceu no Flu até o fim de 2014, quando acertou com o Tigres, do México. Depois duas temporadas no futebol mexicano — onde atuou ao lado do francês Gingnac.
Sóbis retornou ao Brasil para vestir a camisa do Cruzeiro. Também defendeu o Internacional — clube que o revelou e onde foi bicampeão da Copa Libertadores da América — e o Ceará. Em 2020, no entanto, voltou ao Cruzeiro para a disputa da Série B.
Marcos Júnior (Yokohama Marinos -JAP)

Assim como Eduardo, Marcos Júnior também era um dos destaques do Fluminense no vice-campeonato da Copinha 2012. No mesmo ano, o atacante subiu para os profissionais e se tornou um talismã para o então técnico Abel Braga, que o apelidou de “Resolve”. Em 2014 chegou a ser emprestado ao Vitória, mas depois voltou e se firmou no Flu. Entre a titularidade e a reserva, o “Kuririm” disputou 243 partidas com a camisa tricolor. Se destacando, sobretudo, em 2017, também com Abelão no comando. Em 2019, porém, o atacante não renovou contrato e acertou com o Yokohama Marinos, do Japão. Mas, nas redes sociais Marcos Júnior mostra que nunca esqueceu o amor pelo Tricolor, sendo até sócio-torcedor do clube.
Samuel Rosa (Buriram United – TAI)

Após se destacar como artilheiro do Sub-20 em 2011, Samuel surgiu como reserva de Fred em 2012. O atacante até deixou sua marca no título. Como o gol na vitória por 1 a 0 sobre o Goiás no Estádio Nilton Santos, por exemplo. E, em 2013, marcou o gol da vitória sobre o Bahia, que salvou o Fluminense do rebaixamento — depois que Flamengo e Portuguesa perderam pontos pela escalação irregular de jogadores. No entanto, o centroavante não chegou a ser firmar no Fluminense, colecionando empréstimos para Los Angeles Galaxy, ex-clube de David Beckham nos Estados Unidos, Goiás, Sport, Ferroviária e Hatta Club, dos Emirados Árabes Unidos. Em 2017, deixou o Tricolor e assinou pela equipe árabe. Desde então passou por Al Nassr e Al Fujairah, ambos dos Emirados Árabes e Jeobunk Motors, da Coréia do Sul, antes de chegar ao Buriram.
Michael (Vasalunds – SUE)

Mais um vice-campeão da Copinha em 2012, Michael, entretanto, acabou ficando marcado mais pela punição por doping do que pelos gols. Após um bom início em 2013, o centroavante — assim como Rodolfo em 2019 — testou positivo para o uso de cocaína. Pegando um gancho de dois anos de suspensão.
Com o fim da suspensão, em 2015, Michael pode retomar a carreira. Mas voltou a se envolver em polêmicas extracampo. O atacante chegou a “sumir” por vários dias e se envolveu em um acidente de carro enquanto ainda era jogador do Fluminense. Também colecionou empréstimos para Criciúma, Estoril, de Portugal, e América-MG. Desde que deixou o Flu, passou também por Resende, América-TO, Ferroviária, Cascavel, Linköping, da Suécia, e Iwate Grulla Marioka, do Japão. Atualmente, está tentando se reinventar no Vasalunds — clube da terceira divisão sueca.
ST
Lucas Meireles