Análise Tática: duelo de estilos diferentes entre Fluminense e Santos

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Durante a vitória por 1 a 0, Fluminense e Santos promoveram um encontro entre dois personagens que o torcedor tricolor conhece muito bem. Fernando Diniz e Roger Machado jogaram e comandaram o clube. Diniz mantém a troca de passes e muita posse de bola. Roger, por outro lado, tem apostado na marcação alta e nos ataques cirúrgicos. A diferença de estilo dos treinadores resumiu a partida.

Depois de poupar no empate em 2 a 2 contra o RB Bragantino, Roger voltou a escalar força máxima — com exceção de Samuel Xavier, lesionado. Assim Calegari voltou a ser titular e se destacou.

Calegari em campo contra o Santos
De acordo com dados do SofaScore, Calegari efetuou sete cortes, cinco interceptações e um desarme (Foto: Lucas Merçon/Fluminense Football Club)

O lateral, assim como Caio Paulista e Yago Felipe pela direita e como Gabriel Teixeira, Nenê e Martinelli pela esquerda, ficaram responsáveis por adiantar a marcação. Já que os times de Diniz procuram fazer triangulações pelos lados desde o campo de defesa.

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Neste sentindo, vale destacar a mudança da formação no momento defensivo. Diferente dos jogos da Libertadores — onde Roger montou duas linhas de quatro — desta vez, o Flu montou uma linha de quatro e outra de cinco com só Fred mais à frente. Com Nenê mais recuado, Egídio, portanto, pôde ficar atrás para conter Marinho, principal jogador do Santos.

Com a marcação alta, o Fluminense começou surpreendendo o Santos. Logo nos primeiros minutos, o sistema de marcação forçou um erro na saída do adversário. Nenê cruzou, Fred escorou e Caio Paulista cabeceou no travessão.

Lance que resultou na bola no travessão
Com a marcação alta, o Flu tinha mais jogadores para agredir a área santista. Destaque também para a presença de Calegari no ataque e a movimentação de Caio Paulista que saiu da direita para o meio como um segundo atacante (Frame: Reprodução/ge)

Santos encaixa marcação e empurra Fluminense para trás

O mérito do Flu estava em marcar no campo de ataque e buscar a transição rápida. Contudo, ainda na primeira etapa, o Peixe começou a se aproveitar da proximidade entre os jogadores para retomar rapidamente a posse de bola. Prova disso é que o Fluminense terminou o primeiro tempo com mais desarmes, mas o Santos teve mais interceptações. Fruto dos erros do Tricolor quando ganhava a bola.

Depois de ganhar o meio-campo, o time de Fernando Diniz pôde acionar mais Marcos Guilherme e Gabriel Pirani, sobretudo pelo lado direito da defesa tricolor.

Lance perigoso do Santos
Outro que merece destaque é o centroavante Kaio Jorge. Da mesma forma que Gabriel Barbosa na final do Campeonato Carioca, o camisa 9 passou a atuar entre as linhas, confundindo a zaga formada por Luccas Claro e Manoel.(Frame: Reprodução/ge)

Diferentemente do Fluminense, de Diniz em 2019, o Santos arrisca mais finalizações de fora da área. Em três chutes, o Peixe obrigou Marcos Felipe a fazer importantes defesas no Maracanã. O goleiro, aliás, terminou com a maior classificação do SofaScore, uma nota 9.

Gabriel Teixeira pelo Fluminense contra o Santos
Sempre cobrados pelas ações defensivas, do ataque apenas Gabriel Teixeira se destacou com sete duelos vencidos, cinco desarmes, um corte e um chute travado providencial para garantir o empate no primeiro tempo (Foto: Lucas Merçon/Fluminense Football Club)

Nenê mais uma vez decisivo

O segundo tempo começou com o Fluminense tentando retomar a postura do início do jogo. Assim como nos minutos iniciais, o Tricolor buscou pressionar a saída de bola do Santos.

O gol logo cedo ajudou ainda mais a consolidar os rumos da partida. Na primeira chegada ao ataque, Egídio cruzou. Na briga com Caio Paulista, Felipe Jonatan cortou mal e Nenê — posicionado como um segundo atacante — acertou um lindo chute.

Nenê comemorando o gol do Fluminense contra o Santos
Com o gol, Nenê chega a 27 em 100 jogos com a camisa do Fluminense. Desde que chegou ao Flu, o meia tem um aproveitamento de 53,6% nos jogos que esteve em campo (Foto: Lucas Merçon/Fluminense Football Club)

Em desvantagem no placar, restou ao time de Fernando Diniz pressionar. Foram 10 finalizações na segunda etapa, sendo três no gol e uma grande chance desperdiçada. Mas, em todas, o Peixe voltou a esbarrar na grande atuação de Marcos Felipe.

Próximo jogo

Com a vitória sobre o Santos, o Fluminense chega a 13 jogos de invencibilidade no Brasileirão somando as edições de 2020 e 2021. Com oito pontos, fecha a rodada na quinta colocação do Campeonato Brasileiro. O Tricolor volta a campo no próximo domingo (20), às 18:15h contra o líder Fortaleza na Arena Castelão.

ST

Lucas Meireles


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Lucas Meireles

Jornalista formado pela UFRRJ, apaixonado por esportes e pelas boas histórias.

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