ESTAMOS ACOSTUMADOS (MARIO NETO)

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ESTAMOS ACOSTUMADOS (MARIO NETO)

Excetuando-se o confronto contra o Fortaleza que jogamos o segundo jogo em casa, em todos as outras decidimos a vaga, ou seja, a segunda partida fora do Rio. Foi assim contra o Vila Nova e o Cruzeiro, portanto já estamos “vacinados” com isto. Continuo divergindo de alguns tricolores que por jogarmos a primeira partida no Mario Filho querem não só uma vitória, mas querem que façamos um resultado expressivo, tipo dois a zero por exemplo para levarmos uma vantagem boa para São Paulo. Quanto a ganharmos o jogo é obvio é o que todos querem, porém quanto a tal diferença de gols é que “o bicho pega”. Uma coisa é certa, temos que ir passo a passo, senão correremos um risco desnecessário, nos expondo sem necessidade.
Não nos esqueçamos de que do outro lado tem uma equipe acostumada a este tipo de decisão e como. Não podemos bobear um instante que seja, pois, o Corinthians em principio deverá jogar por uma ou duas bolas como temos visto até então, a não ser que mude de jogo de hoje para amanhã. Vem de uma classificação excelente tirando uma diferença de dois jogos para o Atlético Goianiense, embora este tenha dado todos os motivos para que isto acontecesse: em noventa minutos deu apenas um chute no gol e aos 44 minutos do segundo. Se sofremos e muito contra o Fortaleza logo mais não será diferente. Isto vale para a torcida, que tenha mais calma, “jogando” mais com a equipe.
Podemos tirar algumas lições da partida contra o Fortaleza: uma delas é termos mais atenção na defesa. Nos três jogos que antecederam o de logo mais, tomamos sete gols o que não é nada legal. Qualquer erro bobo nosso pode ter consequências danosas. Individualmente alguns jogadores com o Nino, o Felipe Melo também vem jogando muito abaixo do que se espera deles, são jogadores muito importantes para o nosso Tricolor. Fernando Diniz repetirá pela quarta vez seguida o mesmo time, com exceção do Paulo Henrique Ganso, que foi poupado contra o Coritiba.
Além do Ganso, do Jhon Arias, do Cano e do André, que são os esteios do nosso time, um jogador tem se destacado muito mais do que eu esperava, Mateus Martins. Não esperava uma subida de produção dele tão expressiva em relação ao que vinha jogando no campeonato estadual, onde realmente nas vezes em que entrava no time, no segundo tempo deixava a desejar, achava que ele seria “um tapa buraco” quando Luís Henrique foi vendido. Mérito para o Fernando Diniz que o colocou como titular absoluto da posição. Se movimenta muito e não tem medo de tentar jogadas, dribles, no um contra um. Outro que está comendo a bola, muito graças ao nosso técnico é o Samuel Xavier, que de “inútil” para a torcida passou a ser uma unanimidade, jogando muito. Para terminar: amigos meus me perguntam se eu me rendi de vez ao futebol do Fernando Diniz. Fui um cético, aliás dos muitos, quando Mario Bittencourt o trouxe de volta para as Laranjeiras. Ainda tenho uma “ ponta de uma unha” neste aspecto. Como já disse diversas vezes: não tenho vergonha de me desdizer, por que não tenho vergonha de raciocinar.


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