De Olho Neles — Com quatro derrotas seguidas e sem torcida, como chega o Avaí para enfrentar o Fluminense
Neste domingo (16), o Avaí recebe o Fluminense, às 19h, na Ressacada. Vice-lanterna com apenas 28 pontos em 31 rodadas, o Leão da Ilha não sabe o que é vencer a quatro. São quatro derrotas nos últimos quatro jogos. Além disso, o time catarinense não vai poder contar com o apoio da sua torcida, já que não conseguiu reverter a suspensão preventiva do mando de campo.
Para esta partida contra o Flu, o técnico Lisca com o zagueiro Bressan, o lateral Cortê e Paolo Guerrero, lesionados e por isso fora da partida. Por outro lado, o atacante Willian Potker retona após cumprir suspensão na derrota para o Fortaleza. Sendo assim, o Avaí deve ir a campo com Vladimir; Kevin, Rodrigo Freitas, Raphael e Natanael; Lucas Ventura, Raniele e Bruno Silva; Pottker, Rômulo e Bissoli.

De acordo com o site Infobola, do matemático Tristão Garcia, os Avaianos tem 91% de chances de caírem para a Série B do Campeonato Brasileiro. Caso se confirme, este será o quinto rebaixamento do clube azul e branco nas últimas cinco participações na primeira divisão. Para se garantir, o Avaí precisa somar 17 pontos dos 24 pontos em disputa. Ou seja, uma campanha com 70,8% de aproveitamento — inferior só ao Palmeiras em toda competição com 72%.
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E para piorar a vida, o time da Santa Cantarina não vai poder contar com o apoio de sua torcida. Depois de diversas tentativas ao longo da semana, o STJD decidiu manter a punição preventiva com a perda de um mando de campo porque um torcedor cortou os cabos de fibra óptica ligados ao VAR.
Dificuldade na bola área e com marcação pressão: como jogo o Avaí
Durante boa parte do Brasileirão, o Avaí se mostrou uma equipe interessante, que buscava propor o jogo sob o comando de Eduardo Barroca. Tanto que os Avaíanos se mantém como a sétima maior média de posse de bola com 51,5%, de acordo dados do SofaScore.
Entretanto, a falta de resultados positivos — o Avaí, por exemplo, tem o terceiro pior ataque com 28 gols marcados e a segunda pior defesa com 49 sofridos — fez com que a diretoria apostasse em um treinador com caracteristicas diferentes. Com Lisca, o Leão da Ilha joga de forma mais reativa, procurando se defender e sair em velocidade.
Contudo, na derrota por 2 a 1 o Botafogo, os catarinenses demonstraram dificuldade para sair da marcação-pressão do Alvinegro. O time do português Luís Castro, por exemplo, terminou a partida com 16 desarmes — a maior parte no campo de ataque. Além disso, o rival do Tricolor conseguiu virar a partida com cruzamentos na área. Os gols de Victor Cuesta e Tiquinho Soares saíram a partir de bolas paradas.
Da mesma forma que parte dos lances maiores perigosos do Fortaleza também saíram em jogadas por cima. Embora não seja o ponto forte do Fluminense, o time de Fernando Diniz pode explorar essa fraqueza com jogadores como Germán Cano e o zagueiro-artilheiro Manoel.
Bissoli, Potker, Raniele e Kevin: jogadores para ficar de olho
Diante do Avaí, o Flu vai ter que manter uma atenção especial com o atacante Guilherme Bissoli. Com 14 gols marcados, o camisa 77 aparece em terceiro na lista de artilheiros do Brasileirão, atrás só de Pedro Raúl e Cano, empatados com 17. Além disso, Bissoli tem a maior frequência de gols com um a cada 157 minutos, a maior média de finalizações por jogo (2,0) e maior média de finalizações certas (0,9).
O curioso é que o goleador marcou nove gols de pênalti. O Leão da Ilha, aliás, é a equipe que mais teve penalidades a seu favor no Brasileirão, com 13, e tem dois jogadores entre os que mais sofreram faltas dentro da área. Com quatro, o atacante Willian Potker esta empatado com o também atacante Vitor Roque, do Athletico Paranaense, enquanto o meia Raniele aparece logo em seguida com três.
Por outro lado, o lateral-direito Kevin, ex-Botafogo, tem a terceira maior média de perda da posse de bola na competição, com 17,9. Este pode ser um ponto a ser explorado pela marcação do Tricolor.
ST