Rayla, jogadora do Flu, concilia futebol e maternidade

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Rayla Santana chegou ao Fluminense no início do ano, sua estreia aconteceu na segunda rodada do Campeonato Estadual Adulto, na vitória por 7 a 1 contra a Portuguesa, no CTVL, em Xerém, em que foi a autora de um dos gols do Tricolor. Aos 21 anos de idade, a atacante divide a paixão pelo futebol com o exercício diário da maternidade.

Moradora de Santa Cruz, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, a atleta do Fluminense vive com o pai João Lourenço, a filha Manuelly, de três anos de idade e a irmã Gabriele quem concede total apoio desde sua decisão de seguir carreira no futebol.

“Eu não tenho muito apoio da minha família, porque eles nunca acreditaram que eu iria chegar, mas eu nunca desacreditei. Tenho mais apoio da minha irmã e da minha tia, e com a força que a minha irmã me passa, eu persisto e sempre tento manter o foco no que eu quero”.

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A atacante tem seis irmãos, e conta que começou a se encantar pelo futebol aos doze anos de idade, quando assistia o irmão mais novo jogando em um campo perto de casa. Rayla passou a jogar futebol aos treze anos, no projeto social Ternium, em Santa Cruz. Depois, passou pelo Ac Nova Aliança, Duque de Caxias e Foz do Iguaçu, seu último clube antes de atuar pelo Flu.

“Eu entrei no projeto porque o treinador me viu jogar e me chamou pra fazer parte, fiquei treinando com eles, comecei a acreditar mais em mim, e estou no futebol até hoje”.

Rayla também falou sobre o momento de maior dificuldade que já enfrentou por conta da carreira.

“Fui viajar e fiquei longe da minha filha, e durante esse período ela teve um problema de saúde em que eu não tinha como ajudar, nem financeiramente porque meu salário estava atrasando. Isso para mim foi uma das coisas mais difíceis no esporte, eu estava no Foz do Iguaçu. Ela ficou com minha irmã e eu chorava querendo vir embora, mas minha irmã falava pra eu ficar porque ia passar, que era só uma fase, aí eu continuei. Depois que eu tive a minha filha comecei a enxergar as coisas de outra forma, tive mais maturidade”.

Foto: Lucas Merçon/FFC

Mesmo após enfrentar preconceito, Rayla nunca desistiu do esporte, e sonha em chegar na Seleção, destacando Marta como sua inspiração:

“Eu era muito xingada, uma vez tentei entrar em um clube, mas o cara não queria deixar eu participar por ser mulher, os outros eram todos homens. Ele falava que eu não podia, que lugar de mulher não é no campo, é na cozinha, esse tipo de coisa. Meu maior sonho hoje em dia é chegar na Seleção, me inspiro na Marta, pelas coisas que ela já passou e que eu também passei quando era pequena”.

TEXTO: Comunicação – Fluminense F.C.


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