Mário reforça posicionamento contra volta do futebol e esclarece saída do grupo de WhatsApp

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O presidente Mário Bittencourt participou hoje do programa Globo Esportivo. O mandatário tricolor  voltou a se posicionar contra o retorno do futebol e esclareceu a sua saída do grupo da FERJ no WhatsApp. Também falou sobre o episódio da suposta ligação de Marcello Crivella e expôs à dicotomia entre as medidas do Governo do Estado e Prefeitura do RJ. Configura algumas falas do presidente:

Acordo de salários

“Queríamos preservar o calendário, todos entraram de férias coletivas em Abril. O segundo debate foi a questão das reduções salariais, não houve acordo nacional. Fizemos acordo coletivo aqui no Flu, onde todos aceitaram e assinaram, com o sindicato autenticando.”

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Grupo de WhatsApp

“O grupo foi criado pela TI, fomos colocados no grupo, o debate vinha dentro de um limite de respeito, me mantive no grupo, mas nos posicionamos contra o retorno durante o pico da pandemia. Não queremos ser campeões sem jogo. Daí passamos a ser hostilizados no grupo. Centenas de postagens defendendo o retorno, mostrando números de países como Alemanha e Bélgica. Continuamos defendendo o posicionamento. Foi criado um documento em ordem alfabética, com Fluminense e Botafogo no final, como se dissessem que sabiam que não iríamos assinar e já tinham decidido. E não assinamos mesmo.”

Questão com Crivella e desdobramentos

“Também teve a questão com o prefeito, que chamou para uma reunião presencial no Riocentro. Foi um movimento dos clubes para voltar no meio de junho. Não iria até lá no meio da pandemia. Jamais houve a ligação que o prefeito falou naquele dia. Pensamos em manter a quarentena, não voltamos aos treinos. As hostilizações continuaram, ameaçaram W.O, mas não estamos falando de um momento comum. Não queremos ir ao campo porque não queremos. Não é uma situação corriqueira. Estamos vivendo o maior problema da humanidade nos últimos 100 anos. Não podemos ser punidos desportivamente por querer salvar vidas.Eu entendi como ameaça sim, mas isso foi lá em Abril. Houve uma convocação do arbitral logo após isso, com 7 itens, sendo 5 lacônicos. Impugnamos esses itens. Mudanças de regulamento após o inicio das competições só pode se dar por unanimidade. Não é um posicionamento pessoal, queremos preservas as vidas.”

Jogos em Brasília

“Eles queriam levar os jogos para Brasília. Fomos contra.”

Aumento das hostilidades no grupo da FERJ

“As hostilidades aumentaram contra o CREMERJ se posicionou contra a volta. Teve uma nota dura contra eles, Fluminense e Botafogo não assinaram. Ao meu sentir, as hostilidades pareciam ser diretas. O presidente da FERJ postou uma matéria falando dos salários atrasados no Botafogo. E foi postado uma foto do presidente do CREMERJ com a camisa do Flu. E foi insinuado que o Fluminense tinha algo a ver com o CREMERJ. Acho que o presidente da FERJ não pode se postar dessa forma. Aí fiz uma mensagem elegante para sair, que relata mais ou menos tudo isso que falei, e que estava cansado dessa atitude. E sai. Ponto final.”

Arbitral no sábado. Fluminense vai até as últimas consequências se os jogos voltarem?

“Médicos nos orientam para nos posicionar. Estamos embasados pela ciência. Temos um infectologista que foi contratado para avaliar nossos locais de trabalho. O clube inteiro segue de quarentena, com dois ou três funcionários que cuidam da administração. Eu vim no clube hoje pegar uns documentos porque está difícil. Nossos jogadores seguem em casa até o dia 10. Tem dois decretos diferentes da prefeitura e do governo. Me perguntaram se o clube social ia abrir, eu emiti um novo comunicado. Precisamos saber se o campeonato vai voltar. Vamos buscar medidas para tentar manter nossa posição de só retornar quando houver condição. É inadmissível se pensar que o Rio Grande do Sul pense em voltar na segunda quinzena de Julho e nós, com muito mais mortes, pensamos em voltar no meio desse mês. A CBF deu tempo para terminarmos o Estadual, podendo passar dezembro. Demos férias por isso. Em São Paulo não se fala no retorno do Estadual. Não há como começar um Brasileiro sem isso. Porque começar antes? Vamos ficar parados de qualquer jeito, precisamos dos times de São Paulo, Minas, etc, para jogar o Brasileiro. Porque não esperamos a taxa baixar? Se voltar agora não estamos contribuindo no lado social. Tem que ser algo coletivo, para depois pensar no Brasileirão. Há tempo para se esperar, para se treinar, para depois retornar. Isso se a pandemia for mais controlada. Se vamos sofrer medidas, vamos ter que avaliar passo a passo. Mas vamos lutar bravamente, dentro da legalidade, para manter a quarentena.”

Em que momento acha que poderá decidir por voltar aos treinos e ao campeonato?

“Acho que as pessoas estão confundindo protocolo de saúde com plano de retomada. Há protocolos. Ninguém está discutindo se vai passar álcool na mão. Tem países que começaram a controlar antes de nós, eles controlam e treinam 37 ou 39 dias após o pico. Só voltaram na Alemanha quando a taxa em 2,5 mortos/ milhão. Temos uma nova vida enquanto não houver uma vacina.

A Federação proibiu jogos que não sejam da Série A. Porque disso? Precisa de um plano para voltar. E não tem. A Federação Gaúcha, onde a taxa é muito menor, pensa voltar em Julho. Em São Paulo não se fala em volta. Há uma forçação de barra para voltar o campeonato antes. Não somos contra os protocolos. A discussão não é essa, mas sim a data de retorno. O jogador chega no carrão. O massagista chega de ônibus, o roupeiro de trem. E são grupo de risco. São pessoas fundamentais na nossa comissão técnica. O COB não quer voltar.”

Está incomodado com o Tour do Fred? Pela movimentação?

Na verdade a ideia foi dele. A gente obviamente fez uma hashtag para as pessoas ficarem em casa. Não terá recepção. Ele já arrecadou algo em torno de 50 toneladas de cestas básicas para serem doadas. Algumas pessoas foram ao encontro dele, acho que está errado. Objetivo dele é contribuir com a sociedade na pandemia. Não divulgamos a hora em que ele chega justamente para não ter movimentação.

ST!

 

 

 

 

 


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