Exclusivo ST – Preparador de goleiros do Flu, Rodrigo Pinheiro, fala sobre os desafios de preparar os goleiros para a Copinha

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Por Rafa Gutierrez

Na tarde desta sexta-feira (14/01), os Moleques de Xerém encaram a Ponte Preta em busca de uma vaga nas oitavas de finais da Copa São Paulo de Futebol Júnior. O Fluminense se credenciou para disputar a terceira fase da competição após bater a Francana por 3×1 no último jogo. No terceiro gol marcado pelo Flu na referida partida, o goleiro Thiago Gonçalves participou da jogada e mais uma vez chamou atenção pela sua qualidade na saída de bola. Em entrevista exclusiva – disponível no Youtube do Saudações Tricolores – o preparador de goleiro da equipe, Rodrigo, falou sobre a preparação dos arqueiros de Xerém para a disputa da Copinha:

“A participação que a gente tem com os goleiros aqui é uma sequência do que o Thiago pôde fazer durante todo o Brasileiro no ano de 2021. A competição da Copa SP permitiu que os atletas de 2001 jogassem, então ele veio como uma sequência muito qualificada nesta temporada. Podemos ainda dar uma transição de 20 dias pós o torneio do Chile, onde tivemos algumas modificações e ênfase tática à maneira que o Eduardo quis propor a partida. Foi uma questão muito mais tática nesses 20 dias para a gente conseguir introduzir mais conteúdos. Ainda recebemos algumas informações dos nosso captadores que temos aqui no Estado de São Paulo. Eles conseguiram identificar as características dos gramados que a gente ia enfrentar. Então também já conseguimos colocar o conteúdo de bolas que poderiam ter alterações na trajetória pela qualidade do gramado que a gente está enfrentando aqui. Sabíamos que não só o nosso time, quanto os outros adversários também iriam tender a fazer bolas longas. Então isso ia ser uma ênfase muito mais em defesa de espaço, em tentar fazer coberturas em bolas aéreas do que propriamente a defesa de baliza. Então, priorizamos essa situação. Vemos que tem um percentual muito grande de participação do Thiago nisso, assim como a produção dele em passes resultando em ações ofensivas vigorosas para o time”.

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Preparador de goleiros, Rodrigo, em entrevista para o Saudações Tricolores – Foto: Reprodução / Saudações Tricolores

 

Sobre a participação do goleiro Thiago na fase ofensiva do time e também sobre a visível participação dele, como preparador de goleiros, à beira do campo, Rodrigo desenvolveu:

“Isso é uma tendência não minha só em particular, mas até propriamente do que a metodologia que utilizamos em Xerém. Apropria que o preparador de goleiro faça parte das tomadas de decisões que vão tomar junto com a comissão técnica e o goleiro podendo ser mais um elemento inserido do que o treinador quer propor, é sempre muito importante. Então é sempre uma decisão ou uma comunicação em sintonia com o que o Eduardo propõe. Ele nos dá muita liberdade e muita responsabilidade em conseguir enaltecer as virtudes que cada goleiro consegue promover. Por exemplo: estamos dizendo sobre como o Thiago tem que estar compactado junto à equipe ou não somente se existe uma qualidade para um passe longo, mas quais são as ações anteriores. Se ele consegue realizar que a equipe adversária tente vir até roubar a bola dele, gerando um espaço para que ele consiga explorar um passe que alcance o campo adversário. São situações que a gente propõe no nosso dia a dia de treinamento e tem uns ajustes que são importantes serem feitos durante a partida. Então, conseguimos estar o tempo inteiro trocando essas informações junto da comissão técnica, pegando algumas análises que a gente também faz com os scouts imediatos para poder embasar o que pode ser alterado ou modificado dentro do jogo, passando para o Eduardo ou para o Felipe Canavan. A gente consegue ter uma entrada que o goleiro também consiga potencializar o rendimento da equipe como um todo. Seja no momento que a gente está com a bola, seja também nas ações defensivas que são as principais para os goleiros”.

Rodrigo finalizou sua participação comentando sobre a tomada de decisão na hora da convocação dos goleiros e essa relação com eles. O preparador de goleiros do Fluminense, ainda respondeu se essa é uma decisão colegiada ou não. Confira:

 “É uma decisão colegiada. Apesar de hoje os goleiros terem um trabalho específico muito grande em referência a mim, o treinador de goleiros, a gente vê que o que eles conseguem produzir é muito mais nas atividades coletivas, junto com o grupo. Essa é a observação que vai ser a observação geral. Todos que participam do processo como comissão técnica, conseguem enxergar as virtudes ou deficiências que a gente tem que corrigir nos atletas e aí parte para que eu tenha que realizar essas correções, essas evoluções. Mas, a tomada de decisão, é uma tomada de decisão geral, onde todos que estão envolvidos no trabalho de campo conseguem enxergar quem está mais apropriado para que a gente consiga não só possibilitar o melhor rendimento do time em campo, mas o atleta também consiga desenvolver com o jogo que a gente tá deixando ele experimentar. Foi importante esse torneio de antes da gente vir a Copa São Paulo, que estivemos no Chile com a geração 2003. Oportunizamos também atletas que tinham menos minutagem e a gente sabe o quanto isso faz com que o atleta evolua a sua capacidade de jogo. Sempre temos que pensar que a base além de ter de fortalecer com vitórias e ganhos de títulos, a gente também tem que formar esses atletas de maneira competitiva e que eles consigam vivenciar o jogo de maneira qualificada, não vivenciar por vivenciar”.

ST

 


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