De Olho Neles — Em recuperação no Brasileiro e ainda sonhando com Libertadores, como chega o Botafogo para enfrentar o Fluminense

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O Botafogo é o adversário do Fluminense neste domingo (23) pela 33ª rodada do Brasileirão. Apesar de vir de uma derrota em casa para o Inter, o Alvinegro ainda vive um bom momento no returno, tendo somado 17 dos últimos 27 pontos disputados.

Os resultados credenciam o time de General Severiano a sonhar com uma vaga na pré-Libertadores. Em 11º com 43 pontos, o rival mais antigo do Flu está a quatro do Atlético-MG — hoje sétimo colocado — e ainda vive a expectativa do G7 virar G8 com Flamengo e Athletico Paranaense disputando a final do Torneio no dia 29/10.

Mas para isso, a equipe de Luís Castro vai precisar corrigir primeiramente a irregularidade. Até aqui, o Botafogo tem a segunda melhor campanha como visitante  — atrás apenas do Palmeiras — e a segunda pior como mandante — na frente só do Avaí.

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Marçal na derrota do Botafogo para o Internacional
Antes da derrota para o Inter no Nilton Santos, o Botafogo havia vencido dos jogos fora do Rio (Foto: Vítor Silva/BFR)

E para o clássico com o Fluminense, o treinador não vai poder contar com algumas peças do meio-campo. Lesionados, o volante Danilo Barbosa e o meia-atacante Lucas Fernandes estão fora. Assim como o volante Tchê Tchê, que cumpre suspensão pelo terceiro cartão amarelo.

De acordo com a imprensa, o time deve entrar em campo com Gatito Fernández, Daniel Borges (Rafael), Adryelson, Cuesta e Marçal; Del Piage, Gabriel Pires e Eduardo; Victor Sá (Jeffinho), Júnior Santos e Tiquinho Soares.

Finalizações de fora da área, antecipações e marcação estreita: como joga o Botafogo

Diferentemente do Fluminense, que anota a maior parte dos gols dentro da área na temporada, o Botafogo arrisca mais chutes de fora. Assim, o rival balançou as redes em 25 das 32 vezes em 277 tentativas. Enquanto o Tricolor só marcou sete em 188 finalizações no Brasileirão.

Só na derrota para o Colorado, por exemplo, foram sete tentativas — a maior parte do centroavante Tiquinho Soares. Mas o time (e o goleador) acabou esbarrando na boa atuação do goleiro Keiller no Nilton Santos.

Quando não está com a posse, o Alvinegro aposta principalmente nas antecipações para recuperar a bola e partir para o ataque. A equipe de Luís Castro é a com mais interceptações do Brasileirão com média de 11,3 por jogo. A maior parte executada pelos defensores como os zagueiros Víctor Cuesta e Philipe Sampaio, além do lateral Marçal.

Por outro lado, o Botafogo possui uma marcação bastante estreita quando está próximo a área. Contra o Inter, o time de General Severiano cedeu muitos espaços para jogadas em profundidade — ainda que o gol de Braian Romero tenha saído em uma jogada pelo meio. E Fernando Diniz pode explorar aumentando a amplitude do ataque tricolor com jogadores como Arias, Martinelli, Caio Paulista e Matheus Martins da mesma forma que fez para abrir a defesa do Coritiba na 23ª rodada.

Tiquinho Soares e Marçal: jogadores para ficar de olho

Embora tenha sido um exemplo do ‘Dinizismo’ pelo alto número de passes trocados, a partida do primeiro turno não pode ser totalmente levada em consideração. Principalmente porque a equipe passou por um grande processo de reconstrução durante o Campeonato Brasileiro.

Mais da metade do provável time titular chegou no decorrer da competição. Entre eles, um dos grandes responsáveis pelo resultados recentes. Ex-centroavante do Porto, de Portugal, e do Olympiakos, da Grécia, Tiquinho Soares marcou quatro gols nos oito jogos que disputou e já é o vice-artilheiro do Alvinegro no Brasileirão, atrás apenas de Erison, com sete.

O experiente Tiquinho tem uma média de quatro finalizações por jogo, sendo 1,6 no alvo. Números bem acima de Erison (2,5 e 1,1) ainda que tenha disputado bem menos jogos (Foto: Vítor Silva/BFR)

Assim como Tiquinho Soares, Marçal também chegou na janela do meio da temporada. O lateral já contribuiu com duas assistências, empatando com Vitor Cuesta e ficando atrás só do jovem Jeffinho. Além disso, tem uma média de 2,4 passes decisivos por jogo e 2,0 interceptações por jogo.

ST


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Lucas Meireles

Jornalista formado pela UFRRJ, apaixonado por esportes e pelas boas histórias.

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