Antes da estreia, relembre os cinco títulos do Fluminense na Copinha
Nesta terça-feira (03), o Tricolor inicia a jornada em busca de conquistar a Copa São Paulo de Futebol Júnior pela sexta vez. Com cinco títulos, o Fluminense está empatado com o Inter como segundo maior vencedor da Copinha.
Embora tenha uma das melhores bases do país, o Flu não vence a competição há 33 anos. A última conquista veio conquista em 1989 com um time que contava com jogadores como Alexandre Gama e Silvio, por exemplo.

Desde então, a vez que chegou mais perto foi em 2012. Com jogadores como Fabinho, Eduardo, Marcos Júnior e Michael, o Fluminense chegou até a final, mas acabou derrotado de virada pelo Corinthians, maior vencedor da Copinha com 11 títulos.
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Para a edição 2022, o Flu traz como princiapais destaques o talentoso meia Arthur e o artilheiro Luan Brito — filho do ex-atacante Marco Brito. Além de potenciais surpresas como, por exemplo, o zagueiro Kayky Almeida e o ponta Isaac.
Antes de estrearem na Copa São Paulo, estes jovens jogadores vão poder se inspirar nas histórias de alguns times vitoriosos do Tricolor na competição.
A história dos cinco títulos do Fluminense na Copinha
1971
Quem vê a Copinha hoje com a participação de 128 equipes de todo Brasil, divididas em 32 grupos, pode sequer imaginar que nem sempre foi tão superlativa assim. Tradicional comemoração do aniversário da cidade de São Paulo — por isso o nome Copa São Paulo —, o torneio só abriu para clubes de outros estados a partir do ano de 1971.
E, logo em sua estreia na Copinha, o Fluminense conquistou o primeiro de seus cinco títulos. Com uma equipe formada por César Augusto, Dejair, Pogito, Carlos Gomes e Jorge Carlos; Jorge Henriques e Fernando; José Augusto, Silvinho, Eduardo e Antônio Carlos e sob o comando do ex-zagueiro e ídolo Pinheiro, o Tricolor abriu com uma sonora goleada de 9 a 1 sobre o Nitro-Química.
Depois de dois empates, 2 a 2 com a Ponte Preta e 0 a 0 com Corinthians, o Flu ainda assim se classificou com a segunda colocação — atrás da Macaca — para o mata-mata. Após um empate em 1 a 1 no tempo regulamentar, venceu o São Paulo nos pênaltis nas quartas. Na semifinal, vitória por 2 a 1 sobre o Nacional-SP.
Na grande final, empate em 3 a 3 no ‘Clássico Vovô’ contra o Botafogo — mais um dos primeiros convidados de fora de São Paulo. O placar persistiu igual com um novo empate em 1 a 1 na prorrogação, mas nos pênaltis, o Fluminense venceu por 4 a 3 e se sagrou campeão.
1973
Novamente com Pinheiro como treinador, o Fluminense entrava na disputa da Copinha em 1973. Desta vez, com um time-base formado por Willys, Zé Maria, Jorge Henrique, Marinho e Carlinhos; Carlos Alberto Pintinho, Kléber e Anselmo; Té, Luiz Alberto e Euclides.
O Tricolor, curiosamente, de novo fez a sua estréia contra o Nitro-Química. Mas, a goleada foi só de 6 a 0. Na sequência, goleou o Coritiba por 4 a 1 e venceu o Inter por W.O já que o Colorado abadonou o Torneio.
Na semifinal, o Fluminense precisou dos pênaltis para eliminar outro gaúcho, o Grêmio. E na final, igualou o número de títulos do Corinthians após vencer por 2 a 0 com gols dos atacantes Té e Silvinho na prorrogação.

Tetracampeão carioca pelo Fluminense e uma das engrenagens da Máquina Tricolor das Laranjeiras, Carlos Alberto Pintinho foi eleito o melhor jogador da Copinha, com direito a muitos elogios por parte da imprensa.
“Dos 18 jogadores que o Fluminense utilizou no campeonato, o que mais se destacou foi Carlos Alberto [Pintinho], de 19 anos, que começou no dente-de-leite do clube, em 1968, e já defendeu a Seleção Brasileira da categoria por duas vezes: em 1972, no torneio de Cannes, e na Olimpíada. Marinho, 20 anos, que já jogou no time principal algumas vezes; Nielsen Elias, 21 anos, [goleiro] que foi titular da Seleção olímpica; e Silvinho, centroavante, 20 anos, artilheiro do time, foram outros elementos de destaque”, frisou o jornal Estado de São Paulo.
Além de Pintinho, o zagueiro Edinho, outro jogador que entraria para a história do clube também fazia parte do elenco campeão em 1973.
1977

Quatro anos depois de erguer o troféu da Copinha pela segunda vez, o Fluminense conquistaria o terceiro e último dos três títulos com o ídolo Pinheiro no comando. Com o lateral Edevaldo ‘Cavalo’, o meia Mário Marques e o ponta-esquerda Zezé como principais destaques os destaques, o Flu contava com um time-base formado por Pavão, Edevaldo, Viler, Walter e Roberto; Dufrayer, Cléber e Mário Marques; Gilcimar, Robertinho e Zezé.
Em um ano mais enxuto e que começava direto no mata-mata, o Flu estreou com vitória diante do Grêmio por 2 a 1. Logo após, venceu o Cruzeiro por 4 a 3.
Enquanto que, na semifinal, vitória sobre o Internacional por 2 a 1. Só na final, que precisou de prorrogação. Na preliminar de Brasil e Bulgária, mais 60 mil pessoas no Morumbi assistiram ao empate entre Fluminense e Ponte Preta por 1 a 1. Mas, no tempo extra, Bené garantiu a vitória e o terceiro título do Fluminense.
1986

Após a saída de Pinheiro, o Fluminense demoraria quase uma década para conquistar outros títulos da Copinha. Em 1986, o time tinha como destaques Ricardo Pinto — que se tornaria o goleiro com mais jogos pelo clube até ser superado por Diego Cavalieri —, Alexandre Torres — filho do ‘Capita’ Carlos Alberto Torres — e Eduardo.
Sob o comando de Toninho Ângelo, o time formado por Ricardo Pinto, Alexandre Torres, Rangel, João Carlos e Eduardo; João Santos, Muller e Anselmo; Charles, Fábio e Walbert estreou perdendo por 2 a 0 para o Santa Cruz. Mas logo se recuperou com vitória por 2 a 1 sobre o Guarapari-SP e sobre o Palmeiras por 1 a 0. Assim, o Tricolor se classificou em segundo para o mata-mata, atrás do Santinha.
O Flu então venceu o Santo André por 1 a 0 nas oitavas, o Bangu por 2 a 0 nas quartas e o América-SP por 1 a 0 na semifinal. Na decisão vitória por 2 a 0 sobre a Ponte Preta com gols de Eduardo e Fábio. Além disso, o atacante Charles acabou eleito o melhor jogador da competição.
1989

Por fim, veio o último título até o momento. Com Sebastião Rocha como treinador, o time-base do Flu era formado por Jeferson, China, Tito, Marcelo Barreto e César Diniz; Carlos André, Marcelo Gomes e Robert; Alexandre Gama, Sílvio e Franklin.
Nesta edição, aliás, não havia empate nem na fase de grupos. Sendo assim, nas partidas que terminavam com o placar igual, havia uma decisão por pênaltis. Por isso que, após o empate em 2 a 2 com o Nacional, o time ganhou nos pênaltis por 5 a 4.
Depois venceu a Portuguesa por 2 a 0 — em jogo marcado por uma briga entre Sílvio e Franklin onde ambos acabaram expulsos. Mesmo com a derrota para o XV de Piracicaba, o Tricolor ainda assim se classificou em primeiro do grupo com cinco pontos.
Nas quartas-de-final, venceu o América-SP por 1 a 0 com gol olímpico de Alexandre Torres. Enquanto a vitória por 2 a 1 sobre o Inter na semifinal valeu uma vaga na decisão. Faltava então a Juventus da Moca. O Flu venceu o Moleque Travesso com gol de Silvio de pênalti e ficou com o título da Copa São Paulo.
Eleito melhor da competição, o atacante Sílvio — ou Sílvio Mariola — subiu então para o time principal. No entanto, ficaria mais conhecido por conquistar o Campeonato Paulista pelo Bragantino em 1991.
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ST