A BENÇÃO GRAVATINHA (MARIO NETO)

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A BENÇÃO “GRAVATINHA” (MARIO NETO)

Como explicar a inexplicável, a doce vitória do nosso Fluminense contra o Internacional? Afinal tem explicação ou foi o acaso do futebol? Não é fácil analisar o que vimos anteontem no Beira Rio. Muito devemos, sem dúvida nenhuma, ao nosso anjo da guarda, o “Gravatinha”. Foi uma das nossas piores (senão a pior) atuações principalmente no primeiro tempo no Campeonato Brasileiro deste ano. Sorte nossa que o time gaúcho não é tudo isso que os “analistas” alardeiam por aí, como já escrevi outras vezes. Não o vejo como um grande time que possa ser considerado favorito para conquistar o título. Nossa campanha nada fica a dever a eles. Muito parecida, falta elenco e alguns jogadores não passam de medíocres.
Cheio de problemas durante a semana, praticamente eu não acreditava na conquista dos três pontos (um já estaria de muito bom tamanho) ainda mais depois da derrota para o Palmeiras, com o auxílio luxuoso da arbitragem, diga-se de passagem. Começamos com os tradicionais erros mais incríveis de passes, só acertávamos aqueles que não valem nada. O que adianta ter posse de bola e não criar uma chance de gol durante quarenta e cinco minutos? Mais uma vez Muriel cometeu uma falha lamentável (tipo aquela contra o Atlético Goianiense), que tirou as minhas esperanças por um resultado melhor depois disso. Aliás, não só eu, foi uma ducha fria geral. Se alguém disser o contrário estará faltando com a verdade.
Vem a fase final: Odair Helmann para surpresa geral não mexeu no time, em que pese a baixa produção de alguns jogadores. Pouco tempo depois perde o Yago Felipe, que estava bem na partida. Para espanto e indignação de todos os tricolores, no lugar do Yago ele opta por colocar o André, sabidamente um cabeça de área, precisando virar o resultado. Normalmente não poderia dar certo. Bem, aí entrou em ação mais uma vez o nosso salvador da pátria, o grande GRAVATINHA (personagem genial de Nelson Rodrigues). Veio o empate, já certamente com o dedo dele. Se não, qual a explicação plausível para o gol olímpico sem querer do Lucca? Logo depois deste milagre o Odair Helmann colocou de uma tacada só o Caio Paulista e o Felipe Cardoso, para desespero geral, com o sonolento Marcos Paulo no ataque. E não é que o improvável deu certo? Marcos Paulo “acordou “ em campo, deu um passe de Gerson para o Caio e aconteceu o IMPROVAVEL: Fluminense dois a um de virada. Juro que vi o Gravatinha comemorando o segundo gol abraçando os jogadores, como se dissesse “dever cumprido”. Não bastasse tudo isso os que estavam na nossa frente, a exceção do Flamengo, perderam pontos, nos dando chances de subir na tabela. Não sei se o Gravatinha aguentará esse rojão até a última rodada, afinal ele anda cansado de tanto trabalhar. Acho que sim, porque ele está com o Odair Helmann e não abre. É um dos maiores fãs do técnico tricolor. “Sem sorte estamos arriscados a ser atropelados por uma carrocinha de cachorro quente” como dizia Nelson Rodrigues. Estou certo que depois de uma semana de relax ele estará conosco nas três próximas partidas no Estádio Mario Filho, dificílimas por sinal.


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