Thaíni Nunes, atleta do Flu, relembra trajetória no futebol

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Atleta da equipe adulta de Futebol Feminino do Fluminense, a lateral esquerda Thaíni Nunes Dias foi o terceiro reforço do Tricolor para a temporada 2022. Nesta entrevista ao site oficial, Thaíni relembra início da sua paixão pelo esporte, que começou ainda quando criança, e situações em que sofreu preconceito.

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“Comecei jogando nas ruas e na escola, mas depois fui para um projeto chamado Pequeno Cidadão, e foi lá que tive um dos primeiros contatos com o preconceito e o machismo. Eu era a única menina no meio dos meninos na hora de jogar futebol. Me recordo de alguns olhares e falas preconceituosas no dia a dia da maioria das atletas de futebol, mas eu não desanimava. Sabia que era importante persistir nos meus objetivos”.

Paixão pelo futebol:

“Minha paixão começou quando eu era bem novinha. Minha família não tem jogadores, mas eu via os meninos jogando na rua, então acredito que eu tenha gostado e me envolvi. Tenho uma lembrança bem clara na minha mente. Aos sete anos de idade foi a primeira vez que vi a Seleção Feminina na televisão e que ouvi falar do nome Marta, Cristiane e outras atletas de referência no futebol feminino. Nesse momento, o meu amor pelo futebol só aumentou. A representatividade que elas me trouxeram estando na televisão e tendo o contato pela primeira vez foi incrível”.

Primeiros campeonatos:

“Fiquei quatro anos no projeto Pequeno Cidadão e, junto com ele, comecei a treinar no Formiga Verde. Esse foi o responsável por abrir as portas para o futebol de alto rendimento. Foi nele que ganhei uma bolsa para uma escolinha bem famosa da cidade, Mult Sport, em São Carlos, São Paulo. Nessa escola, eu disputei os meus primeiros campeonatos, sempre no meio de meninas bem mais velhas. Em um amistoso contra a Ferroviária, fui convidada a participar da base Sub-15 da equipe e, posteriormente, Sub-17 e principal”.

Clubes que atuou:

Na Ferroviária foi onde eu tive contato com a base do futebol. Passei seis anos na equipe e confesso que foram anos incríveis, de muito aprendizado, onde tive a oportunidade de ver o mar pela primeira vez, andar de avião, sair do país, ser campeã brasileira, libertadores, vice da copa do brasil e campeonato paulista. Na época, eu não tinha noção da equipe que participava. Tenho um enorme carinho e gratidão pelo clube que me formou e tornou a atleta que sou hoje. Depois da Ferroviária, eu joguei por dois anos no Avai/Kindermann. Foi a primeira vez que realmente fiquei longe da minha família por meses, mas que me proporcionou oportunidades e vivências que sou grata muito grata. O Kindermann foi o time que me deu a oportunidade de fazer uma faculdade excelente e totalmente gratuita. Levarei pessoas para sempre em meu coração. Do Kindermann fui para o Napoli, me encontrei como a atleta de alto rendimento que sou e provei isso para mim mesma, já que, por muitas vezes, duvidei do meu potencial. No mesmo ano, joguei no Bahia, que me surpreendeu pela estrutura e respeito com as atletas, nos tratando como as profissionais que todas nós somos e o respeito que buscamos diariamente dentro desse meio machista que é o futebol. Fui campeã Baiana e foi incrível poder conhecer um pouco da historia do clube”.

Apoio da família:

Minha família sempre esteve ao meu lado. Eles não sabiam muito como me ajudar, mas sempre estavam me ouvindo e me encorajando a não desistir e seguir em frente. Meu pai sempre me dando as chuteiras e pagando as passagens para onde quer que eu precisasse ir. Na época, eu não entendia o valor disso, hoje sei que era um dinheiro que faria falta no futuro e mesmo assim eles nunca disseram que não poderiam comprar. Eles são o alicerce de tudo o que estou construindo no futebol”.

Objetivos no Fluminense:

“Tenho boas expectativas em relação ao Fluminense. Espero colaborar e colocar o Tricolor no lugar que ele merece, na série A1”.

Texto: Comunicação/FFC

Fotos: Leonardo Brasil/FFC


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