SOB A LUZ DO REFLETOR – Passamos no Teste

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Uma estreia muito difícil, amenizada por ser em casa. No final, após o empate, se tornou excelente. Não o resultado em si, mas sim pela atuação que deixa nossos atletas mais confiantes para as próximas batalhas. Quase um batizado após longos anos fora da Libertadores. Se jogamos razoavelmente bem contra um dos favoritos ao título, é sinal de que podemos enfrentar qualquer adversário nesse campeonato.

Então quer dizer que podemos ser campeões? Todos times podem, mas de longe não somos, e nem seremos, favoritos. O que eu quero dizer mesmo é que somos, há meses, um time muito competitivo, difícil de ser batido. Fora aquele desastre contra o Corinthians, nenhum time ganhou da gente com tranquilidade, com facilidade e sem brigar muito para isso. Essa performance foi testada ontem, contra um grande time e nos saímos bem.

Início tenso, perdendo muitas bolas na pressão alta do adversário, o Fluminense não conseguia dar sequência as jogadas. Numa bobeira do Yago, Marcos Felipe foi muito mal no lance, cometendo pênalti bobo. O 1 x 0 poderia assustar e fazer o time sair como louco atrás do empate, mas o que se viu foi um Flu ainda cauteloso, deixando acalmar a situação. Gostei, não sei se foi por acaso, mas gostei de não termos nos desesperado, o que poderia gerar contra ataques perigosos e um placar mais alto para o River. Lembro que no fim de semana anterior, River goleou um adversário na Argentina em 15 min, após sair o primeiro gol.

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Gallardo dobrava no Kayke, mas Roger foi muito bem em escalar o Luís Henrique, dando uma outra opção ofensiva. O garoto estava liso e atormentava o lado direito da defesa do River. Gallardo é esperto, e como todo o mundo, achava que o Flu viria com 3 volantes, kayke e Fred no ataque. Dobrando no garoto, acabaria com qualquer iniciativa ofensiva do Flu, mas Roger lançou Luís Henrique e estragou um pouco a festa do argentino.

Fato é que o time dos caras é muito bom taticamente. Domina o jogo com facilidade, sobe a marcação, fica com a bola. Nós, brasileiros, ainda estamos muito atrás taticamente falando de alguns adversários sul americanos. Alguém viu o Barcelona do Equador jogar contra o Santos? Santos não viu a bola e dentro da Vila.

Flu brigava muito, até conseguia alguns ataques, principalmente pela esquerda, mas não era o suficiente para empatar. Nenê está em outro ritmo. Aquelas cavadas de falta que ele costuma fazer, protegendo a bola e caindo de maduro…Na Libertadores não vai colar. Nenê tem 39 anos, jogou muita bola e ainda mostra seu valor esporadicamente, mas está em outra vibração, em outra rotação. Nenê pode ajudar muito nosso time, mas não dá para ser mais titular. Não com o Cazares no banco.

Enquanto tínhamos o Michel Araújo, a promessa que nunca vinga Miguel, Ganso com sua super disposição, Nenê sobrava. Indiscutível. Com Cazares no banco não dá. A diferença foi enorme. Nenê é um jogador que prende a bola, dá dribles curtos (quando tinha mais vigor) e pega bem na bola, seja na bola parada ou na finalização. Mas não é disso que precisamos agora para evoluir. Precisamos de um cara que faça a bola andar, principalmente para nossos garotos de lado de campo e para nosso matador Fred. Cazares é diferenciado. Não por ser um super craque, mas por ser um jogador em extinção no Brasil. Um meia clássico, que pensa o jogo, toca rápido e ainda também bate bem na bola. Não tem muitos jogadores assim disponíveis por aí. Tem anos que vários times não tem esse tipo de jogador. Cazares não pode ficar de fora.

Roger teve nota alta. Na escalação, na armação tática e nas substituições. Sendo um pouco exigente, eu manteria mais tempo o Fred e o Luís Henrique no time, mais uns 5 a 10 minutos. Saíram com 27 min. Não sei como estava o garoto, que costuma cansar, mas o Flu estava no embalo e essas duas peças poderiam decidir o jogo. No geral, nosso treinador foi muito bem e agora precisa começar a estratégia de trocar Nenê por Cazares.

Jogo domingo pelo carioca e quarta na Colômbia. Boa hora para colocar nossos reforços em campo, incluindo o lateral direito, Samuel Xavier, para a torcida conhecer um pouco do seu  futebol. Ainda mais se tiver um vencedor entre Fla e Volta Redonda no sábado.

Toque Curto:

  • Marcos Felipe vacilou no pênalti bobo e depois salvou o Flu na única chance do River no jogo. Nosso arqueiro tem crédito.
  • Callegari e Martinelli sentiram o jogo. Os dois foram mal e fez falta uma melhor atuação da dupla.
  • Não foi pênalti no Lucca?
  • Quer dizer que Roger nem relacionou o Ganso? Muito bem professor, ganhando pontos com a torcida.

SDT


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5 thoughts on “SOB A LUZ DO REFLETOR – Passamos no Teste

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