SOB A LUZ DO REFLETOR – Aceitar o Erro para Poder Conserta-lo

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Não importa o adversário, o Fluminense mantém sua forma de jogar. Essa frase inicial seria ótima se a tal forma de jogar não fosse a atual. Sai Botafogo, vem Grêmio, sai Grêmio e vem Palmeiras. Nada mudou. O Flu continua insistindo em ter a bola sem fazer nada com ela.

É completamente estressante ver o Fluminense do Odair jogar. Começa o jogo e a bola é recuada, o adversário vai saindo e analisando como se fosse uma cobra para dar um bote. O time vai recuando a bola, recuando e ….dá um belo chutão. Pasmem, isso aconteceu logo quando tomamos um gol do Palmeiras na última quarta. Levamos um gol, saímos com a bola e fomos recuando, Palmeiras avançou e recuamos para o Muriel. Esse pressionado chutou para frente para os pés do adversário. Tem alguma lógica? Como se recuando a bola ate o goleiro, fossemos tramar uma jogada daquelas que viraliza a cada 6 meses nos what´s apps das vida. Não meus amigos, esses recuos insistentes acabam sempre em chutão (99% das vezes). É como se ao invés de tentar jogar no campo adversário, arriscando sim perder uma bola ou outra, o Flu preferisse ficar mais 5 segundos com ela, até o chutão do Muriel, que me perdoem os defensores, geralmente sai horroroso.

A escalação foi uma aposta. No momento achei até que poderia dar certo, 2 atacantes bons de fazer gol ao invés de 1 com 2 companheiros à km de distância lá nas linhas laterais. Mas não rolou, jogo ficou centralizado demais com o Fred vindo toda hora fazer um pivô quase no meio de campo, as vezes até no nosso campo, sem o menor sentido também. Uma dessas ele perdeu a bola e saiu o gol do adversário. Fred é um capítulo a parte. Ele só vai se dar bem se tivermos um cara de velocidade e o apoio constante dos laterais, todos metendo bola para ele na área. Esse joguinho de meio de campo embolado, não dá mais para ele.

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Com a saída do Fred, Marcos Paulo entrou voando. Parecia que a reserva tinha feito bem a ele. O time melhorou muito, mas mesmo assim era aquela falta de força para atacar que já conhecemos. Aqui faço um parenteses para os técnicos estrangeiros:

  • Será mesmo que não tem diferença? Não é difícil perceber com quantos jogadores o Fla chega no ataque. Assisti dois jogos do Galo, do argentino Sampaoli. Ok, não sou especialista, mas qualquer chutador de bola amador consegue visualizar que, hoje, o Galo chega com 5 ou 6 na área. Não é mentira não, tirei uma foto. Ai vem o Fluminense e 80% dos times brasileiros tentando fazer gol com um na área e, quem sabe, outro correndo atrasado para lá. É possível ter força para atacar alguém de forma contundente com 1 ou 2 homens na área contra 4 ou 5 do adversário? Segue imagem, me perdoem pela qualidade, tirada do celular da TV:
6 atletas do Galo na área do Corinthians.

A questão maior é que a maioria dos técnicos brasileiros, e nosso querido Odair está incluído, não conseguem enxergar essa falta de vontade de fazer gols dos seus times, ou fingem não enxergar. Optam sempre pelo acaso ou pelos contra ataques para sair do zero no placar. Não adianta ver Liga dos Campeões, não adianta ver JJ ( até ontem um técnico mediano na Europa), ver Sampaoli…nada. Eles acham que estão certos e isso é fundamental. Se você acha que está fazendo algo certo, dificilmente vai mudar. Questão básica: Entender e/ou assumir que está errado e tratar de melhorar, evoluir.

Qual foi a última vez que um meio de campo nosso invadiu a área adversária. Nem o Nenê e o Marcos Paulo fazem isso. Teoricamente nossos atacantes.

As substituições do segundo tempo até deixaram o time mais leve, mas virou um bando desorganizado, que corria sem menor orientação e nós torcíamos para que uma bola desse a sorte de aparecer na área para alguém, mas sem Evanílson realmente o Flu perde o único poder de fogo que tem.

Avaliando nosso elenco, me parece que dá para fazer coisa melhor. Nossos laterais hoje são fracos demais. Egídio finge que joga e recua a bola toda hora para trás. Julião…esse é até difícil falar, é muito fraco. Impossível não dar a vaga ontem para o garoto Calegari. Mas temos boas opções no meio de campo: Dodi, Yago, Michel Araújo, Miguel, Nenê, Ganso…Sim, os dois sabem jogar, mas obviamente não podem jogar juntos. Nenê está mal escalado. Qual foi a última vez que ele deu as caras na área? Não é de se estranhar isso? O cara vinha fazendo um bom campeonato carioca, mesmo contra ninguém, ele parecia na área, fazia gols e dava passes decisivos. Virou um acompanhante de lateral. Odair está definitivamente acabando a carreira do cara.

Na frente Evanílson está voando. Temos Marcos Paulo que quando está sem preguiça (quase nunca), pode fazer a diferença. Pacheco e W. Silva podem ajudar na questão de velocidade. Temos garotos novos como o Luis Henrique, que em poucos minutos já deu para ver que pode ser muito útil. A questão me parece estar no esquema tático covarde que está implantado. Jogaremos de igual para igual com quase todos os times, mas venceremos quase nenhum. Está na cara isso.

Enquanto nosso treinador não perceber que para ganhar os jogos, para fazer gols é preciso atacar com mais gente. É preciso ter jogadores mais próximos da área. É preciso ter variações de posicionamento, movimentações e jogadas ensaiadas com triangulações. Enquanto ele no final dos jogos continuar dizendo que o time está com volume de jogo e oportunizando….Nada mudará. Até porque não é verdade.

O princípio básico para mudar é aceitar o erro e ele não o faz.

Toque Curto:

  • Como esse menino Dodi corre. Está muito bem na função de 1º homem do meio.
  • Luis Henrique em 5 minutos fez mais do que alguns em 70, 80 min. O garoto precisa entrar mais. Além dele, Calegari precisa ser titular. Julião não é aturável.
  • Ganso entrou bem no jogo, correndo mais, tentando os toques mais decisivos, enquanto Nenê a cada partida mostra que está na posição errada. É nulo em campo.
  • O que será preciso acontecer para os técnicos brasileiros perceberem que estão no caminho errado? Um outro estrangeiro ganhando o campeonato com dezenas de pontos na frente de novo?
  • Um tricolor amigo matou a charada: As coletivas do Odair são feitas antecipadas. São sempre as mesmas, independem do resultado ou do jogo. “..estamos com volume de jogo, oportunizando..”

SDT


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11 thoughts on “SOB A LUZ DO REFLETOR – Aceitar o Erro para Poder Conserta-lo

  • 14/08/2020 em 17:30
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    Creio que esse ataque nao fazem gols bastante tempo entao o problema e a qualidade e so rever os jogos tiveram.chance e nao apriveitaram.quanto ao sampaoli.chegou no.brasil e nao ganhou nada o time dele o santos na ultima temporada so disputava o brasileirao e tomou varias goleadas na temporada.esta no galo e novamente vai disputar uma unica competicao.o brasileirao.st.

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  • 14/08/2020 em 18:03
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    Gosto muito do trabalho do Sampaoli, e quanto ao JJ falar o que? ganhou tudo. Ok puta elenco mas o Palmeiras tb tem e joga muito pior. Pra mim, hj no Brasil o Renato é quem joga ofensivo e agride e só, os outros me parecem a velha escola de retranqueiros gauchos que dao a bola ao adversário e jogam no contra ataque. Exceto o Diniz, mas aí já é outra história.

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  • 14/08/2020 em 19:56
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    O Fluminense tem que esquecer os treinadores brasileiros. Qualquer treinador mediano de fora é melhor dos que os analfabetos funcionais daqui.

    O problema é que um clube com o futebol comandado por Mário Pavão e Angioni Múmia não vai perceber isso…

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  • 14/08/2020 em 20:21
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    E Odair é treinador onde? Um mero entregador de camisas que faz a vontade do chefe pra escalar os amigos, e da velharia do elenco, com a desculpa de “manter o vestiário”. O Odair da Espanha, com Messi e tudo, tomou de OITO hoje. Quatro volantes e levou OITO gols. Prova de que mesmo com um elenco galático, sem treinador é só um bando. E o Odair é incompetente, covarde e frouxo (xingado pelo Nenê, bancou o pereba de titular). O Flu com o Odair cai. E trocar por um treinador de fora (o Carlos Carvalhal tava dando sopa e perdemos), um treinador DE VERDADE, é fundamental pro Flu crescer.

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