Perícia contratada pelo Fluminense afirma que o áudio é inconclusivo

Compartilhe

Na última terça feira (22) , o Fluminense junto ao Tribunal de Justiça desportiva do Rio de Janeiro (TJD), protocolou o laudo pericial com a suposta ofensa racista direcionadas a Gabriel Barbosa. Assim que o vídeo viralizou, o clube emitiu uma nota se manifestando contra qualquer tipo de preconceito e que buscaria identificar o possível autor das ofensas. O caso aconteceu no dia 6. O atacante se dirigia ao vestiário quando tricolores localizados no setor próximo a escadaria o teriam ofendido. Na ocasião, o Fluminense derrotou o Flamengo por 1 a 0, no estádio Nilton Santos.
De acordo com a publicação do “O Globo” que teve acesso aos documentos, a empresa contratada pelo Fluminense, a “Forense Pro”, especializada em perícias de rastros digitais expôs em 29 páginas todo o estudo e pesquisa sobre o caso. Entretanto, os testes feitos em laboratório, com assinatura da perita Valéria Leal, apontam como inconclusivo. Já pelo lado do rubro-negro, o documento de autoria do perito Ricardo Molina apresentou apenas 4 páginas.

No documento ainda consta cinco
Imagens distintas e cinco vídeos, além do vídeo postado no Twitter que viralizou naquele dia. Ainda de acordo com o documento, a perícia contratada pelo Fluminense vê o áudio prejudicado porque consta que a fala está “fragmentada”. O significado da palavra Fragmentado é “Que se conseguiu fragmentar; que foi alvo de fragmentação, de divisão ou de separação; que foi repartido em pedaços ou partes menores: país fragmentado”

Você conhece nosso canal no YoutubeClique e se inscreva! Siga também no Instagram

Outros fatores para o laudo ser inconclusivo são: ausência de vibrações das cordas vocais (não registrada no vídeo), apesar do zoom, o microfone permanece próximo ao autor do vídeo. De acordo com o estudo feito, o grito teria vindo do setor oeste superior ao invés da ala inferior.

O estudo buscou averiguar a distância, o local e, por isso resolveu estar presente no estádio Nilton Santos para buscar alguns detalhes de maneira minuciosa a palavra pronunciada no vídeo. Os responsáveis pelo estudo finalizou que, a distância do setor oeste superior local próximo de onde se encontrava Gabriel era de 40 metros. Em um local vazio seria difícil captar a pronúncia. Com o espaço cheio e barulhento complicaria exatamente o entendimento da pronúncia.
Em um teste realizado no laboratório realizado no espectro sonoro, o estudo apontou como seria a palavra macaco no microfone. Ainda nos testes, foram ditas 4 vezes em duas delas com a última vogal “o” falado de maneira mais extensa para emular o que teria sido dito no estádio.

Explicação sobre os tipos de sons (Foto: Reprodução: explicatorium.com)

O espectro sonoro é a faixa de frequência em que existem onda sonoras, sejam elas audíveis ou não. Todo som abaixo de 20hz são chamadas de infrassons. Entre 20 hz e 20.000 hz são os sons audíveis. Acima de 20.000 hz são os ultrassons.

Sons mais graves estão no começo da escala, no meio estão os sons médios – que não são agudos e nem grave. E, quanto maior a frequência, mais agudo é o som emitido.
O documento explica que, há explicação científica para o cérebro humano entender palavras inconclusivas. Como por exemplo, IN73lig3nc1!@: o nosso cérebro automaticamente entende que, a palavra em questão é “inteligência”. O mesmo podemos aplicar para áudios.
Atualmente,o caso está em fase de investigação. Onde os próximos atos serão buscar novos detalhes e denúncias para reconhecer os autores do suposto ato de racismo. A tendência é que todo o caso seja concluído em 15 dias após a abertura do inquérito. Para tal, Rafael Fernandes Lira será o relator do caso.

ST,

Guilherme Soeiro


Compartilhe

790 thoughts on “Perícia contratada pelo Fluminense afirma que o áudio é inconclusivo

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *