Flu fez live com Ronald, Aílton e Cadu para relembrar o título carioca de 1995

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O Fluminense aproveitou a oportunidade de uma reprise na TV para vender 20 mil ingressos fictícios para a final. A renda vai ser destinada para os funcionários, que receberão cestas básicas compradas pelo clube.

E depois do jogo o Flu fez outra ação: uma live com três dos campeões. Ronald, Aílton e Cadu participaram da ação e acompanharam o jogo, dessa vez pela TV. Os três falaram sobre o jogo e a emoção de assistir a partida novamente:

– Eu fiz um churrasco em casa para tentar relaxar, mas foi difícil. Fazer algo por um time tão gigante, que estava há nove anos sem ganhar, e saber que entrou para a história – afirmou Aílton.

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– O coração acelera da mesma forma, é igual reviver tudo isso. Meus filhos estão curtindo esse momento. É um orgulho mostrar isso para eles. Sou apenas um tijolinho nessa história – disse Cadu.

– Confesso que nem dormi direito. WhatsApp bombando. Falaram que ia vender ingresso e fiquei confuso: “Será que vai ter que jogar de novo?” (ridos). Fiquei muito ansioso por esse momento novamente – admitiu Ronald

O Fluminense era uma equipe desacreditada por muitos. E chegou na final para bater o rival endinheirado. Aílton recordou essa situação:

“A gente sofreu muito naquela época. Eu estava no Japão, alguns jogadores eram renegados de outros clubes, o Renato iria parar de jogar por causa de um problema na panturrilha. Eu quando retornei, ia para um clube e me rejeitaram. Então acabou que a gente acertou com o Fluminense. Veio o Capitão, que ninguém conhecia. o Lima, chegou como cangaceiro. O Ronald veio do Americano. Era um time totalmente desacreditado.”

Marra ou auto-confiança? Cadu falou sobre a chegada de Renato Gaúcho ao clube. O ex-volante, que é cria da base tricolor, afirmou que o autor do gol de barriga disse ao grupo que tinha chegado para ser campeão:

“Eu tinha 21 anos na pré-temporada. O Renato chegou contratado e falou que te conhecia (Aílton), conhecia o Ézio, o Luiz Henrique… Mas não conhecia o resto. Aí ele perguntou: “Quem não foi campeão ainda?” A gente levantou a mão, e ele: “Se preparem para ser campeões esse ano”.”

Ronald falou sobre o drible que o clube deu nos torcedores rivais:

– Aquela história do hotel foi coisa de cinema. A gente estava concentrado no hotel, aí ligaram para o quarto para descer, passou para imprensa que estávamos indo ao teatro. Não entendi nada, 22h indo para o teatro? Saímos por trás do hotel em uma van, sem entender nada. Quando nós vimos fomos para outro hotel em São Conrado, maravilhoso. Cama enorme, ficava perdido no café da manhã. Ali saímos na frente, já estava 1 a 0 para a gente.

Aílton recordou um momento crucial, antes da final:

“Tem um detalhe fez total diferença. No último treino, o Renato reuniu todos no meio campo, formamos uma roda, ele ficou no meio e falou que ia parar de jogar, para dar esse título a ele, seria o último jogo da sua vida, e começou a chorar. Todo mundo se abraçou e chorou junto. Tenho certeza que foi o grande diferencial de um ídolo e bom representante de grupo.”

Ronald também recordou o clima de confiança que o elenco tricolor vivia na época:

– O Aílton cantando pagode, a gente sambando dentro da van… Nem parecia que tinha jogo às 17h. Confiança grande pelo que o grupo fez durante o campeonato. Eles empataram o jogo, e eu continuei acreditando. É porque a imagem não mostra, mas quando passei a bola para ele (Aílton) fiquei ajoelhado. Falei: “Vai com tudo, amigo”. Coitado do Charles (Guerreiro, lateral do Flamengo) (risos).

No gol de barriga, Aílton chamou Charles para dançar. E o jogador rubro-negro gostou da dança. Aílton chutou e, na súmula, foi o autor do gol. Ele recordou o momento:

– Choveu para caramba, a gente estava cansado. Eu estava dentro da área, quando fui chutar o Charles, que sempre foi bom marcador, me fecha. Cortei de novo e pensei: “Caramba, não tem mais jeito, tenho que chutar porque estou cansado”. A bola resvala na trava da chuteira, por isso não entrou direto. Ela bate no Renato e entra. É o único gol do mundo que tem nome: gol de barriga. Nós entramos para a historia por causa disso (risos).

Todos os três guardam até hoje a camisa do jogo. Ronald conta que certa vez quase a vendeu, mas desistiu da ideia a tempo:

– Eu tentei fazer uma época uma rifa da camisa, mas não consegui. Fui lá no Maracanã, vendi 80 bilhetes. Esse pessoal que comprou comigo, eu tenho o canhoto guardado comigo até hoje. Depois pega meu contato e pode me ligar que vou devolver o dinheiro. Não deu certo, teve gente que colocou um monte de besteira a meu respeito, que estava passando fome (risos).

O Fluminense tinha 2 jogadores que além de atletas, eram MC’s. Márcio Costa e Cadu fizeram o Rap do Renato. E o ex-volante cantou o rap no final da live:

“Oba, oba, oba, Renato chegou, trazendo alegria para a galera tricolor. Oba, oba, oba, Renato “tá” aí, da Barra às Laranjeiras ele vem para sacudir. O cara assina bola, camisa e chapéu. Assina até bumbum, esse gaúcho é cruel. Seu jogo preferido é o famoso Fla-Flu. Renato fez novela com Raí e Babalu. Pretende ser ator de novela e cinema, seu hobby é o futevôlei nas areias de Ipanema.

O nome da galera agora eu vou citar: Wellerson e Paulo Sérgio que agarram para “daná”. Ronald, Alex, Lira e Leandro sabem apoiar. Paulo Paiva, João Luis, Lima, Sorlei para detonar. Cadu e o Márcio Costa fazendo a proteção, Djair e Luis Antônio no elo de ligação. Junto com o Rogerinho e o Aílton que é o pulmão, não posso esquecer do Luiz Henrique sangue bom. Leonardo e Edinho, Anderson Capitão, o Ézio, Wallace e o Renato que é irmão.”

Créditos para as falas: Globoesporte.com

ST!

 

 

 


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