Dívida de 2019 entra no acordo de 2020 – Diretoria negociou juntamente com a redução salarial

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Um dívida de 2019 entrou na composição do acordo pela redução salarial do Flu. O primeiro carioca a acertar com seu elenco, e através de conversas, a diretoria precisou envolver na questão a dívida referente às premiações de 2019, e que estavam pendentes até então. São elas:

  • 30% do valor recebido por ter chegado até as quartas de final da Copa Sul-Americana*;
  • 10% do valor pela classificação para a Copa Sul-Americana 2020 através do Brasileiro;
  • bicho pelas 12 vitórias conquistadas no Campeonato Brasileiro*;
    *premiações acertadas na gestão Pedro Abad

Com isso, diretoria e jogadores, num claro sinal de confiança mútua, envolveram os números, próximos a R$ 2 milhões, que deverão ser quitados até o final do ano. Segundo a cláusula de inadimplência do acordo, se o clube não honrar os compromissos dentro do prazo, a redução salarial será cancelada, e a direção será obrigada a pagar a diferença que havia cortado dos jogadores.

– Eles aceitaram fazer o acordo quando tinham valores atrasados. A primeira conversa foi: “Presidente, e os atrasados, como vão ficar?” Falei: “Não consigo pagar agora. Se estou pedindo desconto é porque não tenho dinheiro nem para o salário. Se vocês me permitirem pagar os atrasados do jeito que eu puder…” E eles aceitaram de forma parcelada. Consegui jogar tudo dentro do acordo, fiz um grande parcelamento e ainda com redução. E vou me esforçar muito para tentar cumprir – explicou o presidente tricolor Mário Bittencourt ao GloboEsporte.com.

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No acordo de redução salarial, ficou acertado que na remuneração de março os jogadores abriram mão de 15%, com o clube pagando 65% de forma imediata e outros 20% até o final do ano. Já a de abril, mês que contou como férias, o clube depositará 50% logo e a metade restante em dezembro, junto com o 1/3 do recesso. O mês de maio teve uma redução de 25%. Em junho, se os campeonatos não voltarem, ficou decidido que as duas partes negociarão um novo acordo.

Uma cláusula de inadimplência foi colocada no acordo e diz que, caso o Flu atrase os pagamentos, os vencimentos retornam aos seus valores originais, com o clube tendo que acertar na data prevista. Atravessando um momento  bastante conturbado ainda, somado à pandemia e a paralisação das atividades, essa cláusula deixou alguns tricolores preocupados. Mas o presidente Mário Bittencourt garante que, ainda assim, foi um bom acordo:

– Eu não me preocupo com a cláusula porque, em caso de não cumprimento, poderemos quitar ao longo do ano a diferença daquilo que eles abriram mão. O Fluminense não está tendo nenhuma penalidade. O acordo foi ótimo, maravilhoso. Estamos tendo um deságio bom nesse momento, importante para o clube, que está conseguindo manter os empregos também graças a isso e aos gerentes e diretores que abriram mão espontaneamente de parte de seus salários.

– Se por um acaso, em razão da enorme dificuldade que o clube atravessa, das penhoras que tem, se a pandemia continuar, aí vamos ter que rever o acordo. Pode repactuar até o meio do ano que vem, enfim… A gente vai se entender, tenho certeza. Mas se depois de tudo isso, de se entender de novo e não cumprir, pode ter certeza que mesmo assim o Fluminense saiu com algum tipo de resultado positivo porque não tem juros, correção… É o que deixei de pagar parcelado para frente.

Fonte: Globo Esporte

Foto de capa: Lucas Merçon


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