Flu assume papel de liderança nos Bastidores – clube é o primeiro carioca e negociar redução salarial

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Se no futebol brasileiro o momento é de indefinição, por conta da pandemia do coronavirus, no Flu algumas situações já foram definidas. Muito por conta da postura do presidente Mário Bittencourt, em assumir o papel de protagonista e liderar as negociações coletivas. Frustradas, pela não aceitação dos sindicatos, o dirigente tricolor consolidou um acordo com o elenco, e comentou, na entrevista concedida ao Esporte Interativo:

– O nosso grupo de jogadores é muito unido, de caráter. É um dos grupos que eu já trabalhei que tem uma capacidade de entendimento, de horas difíceis muito grandes. Acredito que estão vendo o nosso esforço para tentar deixar tudo minimamente possível. Neste momento, até clubes que têm situações melhores estão com dificuldades. Os jogadores aceitaram redução salarial em março e parte dos salários que têm a receber. Em abril, como é férias, eu não tive nem coragem de pedir a redução. Ficou combinado de pagarmos 50% agora e 50% no fim do ano. Em maio, independente se voltar o futebol ou não, reduziram 25% dos salários. A partir de junho, deixamos uma cláusula que, se os jogos voltarem com ou sem portões abertos, a gente paga 100%. Mas tem um cláusula para se rediscutir, caso não volte. A única cláusula que a gente tem e que realmente tinha que ter para protegê-los é que, se não conseguirmos quitar tudo referente ao ano de 2020 até o final de dezembro, passam a ter de volta tudo o que renunciaram.

 

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Antes, o Flu também tinha sido o primeiro a conceder férias aos atletas até o fim de abril – foi seguido por Botafogo e Vasco, com o Flamengo aderindo por último. Concomitante a tudo isso, o tricolor segue irredutível nas questões de segurança, e liberação das entidades públicas e privadas (CBF e FIFA) antes de retomar qualquer atividade. O clube já afirmou não ter pressa no retorno. Participa das reuniões, concorda com os protocolos, mas segue irredutível em não apressar as coisas.

Do outro lado, Ferj e Flamengo, além de outros clubes de menos investimento, pressionam para que se retomem as atividades, seguindo protocolos criados pela própria Federação. O Flu foi o único contra, no início, e agora já conta com o apoio do Botafogo, que entende que forçar um retorno é brincar com a vida de todos os envolvidos. Montenegro – membro do comitê gestor do time alvinegro – ainda disparou, contra o time da Gávea: “Flamengo está preparando outra tragédia. Agora, calculada”, disse em entrevista ao O Globo:
– O Flamengo, que já passou por uma tragédia com os garotos, a respeito da qual foi colocado que houve uma falta de atenção, está querendo arriscar de novo a vida dos atletas? Que maluquice é essa de querer jogar? Por que o Carioca é a coisa mais importante do mundo? É ridículo o Flamengo acionar o governador, e o governador que está com coronavírus. Se fizer isso, ele (Flamengo) está preparando uma outra tragédia. Agora, calculada. A anterior foi o acaso. Ninguém imaginava. O Flamengo deveria ser, até pelo trauma, o primeiro a defender a quarentena, mostrando que aprendeu a lição. Muito triste isso – afirmou Montenegro, que ainda emendou:

– Fico envergonhado. É uma falta de sensibilidade e respeito à vida humana. (trecho retirado da entrevista).

A Ferj segue tentando retomar o campeonato o mais breve possível, mas com Rubens Lopes, presidente da entidade, declarando que somente irá acontecer com a devida autorização das autoridades sanitárias. Enquanto isso, a pressão segue do lado de fora. Já tem clube grande por ai pedindo empréstimos. Será que seria o motivo de forçar o retorno?

ST

Foto: Felipe Siqueira/Globo Esporte


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