Felipe Melo fala da importância de Diniz para sua volta aos campos: “Fez apenas em um abraço mudar todo um cenário”

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Felipe Melo foi ao Podcast Flow Sport Club, nesta sexta-feira (26). O zagueiro foi perguntado sobre como a equipe do Fluminense tem conseguido se manter em alto nível, mesmo com muitos jogadores que já passaram da casa dos 30 anos de idade. O jogador atribuiu essa performance do time a intensidade do treino do Diniz.

“Acho que é a intensidade do trabalho. O dia a dia com o Diniz, nós trabalhamos muito. Em um sábado pre jogo as vezes a gente corre dois, três km. Quando o normal com outros treinadores é fazer um rachão ou treino tático. A forma que o Diniz gosta de jogar pede intensidade, então treinamos demais porque sabemos que no jogo vamos precisar disso. Não podemos deixar nosso corpo cair em uma inércia, porque praticamos um jogo perigoso. Então acho que o nosso diferencial é essa intensidade nos treinos”, disse Felipe Melo.

Felipe Melo completou a pergunta elogiando a forma como Diniz se relaciona com os jogadores. Ele contou seu relato pessoal com o treinador e explicou como ele foi importante para que pudesse estar jogando hoje.

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Felipe Melo fala da importância de Diniz para sua volta aos campos: “Fez apenas em um abraço mudar todo um cenário”
Reprodução/Flow

“O diferencial do Diniz é que ele sabe lidar com pessoas. Ele cobra muito, mas sabemos do coração que ele tem. Um cara que cobra, mas se tiver que sair e chorar junto com você ele faz. Ano passado, no primeiro jogo da final do Carioca contra o Flamengo, me machuquei com quatro minutos de jogo. Tive uma ruptura no menisco e precisava sair de campo. Estava na adrenalina e falei: “Não posso sair agora”. Consegui jogar e ganhamos o jogo de 2 a 0, que foi essencial, no segundo a gente empatou e fomos campeões. Só que quando fui abrir o joelho para fazer a cirurgia, estava com problema na cartilagem. Ficou o jogo todo batendo osso com osso e tive um problema muito grande”, falou Felipe Melo.

“Aí saiu o Abel Braga, entrou o Diniz e eu conseguia nem caminhar direito. Aí uma vez tomei uma injeção no joelho, fui treinar e não consegui. Então, comecei a chorar, sai de campo, ele me chamou e falei: “Não, vou sair”. E ele: “Vem cá cara”. Aí quando cheguei ele falou: “Não quero que você fale nada, quero só um abraço”. Me deu um abraço no meio do campo e depois falou: “Fica tranquilo que tudo vai dar certo, tudo no momento certo”. E hoje eu sou um milagre. Tem muito trabalho também. Pago um preço diário por isso. Mas eu sou um milagre de poder estar ganhando de novo o Carioca e jogando. Com 39 anos poder estar num alto nível. E sem dúvida o Diniz fez apenas em um abraço mudar todo um cenário”, completou Felipe Melo.


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