Em entrevista ao GE, Angioni comenta sobre o sub-23 e destaca: “Aqui não tem prioridade que não seja servir à equipe principal”
O diretor executivo de futebol tricolor, Paulo Angioni, comentou sobre o projeto sub-23 e fez um balanço do primeiro ano do projeto. Destacando que “não tem prioridade que não seja servir à equipe principal”. o dirigente abordou os mais diversos pontos do projeto e as críticas que ele gerou, por parte da torcida. Confira os principais trechos do que disse o diretor:
Objetivos foram alcançados:
Sim. Não tenha dúvidas que alcançou sim. Deu condições dos jogadores jogarem um pouco mais e quando surgiu oportunidade na equipe principal, esses jogadores estavam com a prática do jogo. Quer queira quer não é uma competição diferente do Sub-20, você tem adversários mais adultos, com mais rodagem de jogo. Isso dá para o jogador mais jovem uma qualidade de desenvolvimento maior. O jogador estar no ambiente do futebol profissional ajuda bastante. Não é mais uma pessoa nova no processo, já está ali, cruzando com os outros. Em alguns momentos treinando junto com quem está servindo a equipe principal. Isso tudo ajuda na ambientação. E na prática, ele está sempre competindo. Uma coisa é treinar, outra coisa é competir. O jogador, no Aspirante, compete. Para nós foi bem satisfatório. Conseguimos desenvolver um trabalho muito bom com Marcão e Ailton. Depois o Marcão virou técnico do principal. Estamos muito felizes com essa ideia. As coisas estão prosperando e acredito que vão prosperar muito mais. Nós tivemos a infelicidade da pandemia. Porque tínhamos lutado muito junto à CBF por um calendário maior e ela tinha entendido nossos argumentos. Mas a pandemia trouxe um pouco de prejuízo à competição, era para ser mais alongada. Ela não pode se restringir a 4 meses e meio. Ela tem que ser de 7 meses, para que tenhamos um calendário mais completo de atividade para os jogadores. Vamos ver se esse ano conseguiremos alongar um pouco mais. Tenho certeza que teremos mais adesões.
Integração dos garotos revelados em Xerém ao profissional:
É simples de entender. Como há um distanciamento físico muito longo entre Xerém e o CT, no momento que você traz o jovem de lá para cá, você cria um ambiente que passa a ser muito mais favorável para ele. Ele passa a estar dentro do processo, dentro do organismo da equipe principal. Estamos avançando mais uma etapa na semana que vem. A primeira era construir o campo 3, que ajudou bastante. Hoje o sub-23 ainda treina separado. Mas semana que vem teremos a conclusão de mais um vestiário. E aí alcançamos o objetivo principal que são todos trabalhando no mesmo horário. Desta forma, a ambientação será ainda melhor, pois os jogadores estarão o tempo inteiro se conectando, se cruzando. Trabalharão em campos separados, mas no mesmo horário. O treinador e os auxiliares da equipe principal poderão olhar não só a equipe que estão treinando, como, eventualmente, o trabalho dos Aspirantes. Esse é o momento ideal desse processo. Esse ambiente traz para eles um amadurecimento grande. Cria uma ambientação, que é o que mais queremos. E com isso temos certeza que o aproveitamento será ainda maior que o que há hoje em dia.
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A crítica sempre me serve de olhar para aquilo que as pessoas estão falando. Lido há muitos anos com isso. Com relação a custos, não temos. O custo que temos é operacional, de material esportivo… O custo é operacional quando necessário. Não é um custo que você diga que seja de alta relevância que, em vez de gastar no Aspirante gaste no profissional. Os salários estão embutidos dentro do processo. Não trouxemos ninguém para trabalhar na parte técnica (comissão). Todos os profissionais que trabalham no Sub-23 são profissionais que já estavam aqui: Ailton, Marcão, Edevaldo, os preparadores físicos… Aproveitamos o corpo técnico que já existe no Fluminense.
Alguns jogadores têm performado. Já eram jogadores vistosos, mas estavam sem a prática de jogo, sem ambientação com a equipe profissional e se aproximaram. E quando entram na equipe, entram como se já tivessem ambientados.
Com relação a jogadores que vieram de fora, realmente um caso ou outro trouxemos jogadores – no máximo, quatro (chegaram Matheus Cassini, Raí, Wagninho e Lussivica. Destes, apenas Raí será aproveitado). Aqui tem um centro de scout que nos orienta em algumas situações, inclusive nessa área dos Aspirantes.
Respeito essa posição (críticas). As experiências não foram tão satisfatórias, mas precisamos às vezes olhar um pouco para fora. Isso não quer dizer que invalide a chegada de jogadores de fora que sejam avaliados pelo scout. Mas não é a nossa meta. Nossa meta é aproveitar 100% os jogadores do clube, até porque tem uma quantidade grande para isso.
Críticas de parte da torcida:
A crítica sempre me serve de olhar para aquilo que as pessoas estão falando. Lido há muitos anos com isso. Com relação a custos, não temos. O custo que temos é operacional, de material esportivo… O custo é operacional quando necessário. Não é um custo que você diga que seja de alta relevância que, em vez de gastar no Aspirante gaste no profissional. Os salários estão embutidos dentro do processo. Não trouxemos ninguém para trabalhar na parte técnica (comissão). Todos os profissionais que trabalham no Sub-23 são profissionais que já estavam aqui: Ailton, Marcão, Edevaldo, os preparadores físicos… Aproveitamos o corpo técnico que já existe no Fluminense.
Alguns jogadores têm performado. Já eram jogadores vistosos, mas estavam sem a prática de jogo, sem ambientação com a equipe profissional e se aproximaram. E quando entram na equipe, entram como se já tivessem ambientados.
Com relação a jogadores que vieram de fora, realmente um caso ou outro trouxemos jogadores – no máximo, quatro (chegaram Matheus Cassini, Raí, Wagninho e Lussivica. Destes, apenas Raí será aproveitado). Aqui tem um centro de scout que nos orienta em algumas situações, inclusive nessa área dos Aspirantes.
Respeito essa posição (críticas). As experiências não foram tão satisfatórias, mas precisamos às vezes olhar um pouco para fora. Isso não quer dizer que invalide a chegada de jogadores de fora que sejam avaliados pelo scout. Mas não é a nossa meta. Nossa meta é aproveitar 100% os jogadores do clube, até porque tem uma quantidade grande para isso.
Sobre investimentos/custos do projeto:
Não fazemos investimento em compra de jogador (não compram os direitos, arcam apenas com os salários). Em alguns casos, temos que ouvir a parte da observação da captação do Fluminense, que é muito boa. Em alguns momentos eles trazem um jogador ou outro de 20 anos, mas não que isso seja uma regra. É uma excepcionalidade.
O Raí é um jogador que veio do Americano e está performando muito bem. A parte técnica tem sido bastante elogiada. Tem mais um ano de contrato e está agradando bastante, não só nos jogos dos Aspirantes, como nos treinamentos do profissional. Já o Lussivica e o Wagninho foram jogadores que não performaram de acordo com o que imaginávamos.
Prioridade do projeto e a não relação de John Kennedy e Samuel no jogo contra o Corinthians:
Dou todo direito às pessoas acharem o que devem achar. O mais importante é que o serviço aqui todo é feito em função do profissional. As ilações competem a cada um. Aqui não tem prioridade que não seja servir à equipe principal. Se eles não foram relacionados para o time principal, é porque os responsáveis pela relação entenderam que não precisavam deles naquele momento, e não por priorizar os Aspirantes, o que não tem sentido. O Aspirantes foi feito para maturar os jogadores, não para ganhar. Ganhar, é claro, é obrigação, porque você está em um clube que está acostumado a ganhar. Mas não que isso prejudique o andamento da equipe principal. Todos aqui trabalham em prol da equipe principal. As ilações, lamentavelmente, não tenho como cercear. Cada um faz a sua.
Preparação e objetivos para 2021
Este ano teremos um agregado bom, que é o lado competitivo para os jogadores. Eles terão a oportunidade de começar o Estadual jogando, pelo menos uns três, quatro jogos. Isso será muito bom. Alguns jogadores que estão inseridos na equipe principal vão participar desses jogos iniciais, principalmente os que não tiveram muitas oportunidades de jogar. E estamos na expectativa porque o quadro ainda não está definido. Nossa meta é alcançar a fase de grupo da Libertadores. Caso alcancemos a fase de grupos, todo o mecanismo para início do ano se modifica um pouco e teremos um tempo para fazer uma preparação muito boa não só para a fase de grupos, como para o Campeonato Brasileiro do ano que vem. Caso contrário – que não gosto nem de pensar – não teremos outra alternativa a não ser emendar, porque os jogos da pré-Libertadores já estão marcados para início de março. Deus queira – e torço muito – que continuemos performando bem e alcancemos a pontuação necessária para ir direto à fase de grupos.
ST
Fonte: GE