Devemos aceitar essa falta de perspectiva?

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A coletiva concedida pelo Mario no final de semana deu muito o que falar. 

Críticas daqui, elogios de lá, principalmente na nossa torcida, que gosta muito de uma discussão – inclusive sobre uma camisa que sequer existe. Há, então, quem defenda cegamente a gestão (provavelmente graças à oratória do presidente), quem a abomine e ache que é mais do mesmo (como aquela galera de antes que reclamávamos muito) e quem concorde que ela tem seus aspectos positivos, mas que peca muito no futebol. Contratações questionáveis e renovações mais ainda, maus resultados e por aí vai. 

O presidente falou que essa reestruturação pode demorar seis, nove ou até doze anos. Ao mesmo tempo em que reconhece nossa situação, afirma que a meta do time para a temporada é conquistar a vaga na pré Libertadores (5° e 6° lugar). Não sei vocês, mas para mim isso é uma contradição, uma antítese, um paradoxo. Acho até uma desonestidade, especialmente para quem falou que não iria iludir o torcedor. Com o futebol que jogamos hoje, esse objetivo está fora de cogitação. 

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Não sei, mas talvez o discurso do Mario devesse ser mais pé no chão. Sim, o Fluminense é imenso, deve sempre entrar em campo pensando no título e nada menos que isso. E por pior que esteja nosso time, o torcedor, bem lá no fundo, acredita que dá. Mas isso porque ele é levado pela emoção, pelo sentimento, afinal, torcedor não tem obrigação nenhuma de ser racional. Mas dirigente tem. 

Desde a saída da Unimed enfrentamos uma condição financeira terrível, lutando para conseguir honrar os compromissos e pagar em dia. Vivemos (ainda) um período de vacas magras e isso reflete diretamente no futebol. Sem dinheiro, contrata-se menos e pior. Aproveita-se mais a base (pelo menos deveria) e a urgência de vender é maior. O poder de manter os destaques também é menor, pois pagamos menos do que eles desejam e do que oferecem. Faz parte.

Ao longo desses sete anos, fomos obrigados a conviver com uma tremenda mediocridade e péssimas gestões. Hoje, seguimos com a primeira parte, mas a segunda parece mudar. Me incluo na parcela da torcida que vê, sim, pontos positivos nesse mandato. Quer você goste ou não, temos um presidente que teve uma ótima postura durante a pandemia e seus desafios – leia-se absurdos -, e que demonstra vontade de fazer dar certo, começando a começar a arrumação da casa.

Nós, torcedores, sabemos que vai demorar muito até que as coisas se ajeitem por completo para que possamos voltar a protagonizar o futebol brasileiro. Enquanto isso, não teremos um time de estrelas ou uma folha salarial milionária. Mas precisa ser da forma como é hoje? Devemos aceitar que teremos temporadas sem perspectiva alguma? Nossas maiores conquistas do ano têm tem sido escapar do rebaixamento, normalmente nas últimas rodadas. Na Copa do Brasil e na Sula nem se fala… Até no Carioca a coisa ta feia. 

Não esperamos ganhar tudo, esperamos um trabalho sério, competente e transparente. 

ST

 

 

 


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4 thoughts on “Devemos aceitar essa falta de perspectiva?

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