Com 5 jogos a menos que 2002, 2021 se tornará o segundo ano com mais partidas na história do Fluminense

Não é novidade que o ano de 2021 está sendo um ano atípico no mundo do futebol. Com a crise da COVID-19, que começou ano passado, os espetáculos pararam por meses e alguns jogos da temporada passada ocorreram neste ano, como a reta final do Campeonato Brasileiro – mais especificamente, os jogos a partir da vigésima oitava rodada, que se iniciaram no dia 06/01/2021.

Com isso, a grande quantidade de jogos aumentou, fazendo com que 2021 entrasse no Top10 de anos com mais partidas na história do Fluminense. Ao final do ano, o elenco comandado hoje por Marcão disputará 80 jogos e ocupará a segunda posição no ranking. O ingresso nessa lista não acontecia desde 2017, quando na ocasião, foram disputadas 75 pelejas.

Consultado pela assessoria do Fluminense, Marcos Seixas, preparador físico do Clube comentou estes desafios. O renomado profissional, esteve com a seleção na conquista do última ouro olímpico. Confira o que disse:

“A grande quantidade de jogos na temporada é uma enorme preocupação nossa, evidentemente. A gente procura dar bastante ênfase ao trabalho de recuperação e restauração dos atletas que vêm com uma carga maior de jogo, e procura também fazer uma compensação de carga com aqueles que não estão jogando tanto. A maior incidência de lesões ocorre através de dois mecanismos: a sobrecarga de jogos, quando um atleta não consegue se recuperar totalmente entre uma partida e outra, e a do atleta que vem sem uma grande sequência de jogos e que sente se não estiver preparado quando for utilizado. Para quem vem atuando mais, a gente usa diversas estratégias para monitorar essa situação e cuidar bem de cada um dos casos. Isso pode ser feito com controle de carga de treinamento, trabalhos na academia e com controle dos marcadores bioquímicos, de como estão os índices de bem-estar do corpo do atleta”, explicou Marcos Seixas.

O coordenador da fisiologia do Tricolor, , Juliano Spineti falou sobre os trabalhos desenvolvidos entre as partidas e que estes são de suma importância para a prevenção de lesões. Confira o que o profissional falou:

“Uma temporada atípica como essa muda nosso trabalho em vários aspectos. Primeiro, nós temos que estar muito atentos não só em quem vem jogando, mas como em quem tem atuado menos. Esses atletas vão precisar entrar, porque a congestão de jogos é maior. Eles têm que estar preparados para serem utilizados, na intensidade e na carga. O processo de recuperação muscular é fundamental, porque o intervalo entre os jogos é muito curto. Então a gente precisou aprimorar as técnicas de recuperação e a análise dos jogadores. Essa integração entre os departamentos é fundamental. Após os jogos, a gente analisa cada caso e, se necessário, já sinaliza à comissão técnica e ao departamento médico”, disse Juliano.

Confira agora a lista dos anos com mais jogos da história do Fluminense liderada por 2002, ano na qual o Tricolor anunciou a contratação de Romário e foi campeão da edição do Carioca:

1- 2002 (85 jogos)
2- 2021 (80 jogos)
3- 1975 e 2005 (77 jogos)
4- 1960 (76 jogos)
5- 2017 (75 jogos)
6- 1978 e 2009 (74 jogos)
7- 1992 e 2003 (72 jogos)
8- 1976 e 2008 (71 jogos)
9- 1979 (70 jogos)
10- 1959 (69 jogos)

ST