Associações de jogadores cobram da Globo definição sobre Estadual e sugerem Brasileiro enxuto

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Mais um capítulo para a novela que está longe de terminar, muito embora o tempo seja inimigo da uma definição. A Fenapaf (Federação Nacional de Atletas de Futebol Profissional) e o Sindicato dos Atletas de Futebol cobram da CBF e da Rede Globo definições sobre os estaduais. Hoje, paralisados por causa da pandemia do coronavírus, ninguém sabe ao certo se terão, ou não, um fim. As entidades – representante dos jogadores –  também sugerem um novo modelo de disputa para o Campeonato Brasileiro 2020. A ideia é que se tenha menos datas, de forma a acomodar todas as competições.

Com o início previsto para o inicio de maio, o Brasileirão irá, originalmente, até a primeira semana de dezembro (com 38 rodadas, em turno e returno). A ideia, no entanto, seria promover uma mudança:

– Nós já conversamos várias possibilidades. Vai depender como a epidemia vai andar. Se tudo voltar ao normal até maio, dá para encaixar tudo. Se não voltar, vai ter que mudar o modelo de competição. Só que aí isso também passa por alguns problemas contratuais. A Globo tem contrato para transmitir 38 partidas. Se diminuir o número de partidas, a Globo pode não querer pagar. A gente falou sobre diversas formas (diferentes de realizar o Brasileirão). disse Alfredo Sampaio, presidente da Saferj (Sindicato dos Atletas de Futebol do Estado do Rio Janeiro) e da Fenapaf, ao UOL Esporte.

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Alfredo ainda comentou um formato alternativo, dentre os que foram discutidos:

– Citamos dois grupos de dez jogando entre si, campeão de um contra o campeão de outro. E aí teríamos 22, 24 datas se fosse jogo ida e volta. O importante entender é que essa decisão depende muito da questão do vírus. Se o vírus acabar em maio, tudo bem, mas e se acabar em junho ou julho? Aí não tem como ter 38 datas.

E um dos grandes impasses seria realmente a televisão. Preparada para transmitir, e pagar, por 380 jogos, a detentora dos direitos pode não aceitar esse formato e/ou não querer pagar as cotas previamente acertadas, o que seria um duro golpe na maioria dos clubes – que, infelizmente, dependem disso para sobreviver.

– A gente acha que a CBF está esperando o cenário para ver que tipo de calendário pode ter. Isso nos preocupa, porque os estaduais não acabaram. Os atletas estão com o campeonato paralisado, de férias e com um mês para receber. A CBF deveria trazer tranquilidade e dizer que, independentemente do que acontecer, vai trazer datas para o calendário – afirmou Alfredo Sampaio.

Rubens Lopes, presidente da FERJ, já havia revelado que a CBF prometeu respeitar os estaduais, e afirmou que o Carioca 2020 será decidido em campo. A Federação de Minas Gerais reforça o que disse o mandatário do Rio. Um dos motivos por lá está exatamente na força da detentora dos direitos, que já pagou aos clubes por todo o Mineirão 2020.

E a indefinição segue. Alfredo ainda cobra uma postura mais efetiva da CBF, pedindo que a mesma garanta as datas e, inclusive, auxilie os clubes nesse momento financeiro instável:

– A CBF deve garantir que vai achar datas para o estadual e a Globo garantir que fará os pagamentos. Os demais clubes, os grandes clubes estão de férias. Esses caras têm como se virar, mesmo com salários atrasados. Mas a grande maioria que joga estadual não tem. Como entidade máxima do futebol brasileiro, deveria chamar essa responsabilidade para ela. Ela teve arrecadação suficiente e deveria destinar parte do que arrecadou para os clubes que vivem dificuldades por causa deste momento. Em off, a CBF disse que não faz isso por ser uma entidade privada. A gente não concorda com isso, que ela é uma entidade privada. Não é uma resposta que, no meu modo de ver, seja correta e coerente.

Longe de um consenso, acompanharemos as cenas dos próximos capítulos.

ST


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