Análise Tática: precisamos falar sobre Caio Paulista

Compartilhe

Contra o São Paulo, Caio Paulista entrou mais uma vez como titular no lugar de Kayky. O atacante, que já havia marcado um gol na vitória sobre o River Plate, costurou o lance do pênalti perdido por Nenê. Mas a sua principal contribuição foi fechar o lado esquerdo, ajudando a garantir o zero no placar.

No Morumbi, o Fluminense só não contou com Fred, que sofreu uma indisposição e sequer viajou. Com exceção do uruguaio Abel Hernández no comando de ataque, o técnico Roger Machado repetiu a escalação da partida na Argentina. Inclusive com Caio Paulista e Biel nas pontas. Por outro lado, o time de três cores não contava com Daniel Alves lesionado.

O lateral da Seleção Brasileira — assim como Reinaldo — funcionam como válvula no 3-5-2 montado por Hernán Crespo. Sem Dani Alves, restou ao lateral-esquerdo se tornar a principal arma ofensiva do São Paulo. E ai que entra Caio Paulista.

Você conhece nosso canal no YoutubeClique e se inscreva! Siga também no Instagram

Mapa de calor mostra que o atacante passou mais tempo auxiliando Samuel Xavier na direita (Foto: Reprodução/SofaScore)

O camisa 70 repetiu a movimentação da partida contra com o River. Mesmo sem ter a qualidade Kayky, compensou com obediência tática. Sem a bola, fechava o lado direito. De acordo com dados do SofaScore, o atacante realizou sete desarmes na partida — mais que o dobro do segundo que mais desarmou, Yago Felipe, com três. Enquanto que, com a bola, centralizava como um segundo atacante.

Caio Paulista marcado pelo ex-lateral do Flu, Léo Pelé
Com Caio Paulista centralizando, surgiram as principais jogadas do Fluminense na primeira etapa. O atacante, por exemplo, triangulou com Gabriel Teixeira e Gabriel Teixeira antes de completar de voleio (Foto: Mailson Santana/Fluminense Football Club)

Já no lance do pênalti, o atacante recebeu de Egídio e correu com liberdade pelo centro antes de tocar para Abel Hernández.

Caio Paulista antes de acionar Abel Hernández
Espaço do camisa 70 após receber no mano-a-mano (Frame: Reprodução/ge)

São Paulo cresce no segundo tempo e passa a atacar pela esquerda após a saída de Caio Paulista

Com um estilo mais direto, o Flu terminou a primeira etapa com apenas 30% de posse de bola, mas cinco finalizações. Enquanto, o adversário só chutou duas vezes em direção a meta defendida por Marcos Felipe.

O segundo tempo manteve a toada só que com seis finalizações do Tricolor contra cinco do time de três cores. Logo no início, Gabriel Teixeira teve uma nova chance de abrir o placar. No entanto, Tiago Volpi — assim como no pênalti cobrado por Nenê — impediu o Flu de abrir o placar.

Com o passar do tempo, o time acabou cansando. E o clube paulista, por outro lado, passou a buscar mais o ataque. Depois da saída de Caio Paulista para a entrada de Kayky, o rival cresceu. Sobretudo pelo lado esquerdo — onde Reinaldo começou a encontrar cada vez mais espaços.

A bola do jogo — para o São Paulo — no entanto, viria somente aos 48 do segundo tempo e pelo outro lado do campo. Eder achou Joao Rojas livre na área, mas o equatoriano chutou para fora.

Lance de Rojas para o São Paulo
Em um raro erro de marcação na partida, Luiz Henrique não acompanhou Rojas — jogando como ala direito — que recebeu sozinho dentro da grande área (Frame: Reprodução/ge)

ST

Lucas Meireles


Compartilhe

Lucas Meireles

Jornalista formado pela UFRRJ, apaixonado por esportes e pelas boas histórias.

5 thoughts on “Análise Tática: precisamos falar sobre Caio Paulista

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *