Análise Tática: Flu cresce com Nenê pelo meio e Michel Araújo aberto
No último domingo (16), o Fluminense venceu o Internacional por 2 a 1, de virada, no Maracanã. De pênalti, Nenê marcou os gols do Tricolor. Mas foi a mudança de posição do meia que contribuiu para o crescimento do Flu no segundo tempo da partida.
O Fluminense entrou com uma mudança em relação ao empate com o Palmeiras. Recuperado de uma lombalgia, Yuri voltou ao time titular. No entanto, o volante não entrou no lugar de Michel Araújo, que já havia falado sobre se sentir preparado para ser titular, e sim de Yago Felipe.
Assim, pela segunda partida consecutiva, o Flu entrou em campo sem jogar com três com volantes. Contudo, as dificuldades na transição da defesa para o ataque, constada na partida contra o Palmeiras, fizeram com que o Tricolor fosse presa fácil para a velocidade do contra-ataque colorado. O Inter por pouco não abriu o placar com Patrick, após jogada entre Edenílson e Guerrero.
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O peruano, aliás, foi o responsável por marcar o terceiro gol de centroavante sofrido pelo Flu em três rodadas do Brasileirão. Antes o clube já havia sofrido nos pés de Diego Souza, do Grêmio, e Luiz Adriano, do Palmeiras.
Diante do Inter, assim como na partida contra os gremistas, o Fluminense voltou a ter um erro de posicionamento na defesa. Contra o Tricolor Gaúcho, Luccas Claro marcou a bola. E, no bate-rebate, acabou deixando Diego Souza livre para completar para o gol.

Mesmo espaçado, Fluminense chega ao empate
A falta de aproximação entre os jogadores prejudicou o Tricolor sobretudo no primeiro tempo. No lance do pênalti sofrido por Evanilson, por exemplo, o Fluminense tinha apenas três opções de passe (Nenê estava na ponta esquerda, mas impedido), em meio a oito jogadores da defesa colorada. Obrigando o camisa 11 a buscar um passe mais longo para tentar encontrar o camisa 99 no ataque.

Com Nenê centralizado, volume de jogo do Flu aumenta
Mas o crescimento real do Fluminense aconteceria no segundo tempo. Sem Odair Hellmann no banco de reservas, o auxiliar Maurício Dulac, colocou o polivalente uruguaio aberto pelo lado direito. Enquanto Nenê passou a ter mais liberdade atuando pelo meio.
Com mais espaço para se movimentar, o camisa 77 se tornou o principal articulador do Fluminense na segunda etapa, função semelhante a de Ganso, elogiado contra o Palmeiras. Tanto que tocou menos na bola que contra o Alviverde — 42 vezes contra 53 do último jogo — mas foi muito mais efetivo — acertado 83% dos passes contra 76%. Números mais próxima do melhor momento do próprio meia com a camisa do Fluminense no início da temporada.
Assim, o Fluminense passou a chegar com mais velocidade e movimentação ao ataque. A inversão entre Nenê e Michel Araújo refletiu diretamente na jogada melhor orquestrada pelo Flu na segunda etapa, culminando com gol de marcado pelo uruguaio, mas anulado pelo VAR porque a bola bateu na mão do camisa 15 antes da finalização.

NÃO VALEU! Michel Araújo marcou para o Fluminense contra o Internacional, mas a bola bateu em sua mão antes de entrar. Após consulta no VAR, o juíz anulou o gol do uruguaio. O que achou do lance? pic.twitter.com/o4jXnysVKw
— TNT Sports Brasil (@TNTSportsBR) August 17, 2020
Lições
A mudança no posicionamento de Nenê pode servir de lição para que o Flu, de Odair Hellmann, aumente a produtividade ofensiva na sequência do Campeonato Brasileiro. Além disso, Michel Araújo vem se destacando pela regularidade nas diversas posições que tem atuado. Tendo se saído bem tanto no tripé de meio campo quanto aberto pelas pontas, função que já desempenho pelo Racing, do Uruguai.
O Fluminense volta a campo na próxima quarta-feira (19), às 19:15h, contra o Red Bull Bragantino no Estádio Nabi Abi Chedid.
ST