Análise Tática: Erros e acertos no primeiro Fla-Flu da final
O primeiro Fla-Flu da final do Campeonato Carioca terminou empatado em 1 a 1 no Maracanã. Na primeira etapa, Gabriel Barbosa abriu o placar de pênalti após o erro de Egídio. Enquanto Luiz Henrique aproveitou o erro de posicionamento da defesa rubro-negra na bola aérea para escorar para Abel Hernandez empatar. No fim — entre erros e acertos de ambos os lados — o empate acabou sendo justo.
Antes da bola rolar, Roger Machado promoveu apenas uma substituição em relação ao time dos jogos da Libertadores. O treinador trocou Luiz Henrique — que vinha sendo sacrificado na marcação — por Gabriel Teixeira — que vinha entrando bem sobretudo no segundo tempo — na ponta esquerda. Mas manteve a formação com duas linhas de quatro no momento defensivo.
Contudo, o Flu não conseguiu encaixar a marcação. Indeciso entre marcar pressão ou manter o posicionamento, o time deixava espaços entre as linhas. Espaço bem aproveitado por Gérson.
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Gérson domina meio-campo no primeiro tempo do Fla-Flu
Cria de Xerém e até então venda mais cara da história do clube — valor que ainda pode ser superado por Kayky —, Gérson surgiu como um meia clássico. Voltou da Europa para o rival como um volante muito mais moderno e dinâmico.

Mas o gol do Flamengo começou com uma perda da posse de bola no campo do Fluminense. O Tricolor já vinha demonstrando dificuldades na saída de bola, recorrendo a lançamentos e chutões mesmo que Fred e Nenê não estivessem com o mesmo vigor da juventude para brigar com os zagueiros adversários. E, quando tentou trocar passes, acabou cometendo um erro.

A dificuldade do Fluminense no primeiro tempo do Fla-Flu da final se reflete nos números. De acordo com dados do SofaScore, o Time de Guerreiros terminou o primeiro tempo com apenas 29% de posse de bola. Além disso, tentou só 107 passes (menos da metade do rival) e ainda assim errou mais, 34 passes errados.
Fluminense cresce após as substituições no segundo tempo
Entretanto, o Tricolor ainda poderia ter terminado a primeira etapa com a igualdade no placar. Antes do jogo, já havíamos destacado a fragilidade do Flamengo nas bolas aéreas. Na melhor chance do Flu, após cobrança de Nenê e desvio de Nino, Kayky desperdiçou de frente para o goleiro Gabriel Batista.

No segundo tempo, Roger voltou com Cazares no lugar de Nenê, que mostrava dificuldade em dar sequência às jogadas. Além disso, o treinador mudou a formação, no momento ofensivo, do 4-2-4 para um 4-2-3-1, com o equatoriano mais recuado em relação a Fred.
No entanto, o maior ganho do Fluminense veio após as entradas de Caio Paulista, Abel Hernández e Luiz Henrique nas vagas de, respectivamente, Kayky, Fred e Gabriel Teixeira. Com jogadores de frente mais frescos, o Tricolor enfim passou a marcação pressão, diminuindo a comodidade do adversário.
E o gol sairia no ‘calcanhar de Aquiles’ do milionário rival. Assim como no primeiro tempo, a defesa rubro-negra errou no posicionamento na bola levantada para área, desta vez por Egídio, e deixou Luiz Henrique escorar para Abel Hernández empatar. Detalhe para o fato do camisa 34 ter subido completamente ao lado da pequena área.
GOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOL!!!!!!!!!!!!!!!!!!! ABEL HERNANDEZ É O NOME DELE!!!!!!!!!!!!!
VAMOS VIRAR!!!!!!!!!!!!!!!! 🇭🇺
📽️: Cariocão pic.twitter.com/hL2GLqUXjx
— Saudações Tricolores 🇭🇺 (@STpontocom) May 16, 2021

Logo na sequência, após uma confusão na saída de bola do Flamengo, Luiz Henrique saiu na cara do gol. Mas o atacante, da mesma forma que Kayky na primeira etapa, acabou batendo para a fora.
Próximo jogo
Assim, terminou o primeira Fla-Flu da final. Para o próximo confronto, o técnico Roger Machado pode levar a eficiência da marcação pressão como aprendizado.
Caso haja um novo empate no próximo sábado (22), a disputa vai para os pênaltis. Mas antes o Tricolor tem uma confronto diante do Junior Barranquilla no Maracanã pela Copa Libertadores da América.
ST
Lucas Meireles