Alô, pontaria: vamos calibrar esses pés!

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O Fluminense não vem jogando mal, mas convivemos com a falta de resultados. Se na Sul-Americana o time impressionou até aqui, no Brasileirão jogamos bem, mas não ganhamos. E por aí entram diversos fatores: trocas constantes de jogadores devido a lesões e saídas, convocação do Pedro pro torneio mequetrefe de Toulon, atrasos de salários, insistência do treinador na falta de proteção à zaga e principalmente a perda de gols.

Não é verdade que o Fluminense é um time que só toca a bola rolando pro lado. Depois da Copa América, a média de finalizações certas por jogo é de 6, a quarta maior do campeonato segundo o FootStats. A pelota é bem tocada e trabalhada, falta calibrar a pontaria. Quantos gols bizarros o Fluminense perdeu nesse campeonato? Só de Luciano eu lembro de 3: Goiás, Botafogo e Santos.  Até hoje ele é o artilheiro da equipe, ao lado de Yoni González com 15 gols. Rumou pro Grêmio, mas se fizesse metade dos gols que perde, hoje estaria na Europa sem sombra de dúvidas. Isso mostra que nosso ataque atual está em débito. Passamos pela falta de gols de Pedro e a lesão de João Pedro, que mesmo sendo um garoto, teve o melhor começo de carreira já registrado pelo FootStats com 7 gols em 216 minutos em campo, ficando acima de nomes como Ronaldo Fenômeno, Adriano e Neymar.

O time também convive com a falta de chutes de longe. De 19 gols no campeonato, 18 foram de dentro da área, sendo 4 de cabeça. A chegada de Nenê ajuda bastante nisso. Ele tem ótimo chute de longa e média distância, além de grande aproveitamento nas cobranças de falta, como pude presenciar em treino aberto para imprensa no CT. Falta arriscar mais, o famoso “abriu, chutou”. Dentro da área, acertamos o alvo, mas não estamos fazendo o gol e isso precisa ser melhorado. Que se treinem mais finalizações!

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Na Sul-Americana, a história é outra. O Fluminense passou 52% do tempo vencendo, 32% empatando e apenas 16% perdendo. Abrimos o placar cedo contra Peñarol e Altético Nacional. E contra os colombianos foram 3 gols em 20 minutos. Saímos perdendo apenas um jogo, a volta na Colômbia. Além disso, o time dá mais lançamentos e rifa a bola na zaga. No Brasileiro,é diferente. Saímos na frente do placar em 3 dos 14 jogos até aqui. O time parece entrar mais ligado e mais disposto, mas não é a falta de esforço que faz o Fluminense estar mal no Brasileiro. Somos o segundo time no campeonato que mais tem a bola, com 57%. E o quarto que mais acerta o alvo. Alô, pontaria: vamos calibrar esses pés!


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