Alejandro Domínguez anuncia fair play financeiro na Conmebol: “Não queremos clubes endividados”
O presidente da Conmebol, Alejandro Domínguez, revelou que a entidade vai implementar medidas de fair play financeiro para as competições continentais, com o objetivo de tornar as torneios financeiramente mais sustentáveis e competitivos. O anúncio foi feito durante seu discurso de posse para um novo mandato à frente da entidade, agora válido até 2031.
Ele destacou o aumento nas receitas e premiações nos últimos anos, mas ressaltou que é necessário estabelecer limites:
Temos que cuidar muito bem da saúde do nosso futebol. De nada serve ou vai servir gerar dinheiro e investir, com os clubes ficando cada vez mais endividados Então, o próximo passo é inovar e implementar o fair play financeiro. É tempo que a história mude. Não queremos clubes endividados
A medida visa criar regras mais rígidas de controle orçamentário, como já acontece na Europa com a UEFA, e busca garantir mais equilíbrio e responsabilidade nos gastos dos clubes. Segundo o presidente, a intenção é preservar a sustentabilidade dos participantes e proteger as competições sul-americanas de distorções econômicas.
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A iniciativa está prevista para entrar em vigor em breve e isso pode impactar diretamente times como o Fluminense, que nos últimos anos aumentaram significativamente seus investimentos em elenco.
A tendência é que os critérios do novo regulamento envolvam limites de gastos proporcionais às receitas, auditorias independentes e punições esportivas para quem descumprir as normas, embora os detalhes ainda não tenham sido divulgados oficialmente.
Para o Tricolor, clube com presença constante nas competições sul-americanas, o fair play financeiro pode ter impacto direto na forma como o futebol é gerido internamente. A medida obriga o clube a adotar um planejamento mais rígido, controlando gastos com contratações e folhas salariais, além de manter o equilíbrio entre receitas, como direitos de TV, premiações e patrocínios, e despesas operacionais. Isso significa que o Fluminense terá que agir com mais cautela no mercado, prezar pela responsabilidade fiscal e se alinhar a padrões de transparência exigidos internacionalmente, evitando punições que podem comprometer sua participação em torneios e sua reputação institucional.
Caso a Conmebol avance com a proposta, clubes grandes terão que adaptar suas estratégias para reforços e negociações, o que pode tornar o mercado mais seletivo e vantajoso para clubes bem estruturados.