Abel prova o quanto sua formação inicial é equivocada ao promover mudanças

Se no futebol nem sempre as questões são exatas, precisas, na escalação do Fluminense algumas destas questões vêm saltando aos olhos dos tricolores. Mas, e para a infeliciade de muitos, nem todos os tricolores é capaz de perceber. Infelizmente um destes é o treinador Abel Braga. Mais uma vez mandando a campo um time sem qualquer lampejo de inspiração no meio de campo, o técnico tricolor proporcionou momentos de agonia à torcida que, na largada, criticou – e muito – a escalação inicial de Abelão. E a razão, no final das contas, coube à própria torcida.

O Flu começou o jogo até dominando territorialmente os espaços e ações. Diante de um Botafogo muito frágil, o tricolor permitiu que os anfitriões crescessem de produção não por qualidade própria, mas por uma deficiência tão evidente que quando o treinador muda as peças – e consequentemente o esquema – as coisas andam melhores no time. Vejamos: entraram Ganso, Yago e Nonato. Curiosamente o time cresceu de produção, aumentou o domínio e a qualidade na criação e, voilá,  Fluminense fez seu gol. Quer um toque a mais de curiosidade? Os três participaram da jogada que culminou no gol de Árias – outro que não vem bem quando entra de titular.

E essa crescente do time, com essas alterações – como dito, de jogadores e de esquema – deixa o torcedor mais cabreiro ainda quando ele vê a formação inicial do time tricolor. Ficar sem um meia de criação, com três homens de ataque, não vêm funcionado bem e nos custou caro já esse ano. Esperamos que essa semana de treinamento Abelão assista o jogo e perceba que o Flu, até mais ou menos os 20 e poucos minutos do segundo tempo foi um; e no restante da partida, outro.

ST

Foto: Lucas Merçon/FFC