Fala, professor! – Roger Machado: “‘A gente trabalha sempre para não permitir que a influência da irregularidade no Campeonato Brasileiro afete o trabalho”

Compartilhe

Por João Pedro Viola

Após a derrota por 1 a 0 pelo América-MG em Belo Horizonte o técnico Roger Machado concedeu uma entrevista coletiva. O treinador falou sobre a irregularidade da equipe, a variação de esquema tático e sobre a volta do zagueiro Nino.

 Assim como nas outras equipes que treinou o inicio ruim de Brasileirão pode comprometer a sequencia do trabalho ?

Você conhece nosso canal no YoutubeClique e se inscreva! Siga também no Instagram

”A gente trabalha sempre para não permitir que a influência da irregularidade no Campeonato Brasileiro afete o trabalho. Até porque é muito difícil disputar três competições simultaneamente estando bem nas copas e o campeonato brasileiro, que é uma competição de regularidade em algum momento, vai ter uma irregularidade. Esses ciclos vão se repetir ao longo de 38 rodadas. Uma hora um viés de sucesso, hora outra um insucesso por conta de um jogo ou outra dentro desta estabilidade. Não tenho receio, procuro apenas trabalhar, mas sei que isso de fato, pode atrapalhar o processo”.

Quando perguntado a respeito do esquema tático e se já é pensado em alguma mudança.

“A estrutura que a gente monta é variável, dentro do jogo a gente tem um 4-4-2 quando nenê e Fred estão à frente, então não há um 4-3-3 engessado que você não tem alternativa de jogo durante a partida. A responsabilidade do atacante de beirada retornar todo mundo faz. É necessário que se retorne na maior parte do tempo porque os laterais apoiam muito, o Patrick apoia muito, faz com que um dos beiradas tenham que descer justamente porque se somam mais jogadores no campo de ataque. É uma tendência do futebol mundial e todo mundo faz isso. As variações são feitas, contra o Sport nós jogamos com duas linhas, acabei o jogo com um 4-3-3, mas com um meia na posição de volante. As alternativas estão lançadas que independente do modelo da estrutura tática é com quanta qualidade a gente faz dentro dessa estrutura. Nos momentos que conseguimos sobrepor o adversário nós tivemos qualidade conseguimos ter capacidade e fomos competentes para sobrepormos as adversidades e hoje foi um dia em que a gente não conseguiu ter essa qualidade toda principalmente no segundo tempo que não nos permitiu sair com resultado diferente”.

Sobre uma possível mudança no esquema tático

“Não vejo momento de uma troca de estrutura com uma ruptura muito grande no que a gente tem feito. As alternâncias tem colocado dentro do campo, com um 4-3-3, um 4-4-2, que foi contra o Sport, alternando no meio da partida para um 4-4-2, dando um pouco mais de liberdade para o meio, botando os jogadores com um pouco mais de destreza para segurar a bola e organizar pela técnica, como Paulo ou Cazares. Mas nesse momento não vejo que seja o ideal porque as decisões estão aí, nós criamos um time seguro defensivamente, que hoje acabou sofrendo com os contra-ataques depois que abrimos o time, mas de modo geral a segurança defensiva vai fazer a gente evoluir na partida. As oportunidades que a gente cria, não serão muitas, mas nós temos que ter eficiência na hora de empurrar a bola pro gol. Dependendo do jogo e da capacidade do adversário, em tese, acredito que a gente consigo esses sucessos. Até agora, a gente tem muito mais sucesso do que insucesso com esse modelo. E é a isso que teremos que se apegar”.

Sobre a volta de Nino

“A confiança que ele chega evidentemente transfere para o grupo. Campeão Olímpico, com moral alta, isso tudo impacta no nosso ambiente, agora se a gente vai conseguir utilizá-lo ou não vai dependente de como estará adaptado ao fuso, é uma viagem longa. A gente tem que esperar para ver, para analisar, ver se ele vai conseguir recuperar, se vai conseguir entrar no fuso para poder decidir a respeito da utilização dele ou não no jogo da Libertadores”.

Foto: Mailson Santana/FFC

ST


Compartilhe