Senta aqui, Odair! Vamos conversar…

Odair, meu velho! Tudo tranquilo? Então, deixa eu trocar essa ideia com você. Primeiro quero ressaltar que ninguém aqui duvida da seriedade do seu trabalho, da sua integridade e idoneidade, beleza? Mas podemos falar um pouco de Fluminense? Que bom, então vamos.

Primeira coisa, amigo: Marcos Paulo não é, não foi e, acredite em mim, jamais será ponta. Nem se o Tite ligar para ele e falar: “Marcos Paulo, meu querido! É o Tite, técnico da seleção. Passe a jogar na ponta que eu te levo para a Copa 2022”. Ainda assim, pode acreditar sem medo, ele não vai. Ele não tem o menor cacoete de ponta e para compor o seu esquema por ali, tem que ser ponta. Sabe por que? Por que se não, se você não tiver um ponta por ali, o jogo amarra no meio, com seus três volantes, além do menino-Nene, e não tem velocidade. E se não tem velocidade, os 300 passes do time não tem agilidade necessária para chegar no gol adversário e o jogo embola na entrada da área dos caras. Simples assim. Não cria, não tem ultrapassagens rápidas e nem a tão necessária velocidade! Não tem.

Perceba que os melhores momentos de MP, nesse último jogo, foi criando as jogadas, como meia – o que ele é, foi e sempre será!

Outra coisinha aqui, de boa…

Essa meiuca não dá para ser 100% titular, não… Veja bem, três volantes? Por mais que eles saiam para o jogo, a qualidade é outra porque a prioridade dos atletas também é outra, sabe? Os caras são habituados a marcar e não a criar. Se sabem sair para o jogo, beleza é uma característica importante, mas não é a deles. Tem que ser o algo a mais, e não o que devem fazer em campo. Joga com dois mesmo, um mais plantadão ali atrás, sem a obrigação de precisar criar. Ajudar na criação é uma coisa, ser obrigado a criar é outra. E faz assim, ó: ou Nene ou Ganso. Não dá, irmão! O time fica muito amarrado com os dois em campo. Não anda, não rende… Sobretudo se somarmos ao Hudson, que já não é essa rapidez toda por ali. Treina Hudson, Dodi, Marcos Paulo e Miguel. Num 4-4-2 mesmo. Na frente, bota o Evanilson e um moleque rápido. Ah, se não tiver no elenco principal, chama o Luiz Henrique, o Lucas Ribeiro… eles estão treinando ali no CT mesmo. Chama os caras, dá uma chance para eles pelo menos figurarem no banco. Deixa o Caio Paulista aprimorar um pouco mais a parte técnica, tática e de finalizações. É aquilo, né.. fazer mais do mesmo e esperar resultados diferentes…

E olha que coisa interessante: foi mexer nesse meio, colocar o Ganso jogando com a molecada – Miguel, Evanilson e Michel Araújo, o Flu melhorou no jogo. E marcou. Ah, e antes que eu me esqueça… olha o lateral esquerdo Guilherme. Sabe por que? Egídio tá osso, professor! Sem brincadeira… Não tá acertando nada lá na frente e comprometendo na defesa. E Orinho… bom, convenhamos, não é melhor do que o dono da posição – para falarmos assim. Viu como o Calegari entrou bem? Se não foi uma grande exibição, pelo menos o moleque mostrou que pode dar conta do recado. Sem falar que ele pode, e ainda vai, crescer muito!

Tá certo que nosso gol saiu de uma jogada mal cortada pela defesa dos caras, que Araújo chapou para dentro. Inclusive ele pode ser uma boa alternativa para esse time, iniciando os jogos mesmo. Quem sabe? Um time com dois volantes, fazendo seus papéis de volantes mesmo, liberando os meias e laterais para subir. Tipo Yuri e Hudson ou Dodi… E esquece 3 atacantes. No esquema não funcionam e embolam ali no meio, bem na frente da área dos caras.

O time já não está tão em formação assim. Sabemos disso. E o brasileiro está batendo aí. No próximo jogo, espere algo diferente, mas faça algo diferente. Não perca a chance de achar o melhor Flu possível.

Pra finalizar… Evanilson não pode ser banco do Fred, beleza?

Grande abraço!

Nos vemos por aí!

ST

Washington de Assis