Voa Miguel, que a hora é essa!

Um dos nomes que mais causa discussão nas rodas de botequins (ainda que virtuais) tricolores é o de Miguel. Tido por muitos como injustiçado por não ter mais oportunidades – teorias e mais teorias de conspiração já foram traçadas no submundo do imaginário do tricolor – e por outros como um jovem promissor que perdeu muito tempo ao não jogar mais com a base, e com isso ficou para trás no seu desenvolvimento, o meia tem a chance que tanto esperava para mostrar, realmente, aquilo que é capaz.

Titular do time no início do estadual, Miguelito tem a oportunidade nas  mãos. Ontem, no jogo de estreia, ele se movimentou bastante, arriscou alguns lances, sofreu o pênalti e deixou o campo aos 39 minutos com um mal-estar. Até ali, ele vinha sendo um dos destaques do time fazendo uma boa dupla com Gabriel Teixeira – outro destaque positivo – e conseguiu apresentar boas opções ao setor ofensivo. Ainda teve tempo de deixar John Kennedy na cara do gol,  mas JK não aproveitou.

E a hora dele brilhar é exatamente essa. Após um ano de poucas oportunidades – quando entrou, não correspondeu – o garoto precisa mostrar que evoluiu e que pode ser mais útil ao Fluminense. Ainda acho que, para seu melhor desenvolvimento, ele deva ser mais aproveitado nos aspirantes para entrar em campo E JOGAR duas, três vezes por semana. É assim que o jogador se desenvolve e foi isso, talvez, que o prejudicou no ano passado.

Um ano a mais de preparo físico, de treinos e desenvolvimento, podem, e geralmente fazem, a diferença na vida de um garoto, em fase final de amadurecimento físico. Que ele consiga desempenhar cada vez mais todo o futebol que a torcida espera dele e que seja um ano de maiores aparições, seja nos profissionais ou nos aspirantes. Ele tem que jogar, seja onde for, para lapidar cada vez mais seu talento, que penso ser gigantesco.

Voa, Miguel! A hora é essa!

Abaixo, uma foto comparativa dele, quando estreou pelo Flu e de ontem…

ST

Fotos: Maílson Santana e Lucas Merçon, ambos do FFC