SOB A LUZ DO REFLETOR – Hora de Pensar Grande

Com a sequencia de vitórias no Maracanã, o Fluminense deu um grande passo para vaga na Pré-Libertadores do ano que vem, pois já estamos falando de G8 e a nossa posição em sétimo lugar com 4 pontos de vantagem do Inter, que vem na nona colocação, nos dá uma boa vantagem faltando 3 rodadas para o final. É o suficiente?

O título da coluna serve para diversos assuntos. Primeiro para as pretensões do clube ainda neste campeonato. Em uma analise para o futuro a curtíssimo prazo, serve para saber o que o Fluminense quer proporcionar ao seu torcedor a nível resultado em competições e também a nível de futebol apresentado. Vamos por partes.

Vejo como missão manter o resultado do ano passado, ou seja: Fase de grupos. Quem anda para trás é caranguejo. Se ano passado alcançamos essa vaga e a visão que a diretoria passa é de evolução a cada ano, precisamos no mínimo garantir de novo a presença na fase de grupos. Já é pouco passar o ano atrás disso e se não conseguir, vejo como resultado negativo. Busquemos pontos em Minas, Bahia e no Maracanã. Acredito que 5 ou 6 pontos possam ajudar muito na tarefa.

Vou pular a parte de resultados em competição, até porque passa pelo futebol que queremos apresentar. Não adianta ficar nessa ladainha de “competir”. Isso é muito bom para time médio, que não quer cair e talvez beliscar uma pré libertadores no ano. Com zero títulos. Fora uma exceção ou outra, para ganhar títulos precisa de mais. Antigamente até que as surpresas, principalmente na Copa do Brasil, que não contavam com os times que jogavam a Libertadores, aconteciam com uma boa frequência, hoje não. Não vai ganhar nada somente “competindo”. Ou alguém acha que Flamengo, Palmeiras e Galo ganham só na qualidade, não “competem” também? Competir é obrigação. Correr, ter raça, vontade, ser “guerreiro” é obrigação. Principalmente se o clube cumpre com suas e paga em dia.

Me assusta o Fluminense, time enorme, se contentar em “competir”. Sim, precisávamos disso para ganhar os pontos necessários, sair da segunda parte da tabela, parar de brigar para não cair e passar a brigar pela vaga. Entrar na Libertadores, passar de fase e tal. Beleza, já alcançamos esse patamar e agora?

Premiações aumentaram, financeiramente o clube conseguiu se estabilizar, temos ativos importantes na base, temos uma base de time, mas não temos time para ganhar nada ainda. É preciso dar um passo a frente e isso passa pela forma de jogar, por contratações mais significantes e por uma mentalidade diferente.

Não, o Fluminense não pode fazer um gol no início do jogo e ficar dentro da área contra o Inter dentro do maracanã. Foi boa a vitória? Foi. Foi linda a festa da torcida? Foi, mas jogamos covardemente. Com muita vontade, com muita raça e com uma boa tática defensiva, mas queremos mais. Queremos um time com mais vontade de fazer gol e menos vontade de sofrer. Dá para fazer. Não é arriscado dizer que estamos vencendo em casa na pressão da torcida. Não fomos brilhantes contra Sport, Palmeiras, América e principalmente contra o Inter. Talvez até merecemos ganhar a maioria desses confrontos, mas falta futebol e esquema tático para fazer gol. Não podemos sempre torcer pelo acaso.

Não sei quem será o técnico do Fluminense ano que vem. Se fica o Marcão, se vem outro. É um dilema terrível. Marcão não vai tirar mais desse time e vamos continuar com essa mentalidade entranhada. A de “competir”. A mentalidade de fazer um craque como Luís Henrique correr mais atrás da bola do que com ela. Estourar, ter que sair todo jogo morto. Não é aceitável. Esse esquema de jogo á algo que precisamos afastar do Fluminense, todos sabem disso: Mídia especializada e torcida. Só a comissão técnica e a diretoria que não entenderam que esse esquema serve para times medíocres, no sentido da palavra: medianos. Não serve para os melhores, não serve para ganhar títulos.

E se não ficar o Marcão, quem essa diretoria vai trazer? Fico até nervoso em pensar. A missão não é fácil: Trazer alguém que mude a mentalidade entranhada no clube nos últimos anos. Contratar jogadores extra classe que possam realmente levantar o nível do time. Não queremos mais preencher elenco. Queremos jogadores que façam a diferença. Que sejam dois ou três, mas precisamos disso para sonhar com títulos. Nossa base dá conta do elenco. Temos já um grupo de jogadores que podem fazer um time forte se vierem as peças certas. Não é fácil, mas quem disse que seria?

Chega de “competir” e ganhar vaga. Queremos competir e ganhar títulos. Passou da hora de dar um passo a frente, de olhar para cima, ou melhor, de olhar para baixo para achar os outros times. Queremos o topo.

Toque Curto:

• Me assustou ver os bastidores da vitória contra o Inter e no intervalo nosso capitão orientar a loucura de não tentar ficar com a bola e “jogar nos caras que eles resolvem!”. Meu Deus, precisamos afastar essa ideia do clube urgente.
• Quem seriam os caras que o Fred citou? Luís Henrique morto por correr trás do lateral jogo todo e o Caio Paulista que de 5 jogadas acerta uma. Não pode ser sério.
• Falando ainda do Fred, como anda mal nosso ídolo. Eu sei, ele em campo o Flu cresce, ele orienta a molecada, ele é muito importante ainda, mas com a bola nos pés ele só acertou o pênalti, errou tudo. Até passe de lado sem marcação ele errava. A analise precisa ser fria e não na emoção de ídolo.
• Callegari arrebentou. Wellington e Yago também, Nossos volantes sempre bem, seja que for na posição. Precisamos de meias, laterais e atacantes. Pelo amor de Deus diretoria, esqueçam volantes nas contratações.
• Bobadilla entrou muito bem. O cara sabe jogar.
• Que festa linda da torcida. O time sendo pressionado o jogo todo e a torcida sem parar um minuto. Parabéns a todos.

SDT