SOB A LUZ DO REFLETOR – A Arrancada Final

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Marcão conseguiu fazer nosso Fluminense voltar a jogar de forma compacta e competitiva. Nesse campeonato, essas características nos oferecem uma boa vantagem sobre a maioria dos adversários. Depois de um início complicado, onde parecia querer modificar demais a estrutura tática do time quando o ideal era dar continuidade ao trabalho do Odair, Big Mark alcançou uma forma de jogar, que se não é igual, é muito parecida com a do Odair. O Flu teve uma brilhante atuação contra o Goiás, quando deveria ter saído com uma goleada superior, e uma boa atuação no primeiro tempo contra o Bahia, em Salvador, confirmando a 5ª colocação e se aproximando de São Paulo e Galo na tabela.

A compactação, marcação alta intercalada e evolução na parte ofensiva vieram de alguns fatores óbvios, além dos treinamentos e acertos de posicionamento que não temos a oportunidade de acompanhar diariamente.

Primeiro a manutenção de Martinelli no time e sua própria evolução. O garoto brilhou contra o Goiás e passou a dar velocidade e segurança ao seu setor. Big Mark também insistiu na dupla Luís Henrique e Lucca para completar o meio de campo. O primeiro dá um trabalho absurdo ao adversário, com velocidade, corpo e alguma técnica. Se mexe muito e fecha os espaços do meio de campo. Sempre boa opção ofensiva, seja quando a bola está no seu lado, aberto, ou quando fecha para a área se tornando mais um homem gol para finalizar. Já Lucca fica somente pela parte tática mesmo. Não pega na bola e quando pega não dá sequencia. Fecha também os espaços do meio. Essas duas peças deram tranquilidade para que os vovôs, Nenê e Fred, tenham liberdade de mostrar suas qualidades e aumentarem nosso poderio ofensivo.

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Seguindo as melhorias do nosso interino, Nino retornou e resolveu o problema da zaga. Dois coelhos numa cajadada só: Nino é mais jovem, mais forte e melhor do que Ferraz. Lucas Claro foi para o setor esquerdo da defesa, cobrindo os buracos que Egídio costuma deixar. Excelente.

Nesses dois últimos jogos contra adversários mais fracos, o Flu teve uma barreira em frente a área, coisa que nem de longe aconteceu contra o Corinthians. Martinelli, Yago (ou Hudson), Lh e Lucca fechavam o setor, enquanto que Nenê e Fred flutuavam dando um primeiro combate simbólico. Isso quando recuamos, na marcação alta também deu certo, com a dupla de veteranos mais ligada, pressionando.

Então achamos o time e está tudo certo? Não! Primeiro que esse time cansa e nosso querido Big Mark anda fazendo alterações, digamos, equivocadas. Contra o Goiás, com 3 x 0 no placar não teve significância, mas contra o Bahia sim. Marcão quase jogou a vitória fora.

A saída do LH foi pedida pelo jogador, ok. Mas era nosso homem que puxava os contra ataques. Como falado aqui antes, o Lucca não serve para nada ofensivamente. Quando LH saiu e Marcão tirou o Fred, entraram Caio paulista e Araújo. Não dá Marcão! Araújo é bom jogador, mas é meia armador. Não tem velocidade final. Caio paulista até que dá uma arrancada ou outra, mas aí o problema é outro: Ele não tem a menor noção do que faz com a bola. Por vezes tivemos o contra ataque e esses dois foram acionados e nada aconteceu. Absolutamente nada. Se fizermos um exercício de memória, ainda no primeiro tempo, com 0 x 0 no placar, Luís Henrique recebe na linha do meio um contra ataque e arranca pela direita. Quase gol do Lucca. No segundo tempo, o jogo mostrou para o Big Mark nosso problema. Não precisa ser um super técnico, que visualiza o jogo rapidamente e mexe. O jogo mostrou em 3 a 4 lances, a nossa dificuldade em realizar um contra ataque e por isso o Bahia se jogou e nós não tínhamos chances de matar o jogo.

Ainda conta negativamente, a permanência de Lucca como camisa 9, foi o golpe fatal no nosso ataque e contra ataque. Lá para o final do jogo, Marcão resolveu consertar, jogando JK e Hudson nos lugares de Lucca e Nenê. Mudança boa, que gerou algumas oportunidades ao time, porém muito tardia.

Big Mark precisa melhorar na leitura óbvia do jogo. Olhando para nosso banco, talvez fosse o Pacheco a bola da vez, para puxar um contra ataque que os substitutos que ele optou não conseguiam. Um time melhorzinho teria empatado esse jogo ou um goleiro pior do nosso lado também daria em resultado negativo. Marcos Felipe salvou o Marcão.

Depois dessa longa resenha vamos aos fatos:

– Precisamos lutar pela fase de grupos da Liberta, temos totais condições de alcançar tanto Sp quanto o Galo. A diferença para quem vai entrar na fase de grupos para quem vai entrar na 2ª fase da Libertadores é enorme. Primeiro destacamos a vantagem de só estrear lá na frente, meses depois do fim do Brasileiro, tendo tempo para contratações, renovações, férias e acerto do time. Segundo que, a 2ª fase da Liberta não tem, na sua maioria, times fáceis de enfrentar, senão vejamos: Atlético Nacional e Junior Barranquila (Col), Libertad (Par), San Lorenzo (arg) e Ind. del Valle (Eqd). Esses são 5 dos 8 possíveis confrontos que os brasileiros classificados para 2ª fase, podem pegar. Fácil?

– Estamos a 2 pontos do SP (eles com jogo a menos) e a 4 do Galo, tendo um confronto direto em casa contra esse último. Time acertado, só falta Big Mark caprichar nas substituições para garantir a atuação em bom nível até o final do jogo. O titular é esse escalado na ultima partida, com a ressalva do Lucca, que acredito ser substituível porém, como ele faz um papel tático importante e vamos enfrentar adversários mais difíceis como Galo, Ceará e Santos, não acho absurdo mantê-lo no time, mas sendo primeira opção de substituição na segunda etapa.

A torcida sempre tem dificuldade de enxergar as ações positivas de um trabalho, mas de forma geral Marcão está queimando minha língua e estou achando ótimo. Seguimos confiantes, boa sorte Big Mark.

Toque Curto:

  • Nossos vovôs estão muito bem. Marcão achou a fórmula de jogar com os dois e nossas chances de gols aumentaram consideravelmente. Está faltando o Fred colocar lá dentro. Nenê também perdeu um, em passe do Fred.
  • Garotada subindo de produção. Tem que ter calma com eles e ir lançando aos poucos. A evolução do Martinelli, Callegari e Luís Henrique ajudou muito na subida de produção do time. Esperamos ver mais o André e Jk para os mesmos evoluírem também. Jk estava claramente ansioso no jogo, afoito, chutando e matando a bola sem a calma necessária. Faz parte da idade e da adaptação ao profissional.
  • Sensacionais as defesas do Marcos Felipe. Não tem como ter sucesso sem um goleiro em grande fase. Só lembrar nossos títulos e veremos que sempre tivermos que contar com eles. Bom sinal.
  • Senti falta de passes mais certeiros, rápidos e por vezes na frente do receptor, para dar velocidade ao time. Quando estávamos com posse de bola e no 0 x 0, muitos toques para lado, por vezes atrás do receptor, atrasando a jogada e facilitando os defensores. Um pouco mais de ousadia nos passes vai fazer bem.

SDT


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7 thoughts on “SOB A LUZ DO REFLETOR – A Arrancada Final

  • 05/02/2021 em 14:36
    Permalink

    No segundo tempo contra o Goiás, o C. Paulista entrou pela direita (contra o Bahia ele entrou pela esquerda)… achei que eles entraram bem, com muita força e puxando bem os contra ataques (claro, com toda limitação técnica de ambos).

    Acho que o time é esse mesmo… no segundo tempo quando os pontas cansarem, entrar com Pacheco (esq) e Caio (dir), Aráújo no lugar do Nenê quando ele cansar, JK no lugar do Fred e colocar Hudson ou Andre no lugar do volante que estiver mais cansado.

    Sem inventar… colocar cada jogador na posição que funciona melhor (apenas para dar mais gás ao time) e manter esse esquema que aparentemente é o mais equilibrado que tivemos durante todo o campeonato.

    Falta pouco, estamos crescendo na hora certa… manter o foco e muita garra TIME DE GUERREIROS!

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  • 07/02/2021 em 09:57
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    Um problema do time que vamos encarar todo jogo é que temos 3 substituições quase certas: Fred, Nenê e o garoto LH, que cansou em todos os jogos que foi titular até aqui. Lucca tb tem grande chance de cansar pela função e geralmente temos que renovar o fôlego substituindo algum volante ou evitando o segundo amarelo de alguém. Com isso, são 4 ou 5 mexidas, com um banco que não tem tanta qualidade, além de mexer muito no time em campo.

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