Retrospectiva 2022 — O aproveitamento de Abel e de Diniz no comando do Fluminense em 2022
Em 2022, o Fluminense começou com Abel Braga e terminou com Fernando Diniz no comando. Estilos diferentes, gerações diferentes, mas ambos identificados com o clube. Abel tinha um aproveitamento de 70,5% antes de pedir demissão, enquanto Diniz fechou o ano com 65,9%.
Os dois viveram momentos de altos e baixos ao longo da temporada. Com Abelão, por exemplo, o Flu voltou a conquistar o Campeonato Carioca após um jejum de 10 anos sem título estadual. Por outro lado, caiu para o Olimpia na segunda fase da pré-Libertadores depois de investir em contratações experientes visando a disputa do principal torneio da América do Sul.
Já Diniz não conseguiu impedir a eliminação precoce na fase de grupos da Copa Sul Americana. Em compensação, levou o Tricolor a semifinal da Copa do Brasil e ao terceiro lugar no Campeonato Brasileiro.
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Com Abel, o Fluminense tinha uma defesa mais sólida, muito embora o treinador tenha pego os jogos considerados mais fáceis do Campeonato Carioca. O Fluminense de Abelão sofria em média de 0,58 gols por partida contra 1,06 com Fernando Diniz. Em contrapartida, com o atual técnico, o Flu teve um melhor desempenho ofensivo, alcançando uma média de 1,9 gols marcados — acima dos 1,35 com o antecessor no cargo.
Aproveitamento com Abel
Anunciado em Dezembro de 2021, Abel Braga chegava para a quarta passagem pelo Fluminense. Zagueiro revelado pelo Tricolor na década de 1970, o treinador chegou tentando aplicar conceitos modernos de futebol.
A estreia, no entanto, foi com derrota por 1 a 0 para o Bangu no Moça Bonita. Mas depois a equipe emplacou uma sequência de 12 vitórias consecutivas, uma a menos que o recorde de 1919. As três vitórias nos clássicos ajudaram na conquista da Taça Guanabara com uma rodada de antecedência.
Enquanto isso, na Libertadores, o Flu até teve dificuldade nos primeiros minutos da partida contra o Millionarios. Porém, venceu os jogos na Colômbia e no Rio. Na fase seguinte venceu em casa. Entretanto, a derrota nos pênaltis para o Olimpia decretou o fim da participação tricolor ainda na pré-Libertadores.
A eliminação precoce foi o baque e o time quase foi eliminado pelo Botafogo nas semifinais, sendo salvo por um gol de Germán Cano no último minuto do segundo jogo. Já nas finais, uma vitória e um empate garantiram o único título do Flu no ano.

Abel ainda comandou o Fluminense na estreia na Copa do Brasil, uma virada por 3 a 2 de virada sobre o Vila Nova. No Brasileirão, dirigiu as três primeiras rodadas do Brasileirão com um empate, uma vitória e uma derrota. A mesma campanha que deixou o Tricolor em uma situação delicada na fase de grupos da Sul Americana.
Abel Braga pediu demissão logo após o empate em 0 a 0 com o Unión Santa Fé no Maracanã. Deixou o clube como o segundo treinador com mais jogos na história, com 354 partidas. E, em Junho, anunciou a sua aposentadoria como técnico.
Com Diniz
Com a saída de Abel — mesmo com seus 70,5% de aproveitamento —, a diretoria anunciou o nome de Fernando Diniz para o lugar. O treinador estava no cargo em 2019 quando a gestão de Mário Bittencourt e Celso Barros assumiram.
Três anos depois, o ex-meia do Flu mostrou que não guardou mágoas. Diniz estreou com vitória por 2 a 1 sobre o Junior de Barranquilla na Sul Americana. Contudo, as duas vitórias — sendo uma goleada histórica — e um empate não foram suficientes para evitar a queda ainda na fase de grupos.

Em contrapartida, o ‘Dinizismo‘ conquistou logo a torcida e a imprensa. Com um estilo de jogo baseado na posse de bola, troca de passes e muita movimentação, o Tricolor viveu um bom momento no Brasileirão. Sobretudo na reta final do primeiro turno, quando chegou a ficar 13 jogos invictos — contando também alguns jogos da Copa do Brasil.
Nem mesmo as perdas dos titulares Luiz Henrique e Nonato fizeram com que a equipe perdesse o estilo de jogo. O Flu, aliás, chegou sem perder até a semifinal da Copa do Brasil. Entretanto, uma única derrota por 3 a 0 para o Corinthians foi o suficiente para impedir mais um Fla-Flu em uma final em 2022.
E — embora não mantido o fôlego para perseguir o Palmeiras na briga pelo título brasileiro — a sequência de três derrotas consecutivas na reta final do Brasileirão não impediu o Flu de se classificar de forma direta para a fase de grupos da Libertadores. Com 70 pontos, o Fluminense encerrou a competição com a sua terceira melhor campanha na Era dos pontos corridos com 20 clubes.
ST