Por onde andam os campeões do Brasileiro Sub-20 pelo Flu em 2015?

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O Fluminense completou, na última quarta-feira (02), cinco anos desde que conquistou o Campeonato Brasileiro Sub-20. Entre os destaques daquela equipe estavam, por exemplo, o lateral Léo, o volante Douglas, o meia Daniel e o centroavante Pedro. Meia década depois, o Saudações foi buscar o paradeiro dos jogadores do time que venceu o último título nacional da base tricolor.

Além de revelar grandes nomes para o futebol brasileiro, a “Fábrica de Craques de Xerém” é conhecida também por ganhar títulos nas categorias de base. Em 2015, a conquista do Campeonato Brasileiro Sub-20 coroaria um geração com muitos jogadores a passarem pelo profissional do clube.

Fluminense campeão do Brasileiro Sub-20 de 2015
Foto: Reprodução/CBF

Nos dias atuais, o Fluminense até possui uma equipe Sub-23 para complementar o desenvolvimento dos jogadores. Entretanto, na época, o Sub-20 era o último estágio dos atletas antes de chegar aos profissionais.

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Até por isso, alguns jogadores foram incorporados ao time principal logo no ano seguinte. Enquanto outros fizeram parte do Plano Carreira, colecionando empréstimos internacionais. Por fim, alguns, sem o mesmo espaço, tiveram que buscar oportunidades fora do Tricolor de Laranjeiras.

Cinco anos depois de conquistar o Campeonato Brasileiro Sub-20, apenas quatro jogadores permanecem no Fluminense. Nos profissionais, estão o zagueiro Frazan, que ainda se recupera de uma cirurgia no joelho direito realizada no início do ano, e o atacante Matheus Alessandro, informado pela diretoria de que não vai ter o contrato renovado. Enquanto Patrick Carvalho e Matheus Pato, com contrato até Dezembro de 2020, vão buscar uma chance de permanência jogando pelo time comandado por Marcão.

Matheus Pato foi o artilheiro do Brasileiro Sub-20
Atacante Matheus Pato foi o artilheiro do Brasileiro Sub-20, com seis gols. No profissional passou por Samorin, da Eslováquia, Tupi, Cuiabá e Daejeon Hana Citizen, da Coréia do Sul. (Foto: Reprodução/Fluminense Football Club)

Confira por onde andam os outros campeões do Brasileiro Sub-20 do Fluminense:

Matheus (Paulista)

Goleiro titular na conquista do Brasileiro Sub-20, Matheus é um dos que não foram aproveitados no elenco profissional. Muito por conta da hegemonia de goleiros experientes como Diego Cavalieri e Júlio César, por exemplo. Mas, mesmo assim, o arqueiro permaneceu em Laranjeiras até 2017. Desde então, passou a peregrinar no mundo do futebol, passando por Ipatinga, Macaé, América-TO e Serra Macaense. E, em 2020, acertou com o Paulista de Jundiaí.

Breno Santos (sem clube)

O lateral-direito Breno Santos é mais um exemplo de jogador que não foi aproveitado nos profissionais. O jogador chegou a participar do Plano Carreira, sendo emprestado em 2018 ao Samorin, mas não se firmou no retorno. Desde então, colecionou empréstimos também para Hercílio Luz, América-RN, Ipatinga e Boa Esporte. Atualmente, o lateral está sem clube.

Nogueira (Gil Vicente)

Nogueira em campo pelo Gil Vicente
Foto: Reprodução/Gil Vicente

Destaque na zaga, Nogueira foi promovido aos profissionais ainda em 2015. Tendo estreado, como titular, no empate em 1 a 1 com o Internacional. O zagueiro foi um dos mais utilizados pelo Flu, tendo disputado 30 jogos e marcado dois gols com a camisa tricolor. Entretanto, nunca se firmou. Chegando a ser emprestado a Figueirense e CRB. Em 2019, rescindiu o contrato e acertou com o Gil Vicente, de Portugal. Mas o Flu manteve parte dos direitos econômicos para caso haja uma venda futura.

Derlan (Chapecoense)

Diferentemente do companheiro de zaga, Derlan sequer estreou pelo profissional do Tricolor. Tendo sido emprestado para Boavista e Paysandu. Em 2018, foi emprestado ao time Sub-23 do Grêmio, mas chegou a disputar uma partida com a camisa do Tricolor Gaúcho. Embora tenha impressionando o técnico Renato Portaluppi, não houve acordo entre os clubes. Derlan também chegou a ser emprestado ao Criciúma. Em 2020, acertou sem custos com a Chapecoense.

Léo (São Paulo)

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Anteriormente conhecido como “Léo Pelé”, pela semelhança física com o Rei do Futebol, o lateral-esquerdo foi mais um dos promovidos ao profissional ainda em 2015. Tendo estreado na derrota por 1 a 0 para o Sport, sendo bastante criticado em seu primeiro jogo. No ano seguinte, Léo foi emprestado ao Londrina. Após uma boa passagem pelo clube catarinense, onde se destacou pela força e habilidade, o lateral retornou com moral ao Flu em  2017, quando chegou a disputar 51 partidas em 2017 (totalizando 63 jogos e três gols marcados com a camisa tricolor). Foi emprestado para o Bahia e se destacou em 2018. No mesmo ano, foi contratado por R$ 3 milhões de reais pelo São Paulo.

Luiz Fernando (Rio Ave)

Luiz Fernando em campo pelo Rio Ave
Reprodução/Rio Ave

Entre todos os campeões, Luiz Fernando talvez seja o com maior rodagem mesmo tendo somente 24 anos. Depois de estrear pelo Fluminense, em 2015, o volante passou por Vila Nova, Samorin, Minnesota United, dos Estados Unidos, e América-MG. Em 2017, chegou a ter uma sequência de jogos com o então técnico Abel Braga. Mas uma lesão no ligamento cruzado o afastou dos gramados. Foram apenas 16 jogos pelo Flu. Em 2019, no entanto, rescindiu o contrato e acertou com o Rio Ave, de Portugal.

Douglas (PAOK)

Douglas em campo pelo PAOK
Foto: Reprodução/PAOK

Vice-artilheiro do Campeonato Brasileiro Sub-20, com cinco gols, e destaque nas Seleções Brasileiras de Base, Douglas subiu aos profissionais ainda em 2015. Jogando como primeiro volante, o jogador foi titular na conquista da Copa da Primeira Liga em 2016. Foram 100 jogos e cinco gols marcados com a camisa tricolor, mesmo tendo sofrido com um problema recorrente no joelho. Em 2017, no entanto, foi negociado por € 1,02 milhões de euros ao Corinthians mais o empréstimo do atacante Junior Dutra. No ano seguinte, foi emprestado pelo Alvinegro Paulista ao Bahia. Em 2020, porém, foi negociado por € 3 milhões de euros (cerca de R$ 13 milhões de reais) ao PAOK, da Grécia. Deste total, o Fluminense recebeu R$ 520 mil reais, ou seja 4%, por ser o clube formado do volante.

Daniel (Bahia)

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Camisa 10 na conquista do Brasileiro Sub-20, o meia antes conhecido como “Danielzinho” era uma das grandes promessas daquela geração. Contudo, o jogador demorou a receber oportunidades no Flu. Tem sido emprestado para Oeste e Botafogo-SP. Foi no Oeste, aliás, que trabalhou pela primeira vez com Fernando Diniz. O técnico foi o responsável por dar, em 2019, a primeira sequência de Daniel como titular. Jogando de forma mais recuada, Daniel esteve entre os destaques do Tricolor na temporada. Porém, um entrevero nas negociações por uma renovação contratual, fizeram com que o jogador deixasse o clube de graça para acertar com o Bahia. Ao todo foram 72 jogos e dois gols marcados — curiosamente, o baixinho de 1,73m marcou os dois gols de cabeça.

Bonilha (Oeste)

Reserva no time de Luiz Felipe Santos, Bonilha, assim como Matheus Alessandro e Patrick Carvalho, foi um dos jogadores que entrou no decorrer da vitória por 3 a 0 sobre o Vitória que consagrou o título do Brasileiro Sub-20. O volante, entretanto, nunca foi aproveitado no elenco tricolor. Tendo sucessivos empréstimos para o FC Lahti, da Finlândia, Tupi e Oeste. Em 2019 acertou em definitivo com o clube paulista, onde permanece desde então.

Pedro (Flamengo)

Este talvez tenha sido o jogador com maior sucesso entre os campeões do Brasileiro Sub-20. Após a saída de Fred, em 2016, Pedro chegou a ser cogitado como substituto natural, mas perdeu espaço com a Henrique Dourado no mesmo ano. Em 2017 atuou um pouco mais. No entanto, foi só a partir da saída do Ceifedar, em 2018, que Pedro se tornou titular absoluto no Flu, sendo artilheiro do Campeonato Carioca, com sete gols, e tendo destaque no primeiro turno do Campeonato Brasileiro. Quando foi convocado por Tite para a Seleção Brasileira. Contudo, uma lesão no joelho o afastou dos gramados por seis meses. Recuperado, foi negociado por € 18 milhões de euros (cerca de R$ 52 milhões de reais), dos quais o Flu teve direito a 50%, para a Fiorentina, da Itália, após marcar 31 gols em 93 jogos. No entanto, após seis meses no clube italiano, retornou ao Brasil para defender o Flamengo por empréstimo.

Calazans (São Paulo)

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Baixinho, rápido e driblador, Calazans ainda era conhecido como Marquinhos no time campeão do Brasileiro Sub-20. O atacante chegou ser emprestado para o Slovan Liberec, da República Tcheca. Estreando pelos profissionais em 2017, chegando a ser improvisando, em alguns momentos, como lateral-esquerdo. Entretanto, uma grave lesão no joelho o afastou dos gramados. Para piorar a situação, no mesmo ano foi agredido no joelho por torcedores do Flamengo, atrapalhando ainda mais sua recuperação. O atacante retornou ao gramados somente no final de 2018. Em 2019, chegou a ser utilizado como lateral-direito pelo então técnico Fernando Diniz. Sem renovar o contrato com o Tricolor de Laranjeiras, acertou à custo zero com o São Paulo. Mas o Flu manteve 30% dos direitos econômicos do atleta. Ao todo foram 36 jogos com a camisa tricolor.


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Lucas Meireles

Jornalista formado pela UFRRJ, apaixonado por esportes e pelas boas histórias.

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