Os bastidores da chegada de Danilo Barcelos ao Fluminense

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O Fluminense anunciou oficialmente a contratação do lateral esquerdo Danilo Barcelos, que deixou o Botafogo em rescisão amigável. O jogador chegou ao clube sob muitos protestos da torcida tricolor em redes sociais. Muitos torcedores não apoiaram a vinda do lateral, levando o nome do atleta ao terceiro lugar dos assuntos mais comentados do twitter no Brasil.

O jogador foi indicação de Odair Hellmann ao clube, mas por pouco não foi parar em Belo Horizonte, já que tinha proposta do Cruzeiro e havia pedido dispensa do alvinegro para voltar a Belo Horizonte, motivado pela torcida de sua família pela equipe celeste. No entanto, seu destino foi permanecer no Rio de Janeiro. Foi liberado pela equipe carioca e contou com a boa relação que a diretoria tinha com o Fluminense, que estreitaram laços ao se posicionarem contra o retorno do Campeonato Carioca.

Ainda antes da vitória do Botafogo sobre o Atlético-MG, Odair elogiou o atleta em conversas com o diretor de futebol Paulo Angioni e o presidente Mário Bittencourt. Danilo foi titular na partida, já que o titular, Victor Luís, teve uma apendicite e virou desfalque de última hora.

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De acordo com o UOL, Angioni, após a segunda menção a Danilo pelo treinador, assistindo ao clássico entre Flamengo e Botafogo, procurou o técnico alvinegro Paulo Autuori, para obter informações do jogador.

A diretoria tricolor soube, então, que o lateral pedira dispensa pela forte concorrência – além de Victor Luís, o clube também conta com Guilherme Santos e o jovem Hugo, recém-promovido da base – e já tinha negócio avançado com o Cruzeiro.

Anda assim, com a anuência do Botafogo, decidiu fazer uma proposta. Ao saber do interesse, o jogador balançou e preferiu ficar no Rio de Janeiro, onde disputará o Brasileirão e a Copa do Brasil, em vez de jogar a Série B pela equipe celeste.

Uram não participou ativamente do negócio – até porque o titular da posição no Tricolor é seu cliente, Egídio – mas o deixou livre para decidir. O empresário de Danilo Barcelos, na verdade, é Luciano Brustolini, e o agente carioca é seu representante no Rio de Janeiro.

Joia, sub-23 e ex-titular da posição deixaram clube

Antes de fechar com Danilo, o Tricolor abriu mão de três jogadores da lateral-esquerda para o futebol europeu, ainda em 2020.

O primeiro foi Mascarenhas, que sofreu com lesões e acabou emprestado para o Vitória de Guimarães, de Portugal, com opção de compra. Por lá, lesionou novamente o joelho. O jovem de 22 anos não atua desde 2019, quando entrou em campo apenas oito vezes.

Depois, César, do sub-23, foi cedido ao Portimonense, também de Portugal, em definitivo. Para negociá-lo, o Fluminense aceitou ficar com 30% dos direitos econômicos do atleta visando uma futura venda. Além da dupla, outro jogador acabou emprestado pelo Tricolor: Marlon, de 23 anos, que foi para o Trabzonspor, da Turquia.

O Flu recebeu R$ 1 milhão pela cessão, metade do que gastou para comprá-lo do Criciúma em 2017. Nenhum dos dois tinha o perfil desejado pela comissão de Odair: um jogador mais forte, com características diferentes das de Egídio.

“Fico” de Evanílson estreita laços com Uram

Reforços da equipe no início do ano, Egídio, Yago, Caio Paulista e Evanílson são ligados ao empresário Eduardo Uram. O camisa 99 encerrou seu vínculo definitivo com o Fluminense, ao fim de 2019, mas permaneceu no clube por empréstimo.

Apesar de serem negociações separadas, a boa relação do agente com a cúpula de futebol garantiu a permanência do atacante no clube. Titular de Odair Hellmann, Evanílson não renovou com o Flu em 2019. Assim, assinou pré-contrato com a vice-campeã mineira Tombense, de propriedade do empresário, e foi cedido ao Tricolor por dois anos.

O clube das Laranjeiras, que detinha 60% dos direitos econômicos, aceitou, além do empréstimo, ficar com apenas 10% e mais 20% de taxa de “vitrine”. Assim, se o camisa 99 for negociado, o Fluminense receberá 30% do valor, metade do que teria direito em caso de renovação.

Apesar de ter perdido boa parte de um jogador que tem se destacado, internamente, o Tricolor considera uma vitória ter mantido 30% do atleta, já que a negociação pela renovação era “caso perdido” após decisão do ex-diretor de futebol Marcelo Teixeira, ainda na base, de não estender o vínculo do jovem que chegou a Xerém com 13 anos.

ST

 


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