Opção? André já atuou na zaga em 10 jogos com Diniz
Está se tornando recorrente — sobretudo quando o Fluminense está em desvantagem. Fernando Diniz tira um zagueiro, coloca um meio-campista e recua André para a zaga. Contra o Botafogo, por exemplo, o treinador colocou Nathan na vaga de Manoel no intervalo. O Tricolor então melhorou e conseguiu arrancar um empate em 2 a 2.
Diniz testou a alteração em primeiro lugar no empate em 2 a 2 com o Santos na Vila Belmiro. O Flu perdia por 1 a 0 quando o treinador sacou Luccas Claro para a entrada de Martinelli ainda no intervalo. E com André ao lado de Nino, virou o jogo para 2 a 1. O curioso é que naquela partida sofreu o empate logo após a entrada de David Duarte para recompor o sistema defensivo.
Desde então, a torcida tricolor viu o treinador repetiu a mudança em mais nove partidas contando Campeonato Brasileiro e Copa do Brasil. Além do Santos, em mais duas — contra Fortaleza e no Clássico Vovô — as trocas surtiram efeito e o Tricolor conseguiu converter uma derrota parcial em um empate ao final do jogo. Em contrapartida, diante do Atlético-GO, a substituição teve impacto negativo com o time ficando mais exposto e sofrendo a virada para o Dragão no Antonio Accioly.
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Este, aliás, foi o único gol sofrido enquanto o volante atuava como zagueiro. Por outro lado, o Time de Guerreiros já balançou as redes sete vezes após a mexida de Fernando Diniz.

André se torna opção de Diniz na zaga e ocupa lugar que já foi de Felipe Melo
A escolha de André para compor a zaga durante as partidas se justifica na ótica de Fernando Diniz. Principalmente porque, em sistema de jogo com tanta fluidez, o treinador costuma enxergar o atleta pelas características e não pela posição que ocupa.
E, no elenco, o camisa 7 se destaca pelas ações defensivas. No Brasileirão, por exemplo, André tem a maior média de interceptações ao lado de Nino com 1,1 por jogo e a segunda maior de desarmes — com 1,4 por jogo fica atrás só de Martinelli (1,5) — de acordo com dados do SofaScore.
Além disso, o volante tem a maior média de passes certos (65,6) e de dribles certos (2,3). Por isso, contribui tanto na recuperação da bola — quando o Tricolor parte para uma marcação mais adiantada — quanto na saída de bola — com dribles curtos e maior qualidade nos passes.
Hoje, o jovem passou à frente do experiente Felipe Melo, que vinha sendo a primeira opção de Diniz quando o Flu estava em desvantagem no placar. O camisa 52 tem muita facilidade, sobretudo para nos passes longos e viradas de jogo, mas aos 39 anos vem sofrendo para acompanhar a velocidade dos adversários. Com Felipe formando a dupla de zaga, o Fluminense tem algumas das suas piores médias de gols sofridos em 2022.
Vale destacar ainda a polivalência de André. O camisa 7 chegou ao Fluminense nas categorias de base como centroavante, mas foi recuando até se firmar como primeiro volante no profissional. O jogador, aliás, não é o primeiro da posição a atuar na zaga com Diniz. Durante a primeira passagem, em 2019, o treinador improvisou Yuri — hoje no Juventude — como zagueiro em algumas partidas do Brasileirão.
Com André como volante, o Fluminense volta a campo contra o Corinthians na próxima quarta-feira (26), às 21:45, na NeoQuímica Arena.
ST