O maior técnico da história

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Recentemente, em enquete do Globo Esporte, Parreira foi eleito pela torcida tricolor como maior técnico da nossa história. Atrás dele, ficaram nomes de peso como Zezé Moreira, Abel Braga, Telê Santana, Ondino Vieira e Renato Gaúcho – nessa ordem.

Dentre os gigantes, o treinador se destacou e não foi a toa! Então vamos para mais uma viagem no tempo para relembrar as passagens Carlos Alberto Parreira pelas Laranjeiras e o porquê de ter superado os demais.

Formado em educação física, o ponta pé inicial da sua carreira é no São Cristóvão, como preparador físico. Depois de ser chamado para comandar a seleção de Gana, volta ao Brasil em pequena passagem pelo Vasco. Em 1970, também como preparador, Parreira começa a trilhar seu caminho com um ano vitorioso: conquista o tri com a seleção e o Campeonato Brasileiro com o Flu. 

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Em 1975, depois de ser auxiliar técnico, substitui Paulo Emílio e assume a equipe no triangular que decidiria o Carioca, contra Botafogo e Vasco. Estreia com o pé direito aplicando uma belíssima goleada no cruz-maltino, em jogo marcado pela mudança de postura do nosso time, que passava a dialogar mais e deixava o individualismo de lado. Na rodada seguinte, o time de São Januário bate o alvi-negro e deixa o Fluminense com uma mão na taça. No Clássico Vovô que definiria o campeão, poderíamos perder de até dois gols de diferença e, apesar da boa atuação, perdemos por 1×0. Assim, Parreira e a Máquina Tricolor levantavam seu primeiro caneco juntos. 

Retorna ao Fluminense só em 1984, substituindo Carbone na reta final do Campeonato Brasileiro. Depois de uma campanha considerada mediana, Parreira mais uma vez chega à Álvaro Chaves trazendo consigo a expectativa de melhora. E assim se fez: foram 12 jogos de invencibilidade até o título. O treinador implementa no time uma proposta de jogo que valoriza o futebol do nosso craque Romerito, autor do gol da primeira partida da final disputada contra o Vasco e eleito o melhor em campo. Com a vantagem, empatamos o jogo da volta e conquistamos o bicampeonato brasileiro em uma tarde marcada por manifestações pelas Diretas Já nas arquibancadas do Maraca.

Cinco anos após levar o Brasil ao tetracampeonato mundial, Parreira volta ao Flu na passagem que entendo ter sido decisiva para a vitória da enquete. Contratado por David Fischel em 1999, seu retorno se dá em meio a um cenário catastrófico de dois rebaixamentos seguidos, novamente carregando a responsabilidade de reação. Como não poderia deixar de ser, conquistou mais uma. O título da série C marca um momento muito delicado da nossa história, que mostrou que time grande cai sim, mas nos lembra que apenas os enormes se recuperam como fizemos. Pra mim, essa é a razão de tamanho reconhecimento por parte da nossa torcida, a verdadeira demonstração de amor pelo nosso clube. Parreira fez o que todo torcedor sonha que um jogador faça, e foi aí que ele superou os outros: para além de títulos, Carlos Alberto Parreira amou o Fluminense e esteve ao seu lado nas boas e nas más.

Mais tarde, teria rápida passagem em 2009, quando foi o técnico da estreia do Fred (saudade). Encerrou a carreira em 2014 após a Copa do Mundo e, em 2018, chegou a receber um convite de Abad para assumir a vice-presidência de futebol, o que não aconteceu.

A concorrência não deixou a desejar, são grandes técnicos e que marcaram a nossa história, mas entendo ser mais do que justa essa “eleição”. Parreira foi um gigante.

ST

 

 

 


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