Nao é proibido sonhar – Um tricolor qualquer

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NÃO É PROIBIDO SONHAR

Tenho analisado esse momento do nosso tricolor e me perguntado constantemente o que ainda nos faz respirar. Infelizmente não posso falar pela torcida, mas digo sem medo de errar, que a razão para eu estar vivo, é sonhar todos os dias com algo que faça valer à pena.

Gostaria de fazer um pedido aos que comandam o clube hoje. Não nos tirem a esperança e a liberdade de sonhar. Sabemos que a realidade é muito difícil, mas não podemos esperar mais 5, 6, 7 ou 12 anos, para voltar a sonhar.

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O cenário atual de fracasso de um formato ultrapassado, está nos tirando as esperanças. O que se passa na cabeça de um tricolor pai de família, quando lê que nos próximos vários anos o sofrimento continuará inevitavelmente? O que esse tricolor vai falar para o seu filho?

Como podemos acreditar em 100.000 sócios, se a torcida está deixando de sonhar? Será que ninguém percebeu ainda que torcedor no Brasil em sua maioria, só se engaja quando tem esperança? Não vou entrar no mérito se está certo ou errado, mas vamos tentar trabalhar com a realidade.

Temos um cenário hoje no Rio, onde o maior rival enfim transformou todo o potencial que sempre teve para gerar dinheiro, em organização e gestão de excelência. Os outros dois buscam voltar a dias melhores, um com grande potencial de torcida e o outro com um compromisso muito grande de se transformar em empresa, profissionalizar e apostar em um renascimento.

Entendem que apesar da diferença entre os três, os dois que estão tentando se reencontrar, ao menos tem algum motivo para acreditar?

Agora eu pergunto! Qual é a esperança que nós tricolores temos hoje? Quantos anos vamos perder investindo em um formato que já se provou ultrapassado? Nós sempre fomos pioneiros em grandes mudanças no futebol brasileiro e hoje parece que ao invés de buscarmos transformações que possam nos devolver a esperança, estamos de certa forma acomodados com uma realidade incompatível com o tamanho do nosso clube e o nível de exigência da nossa torcida.

Novamente eu pergunto. Será que a torcida precisa apequenar suas ambições para se adaptar à nova realidade ou o clube deve buscar soluções disruptivas para voltar ao patamar de grandeza que merece?

O mundo mudou! Profissões que existiam não existem mais por conta das transformações tecnológicas, métodos que um dia foram eficazes hoje não são mais… E por aí vai. O que falta para o Flu começar a buscar soluções criativas e ousadas para nos recolocar no cenário?

Quando o rival paranaense investiu em grama sintética na Baixada, alguém tinha noção dos resultados esportivos que essa mudança traria? Pois é, eles tiveram visão e criaram um diferencial. Qual é o nosso hoje? O que estamos buscando para sair desse sofrimento, além de “apagar os incêndios” do dia-a-dia? É evidente que precisamos de profissionais controlando os problemas das penhoras e resolvendo as questões gravíssimas que hoje asfixiam o clube, mas além disso, o que estamos buscando para termos uma vantagem competitiva em relação aos nossos adversários e deixarmos de respirar com aparelhos?

Não podemos desistir de reencontrar a nossa grandeza e torcida nenhuma espera tantos anos pacientemente para as coisas acontecerem. Se não tivermos perspectiva e esperança, vamos perder cada vez mais torcedores e vamos cada vez mais nos afastar do objetivo de voltar a ser o Flu que todos nós queremos. Aquele clube que competia, ganhava e mesmo quando perdia, era respeitado por sua força, grandeza e pioneirismo.

Hoje percebo uma visão de alguns em relação ao maior rival, que na minha opinião é quase uma aceitação do abismo que foi criado. Aí eu pergunto! Será que devo aceitar isso ou devo por exemplo sonhar que o meu clube volte a bater de frente? Com boas idéias, gestão inovadora e execução de excelência, eu tenho convicção que podemos ser competitivos! Está aí pra provar o rival paranaense que bateu o nosso maior rival dentro do Maracanã na Copa do Brasil.

Sei exatamente qual é a dificuldade que estamos passando e tenho certeza que não será fácil mudar, mas tenho muita confiança que podemos muito mais. O discurso pode parecer conversa fiada de alguém que não conhece a realidade, mas eu garanto estar ciente das nossas dificuldades, mas ao mesmo tempo, acredito muito que precisamos buscar uma transformação maior para sair dessa situação caótica. Caso contrário serão anos e anos “enxugando gelo” e “apagando incêndio”.

Na minha humilde opinião, não existe outro caminho que não seja o da profissionalização através da mudança de formato para empresa. Quem fizer o dever de casa bem feito e estruturar a mudança junto a parceiros fortes que venham para investir e ajudar na implementação, provavelmente terá muito sucesso no futuro.

Essa é a minha esperança e também o que me move a continuar acreditando que voltaremos a ser fortes e respeitados. Infelizmente não basta que apenas eu acredite e por isso eu peço do fundo do meu coração aos comandantes do navio, que nos proporcionem novamente a oportunidade de sonhar com um futuro melhor. Um futuro que comece amanhã e não apenas daqui a 12 anos.

Saudações Tricolores,
Um Tricolor Qualquer


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8 thoughts on “Nao é proibido sonhar – Um tricolor qualquer

    • 23/11/2019 em 05:50
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      Faço minhas as suas palavras. Chega de justificar a mediocridade, chega de inventar desculpas para a incompetência e a acomodação. O torcedor precisa de esperança, de motivação. Dizer que tem que investir, que tem que se associar só porque é torcedor beira o ridículo. Mulambada crescendo cada vez mais, padeirada com um projeto de crescimento e cachorrada com planos de clube-empresa onde os resultados são previstos em dois anos, e o nosso presidente dizendo que a gente tem que se contentar com a mediocridade por mais de uma década, e se associar porque se não fizermos isso a culpa da destruição do Flu (que ocorre de dentro pra fora) será da torcida? É surreal. Chega de amadorismo, ou se profissionaliza ou o clube em 2023 estará sem divisão e na série A3 ou B do carioquinha…

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  • 23/11/2019 em 07:46
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    “O que se passa na cabeça de um tricolor pai de família, quando lê que nos próximos vários anos o sofrimento continuará inevitavelmente? O que esse tricolor vai falar para o seu filho?”
    Esse sou eu, como tantos outros, mostrando a história via livros, youtube, levando ao Estádio e convencendo que tem ano que é ruim mesmo.
    Ele tem 5 anos, joga no Guerreirinhos, chuta bola em qualquer lugar, anda com sua camisa do João Pedro e bate no peito pra dizer que é Fluminense.
    Difícil vai ser convencer que TODO ano é ruim.

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  • 23/11/2019 em 16:28
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    Sonhar com 100.000 sócios contando com times que há muitos anos, consecutivos, briga para não ser rebaixado, soa bizarro e fora de propósito. Será que é tão difícil perceber que o número de sócios torcedores guarda relação direta com o desempenho do time?
    Almejar o crescimento de sócios torcedores com time ruim que não disputa título é utópico. Claro que devemos fortalecer a torcida associada e pagante ao clube, mas não pode ser a unica estratégia para gerar recursos financeiros. E, devendo mais de R$ 700 milhões vamos precisar de muito “recebíveis” para financiar nossa imensa dívida.
    Como exemplo, o Flamengo, há 7 anos, devia bem mais do que devemos hoje. Porém, o “acordo” com Globo, que enterrou de vez o Clube dos 13 e a pretensão dos clubes negociarem juntos as cotas de TV, foi muito bem aproveitado pelo PRD na ocasião em que evitou gastar “à toa” e, sim, sanear as finanças do clube.

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  • 24/11/2019 em 13:49
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    Boa tarde.

    O MB está canalizando todos os esforços para evitar a falência do clube. A questão dos salários e, por consequência do fluxo de caixa, é a prioridade no momento. Quando ele diz que não devemos esperar muita coisa nos próximos 5 ou 10 anos, é o mesmo que dizer : vamos aceitar um declínio inevitável.
    Precisamos de pessoas como Pedro Antônio, com poder de atrair recursos e competência para pensar e implantar algo diferente do que está sendo proposto pelo MB. Que este fique controlando o fluxo de caixa enquanto outro grupo procura uma forma original de colocar nosso clube numa curva ascendente. Precisamos da união daqueles que amam o Fluminense.
    Uma sugestão, Pedro: organize um movimento em torno dos pontos abordados por você.
    ST

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  • 26/11/2019 em 16:13
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    Prezado Pedro Rangel,
    Boa tarde!
    Não faz muito tempo, li na internet, não me lembro o site, que o Fluminense teria cerca de 3,5 milhões de seguidores, também não lembro se no facebook ou no instagram.
    Por que, aproveitando esse número de seguidores, certamente tricolores, o Flu não lança o programa sócio-solidário? O grande objetivo dessa programa seria atingir aqueles tricolores que não moram no Rio e que dificilmente poderão ter a oportunidade de assistir uma partida do Flu. Naturalmente que o programa não seria apenas para torcedores que moram longe do Rio, pelo Brasil afora. Uma mensalidade de R$ 20,00, com direito a 12 ingressos no ano poderia ser uma contra-partida do clube. Se tivéssemos uma adesão 20% desses seguidores, poderíamos ter, por baixo, R$ 12.000.000,00/mês!!! Em um ano teríamos R$ 144.000.000,00!!! Um pouco menos do que o rival ganha da Vênus Platinada. É difícil! Talvez. Mas poderia ser tentado. Em todo caso, seria obrigatório ter uma gestão hiper profissionalizada e com muita e muita transparência. Poderíamos implementar o ‘TORCEDÔMETRO” exemplo do impostômetro, com um painel nas Laranjeiras, Xerém e CT mostrando momento a momento o número de sócios e a renda auferida. Aos poucos, o Flu poderia ter a sua situação financeira resolvida, montando um time competitivo e mantendo por mais tempo as joias de Xerém. Se é para sonhar, imagine se tivéssemos 30%, ou até mesmo 40% de adesão!!! Seria algo em trono de R$ 240.000.000,00 a R$ 280.000.000,00 ano!!! Em sonho tudo é possível. Por que não tentar tornar esse sonho realidade?

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  • 24/03/2023 em 14:04
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