NADA AGOORA É IMPOSSIVEL (MARIO NETO)

NADA AGORA É IMPOSSIVEL (MARIO NETO)

Tirando a conquista do Campeonato Brasileiro, de agora em diante nada mais é impossível para o Fluminense. Estamos a uma vitória da pré-Libertadores e para isso basta que ganhemos três pontos nestas rodadas que faltam e muito perto de conseguir a conquista por uma vaga direta, embora ainda dependamos de resultados dos que estão na nossa frente. Parece um sonho? Não! Agora não. É uma realidade, bem diferente do início, ou melhor, até o meio do returno, principalmente depois daquela derrota, daquele vexame na vigésima nona rodada contra o Corinthians. Sinceramente, naquele momento depois dos cinco a zero, pensei comigo mesmo: será que ficaremos novamente na segunda parte da tabela, nos finalmentes para o meu desespero (aliás este não era um pensamento só meu)? De repente, depois de mais duas atuações medíocres contra o Vasco e o Botafogo, renascemos das cinzas como se diz por aí. Num passe de mágica o Fluminense melhorou na organização em campo e estamos aí, vivendo um sonho inimaginável de conquistar uma ida à Libertadores da América, com um time limitado que não é novidade para ninguém. Quem disser o contrário (comissão técnica, torcedores, etc e tal), que contava com esta campanha milagrosa, estará mentindo.
Além dos inimigos do Odair Helmann, Fred, Nenê e agora o Marcão surpreendentemente e da maioria dos jogadores, agora convivo com aqueles que atribuem o sucesso, mérito Tricolor tão somente à pandemia, que tornou este Campeonato Brasileiro sujeito a chuvas e trovoadas onde tudo pudesse acontecer. Por quê isso tudo que aconteceu em 2020, só em benefício do nosso Tricolor? Será que alguém tem uma resposta para isso? Atribuem também à sorte a causa deste nosso sucesso inesperado, como se fosse um pecado tê-la conosco. Como diria Nelson Rodrigues, sem sorte não se atravessa nem uma rua, corre-se o risco de ser atropelado por uma carrocinha de cachorro quente. Reconheçamos que os jogadores, muitas vezes criticados além da conta, com todas as suas limitações, dificuldades extracampo (todos sabemos de cor e salteado) nunca deixaram de correr o tempo todo, com exceções de um e outro durante um jogo ou outro, vide MP por exemplo.
Como disse no artigo anterior o Atlético Mineiro não me mete medo, como fiquei contra o Bahia. Dependemos de uma boa atuação mais do que das outras vezes. O Galo está caindo de produção a olhos vistos. Só ganhou quatro partidas fora de casa e vem de derrotas inaceitáveis para quem pretende disputar o título, bem diferente daquela equipe que enfrentamos no primeiro turno, no Mineirão, cheio de marra, jogando um ótimo futebol, elogiado por todos e se não estou enganado líder do campeonato até então. Neste momento, até o bom trabalho do tão decantado San Paoli está em xeque. Claro que vamos sofrer os noventa minutos, mas se o Marcão ajudar também, não errando nas substituições e deixando o Fred em campo até o ídolo colocar a língua de fora, teremos grandes chance de “sonhos” maiores nesta reta final.

__________________________