MAIS UM JOGO DAQUELES (MARIO NETO)

MAIS UM JOGO DAQUELES (MARIO NETO)

O que tem de rotina todos os jogos do nosso Fluminense até o exato momento? Todos eles, de uma maneira ou de outra, são decisivos para o nosso time para o restante do ano. Querem exemplos? Então vamos lá: hoje enfrentaremos o Junior Barranquilla na casa deles, não podendo perder de jeito nenhum. O empate será uma faca de dois gumes, ou seja, dependeremos dos outros resultados do grupo, o que pode ser bom ou muito ruim. Considero o time colombiano até agora o nosso maior adversário nesta fase de grupo da Copa Sul-Americana, na luta por uma vaga (só passa o primeiro colocado para a fase seguinte, como todos estão sabendo), mesmo tendo um bom time argentino, o Santa Fé, pela frente. Como já disse diversas vezes, embora adversários teoricamente mais “tranquilos” do que a Libertadores, o caminho para a próxima fase e tão duro ou mais.
Nosso retrospecto contra o Junior Barranquilla não é nada satisfatório. Na primeira partida pela Libertadores do ano passado, empatamos de um a um jogando muito mal e na outra partida em casa perdemos de dois a um, sendo que não merecíamos outro resultado, nem mesmo um empate, resultado que quase nos tirou da competição. Para seguirmos em frente teríamos que vencer nada mais nada menos do que o poderoso River Plate no seu estádio, o que conseguimos numa das nossas melhores atuações desde há muito tempo. Está mais do que na hora de deixarmos para trás essa pequena freguesia e de também de jogar mal fora de casa para times tidos por muita gente “inferiores” ao nosso. Na teoria pode ser até isso, mas na prática tem sido bem diferente.
O que espero do nosso Tricolor logo mais na Colômbia? Fácil, que não repita de jeito nenhum a atuação que tivemos no Paraguai contra o Olímpia. Que não sejamos medrosos ou covardes, como queiram, no jogo que nos custou a eliminação da Libertadores. Mostramos depois, nas finais contra o Flamengo, que não precisava daquela atuação tão deplorável contra os paraguaios. Abel Braga contará com todos os titulares, inclusive com a volta do Paulo Henrique Ganso, que descansou na estréia desta taça contra o Oriente Petrolero da Bolívia. Nada como um dia atrás do outro. Logo ele que foi escrachado de todas maneiras, inclusive chamado de “ladrão” nas redes sociais tricolores principalmente, diga-se de passagem. Embora também o criticasse, deixei uma porta aberta para a sua “recuperação” por causa de uma coisa em que sempre acreditei: futebol não se aprende na escola e muito menos se esquece. É lógico que sabe fazê-lo, como no seu caso. Se ele não tivesse tido a contusão seríssima (quebrou o braço em vários lugares) contra o Barcelona de Guayaquil, na segunda partida das quartas de final, já teríamos visto a sua “volta” por cima há algum tempo. Não vejo favorito logo mais e nem temos a OBRIGAÇÃO de vencer. Temos sim o DEVER de jogar sem medo, sabendo que temos ótimas chances de voltar com três pontos na bagagem se isto acontecer, o que espero. E que não vejamos JAMAIS aquela atuação contra o Olímpia, que possamos esquecê-la definitivamente e deixar de lado o que faríamos se continuássemos na Libertadores da América. É página virada!
____________________________