LEONARDO BAGNO – Sobre o Santa Cruz e o Goiás

Tricolores,
Assim que passamos para a quarta fase da Copa do Brasil, imediatamente busquei saber quem seria o nosso adversário para verificar como estava o desempenho dele durante a temporada até aquele momento. Ao ver os melhores momentos do jogo válido pela Copa do Nordeste, entre Santa Cruz e CRB, no Arruda, percebi que a nossa vida não seria fácil. Não pela qualidade do time do Santa Cruz, que é fraca, mas mais por conta do estado do gramado, que era – e demonstrou ser – horroroso.
Como nosso time tem como proposta de jogo tocar a bola e envolver o adversário, evidentemente que esta tática ficaria comprometida – como de fato restou – num campo que é inimigo do futebol bem jogado. E foi exatamente o que aconteceu: o Fluminense, que possuía a vantagem de 2 a 0, conquistada no jogo de ida, no Maracanã, e que teria toda a facilidade de controlar o jogo, envolvendo o adversário, como tem feito na maioria das vezes que entrou em campo em 2019, penou para conseguir sair do seu campo de defesa. A bola, que costuma chegar redonda em gramados nivelados, passou a chegar quadrada e dominá-la necessitava qualidade técnica, o que falta na maioria dos nossos jogadores.
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Além disso, perdemos chances de gols claras, principalmente no jogo no Rio de Janeiro, que fazem falta – e farão – num jogo eliminatório, que é a principal característica da Copa do Brasil. Luciano perdeu gols incríveis. No Maracanã, conseguiu perder gol feito por três oportunidades no mesmo lance. E perdeu outro feito no jogo de quinta, no Recife. Ele tem mérito no ano. Afinal, tem feito os gols durante a ausência do Pedro. Ocorre que estes gols não podem ser perdidos. Especialmente em mata-mata. Que ele tenha humildade de perceber os erros cometidos e tenha mais calma nas próximas vezes.

A arbitragem, novamente, foi extremamente prejudicial ao Fluminense. Yony sofreu falta que renderia cartão vermelho para o adversário por ser o último homem. Talvez tenha sido até pênalti. A televisão sequer repetiu o lance para tirarmos essa dúvida. E o árbitro – péssimo – nem marcou falta. No Rio de Janeiro, já tínhamos sido prejudicados ao anularem um gol regular do Luciano e por não marcarem outro pênalti. Num confronto que era para ser extremamente fácil quase fomos eliminados. Isso que dá aceitarmos calados tais erros. Até quando essa conduta passiva permanecerá?
Domingo temos a nossa estreia contra o Goiás no Brasileirão. Será o primeiro jogo do Fluminense no Maracanã após a administração do estádio ser nossa. O que já era a nossa casa passou a ser ainda mais. Agora, sem intermediários. A experiência do torcedor tem tudo para ser incrementada. Seja nos bares do estádio, seja na facilitação na realização de festas e a criação – mais do que necessária – de atmosfera de jogo de futebol, que há muito tempo deixou de existir em jogos do Fluminense.
A torcida preparou mais uma edição da Festa das Bandeiras. Um clássico que só a nossa torcida sabe fazer. Serão distribuídas milhares de bandeiras para quem chegar cedo no estádio. Dia para levar a família e experimentar, ainda que por um dia, o que já foi a arquibancada tricolor, especialmente nos anos 70 e 80. Não há nada mais lindo do que a torcida do Fluminense nas arquibancadas do Maracanã, com milhares de bandeiras tremulando e o grito forte e inebriante de “Nense! Nense! Nense!”. Nossa torcida tem tudo para se dar, no domingo, um dia excelente de confraternização, demonstração de amor e de apoio pelo Flu.
São essas pequenas coisas que formam e forjam tricolores. Especialmente os pequenos. Ninguém passa incólume por uma experiência dessa magnitude. Nossas cores, nosso nome, nosso escudo, nossa história e nossos cantos são contagiantes e hipnotizantes. Além de únicos.
Ah, e ainda tem a estreia da camisa tricolor nova. Um dos modelos mais belos que eu já vi o Fluminense lançar. Uma camisa digna da nossa tradição. Que chama título. Que deslumbra até torcida adversária.
O Fluminense é o que é justamente por causa dessas coisinhas somadas. O clube é tão gigantesco que basta não atrapalhar que ele anda sozinho. Não é pedir muito. Até amanhã!
Saudações Tricolores,
Leonardo Bagno