Hudson critica o retorno precoce, fala de união e da torcida: “Exemplar a atuação. Nos motiva cada vez mais”

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O volante Hudson foi o primeiro atleta a conceder entrevistas, depois do retorno das atividades no CT. Através de uma aplicativo de reunião virtual, os jornalistas fizeram as suas perguntas ao volante. Seguindo todos os protocolos de segurança, e usando uma máscara, por pouco mais de meia hora, o jogador respondeu aos jornalistas. E iniciou criticando a pressa pelo retorno do Estadudurante cerca de 40 minutos, que iniciou a entrevista criticando o retorno do Carioca:

– É uma situação completamente inusitada, não só para nós jogadores, mas também para vocês jornalistas. Estamos tendo que nos adaptar. Estamos tendo que ter muito jogo de cintura, um psicológico muito forte. Não é fácil lidar com essa situação. Vivemos uma situação de calamidade pública no país inteiro, estamos ainda com números muito altos. Isso tudo ainda é uma preocupação para a gente, para as nossas famílias e amigos. E ainda assim, apesar disso tudo, ainda temos que pensar em entrar em campo, ter um alto rendimento. Tempo de preparação curtíssimo após mais de três meses parado, você ter três, quatro, cinco dias de preparação é muito pouco, para você ter um alto rendimento. Temos que superar tudo isso e procurar fazer o melhor jogo possível e honrar a camisa do Fluminense, o trabalho que nosso presidente tem feito, que está nos dando orgulho. É uma situação inusitada, mas que mais uma vez a gente vai ter que superar.

Na sequência, o novo xodó da torcida tricolor, comentou sobre o intervalo entre o Carioca 2020 e o início das competições nacionais, que devem ocorrer somente em agosto. Fazendo uma comparação aos demais estaduais no Brasil, que ainda não retornaram, mais uma vez o volante não poupou críticas:

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– É uma questão de lógica, bom senso, saber que os outros estaduais vão começar em meados de julho e vão terminar começo de agosto e o Carioca podendo terminar muito antes, com duas, três semanas de antecedência. Podemos ficar esse mesmo período sem jogos, o que traz dificuldade em ritmo de jogo, sequência, padrão tático/técnico da equipe. O time com ritmo de jogo e sequência tem tendência em desempenhar melhor. Ficamos meio sem entender essa pressa com essa volta tão precoce, no momento em que se atinge o segundo maior número de mortes no Brasil. Mas estamos aqui para cumprir nossas obrigações. Estou louco para voltar a jogar, mas é um momento que poderíamos esperar um pouco mais.

Hudson ainda elogiou a torcida tricolor, que vem se empenhando numa campanha de associação em massa, #ÉpeloFlu. Na visão do volante, a galera tricolor está sendo exemplar:

– O Fluminense está sendo um exemplo para ser lembrado nessa situação. A torcida, como sempre, está apoiando o clube. A gente recebe mensagens diárias de incentivo ao nosso posicionamento nas redes sociais. Os torcedores estão se esforçando ao máximo para ajudar o clube. Eles tem dado exemplo de abraçar o clube em um momento difícil. É exemplar a atuação da torcida e nos motiva ainda mais.

Por fim, ele ainda comentou sobre o manifesto. Elogiou a postura do presidente Mário Bittencourt e garantiu que o movimento partiu do elenco:

– Partiu da gente o manifesto. A nossa preocupação é com as pessoas que estão morrendo, mas também com a nossa condição física, a possibilidade de se lesionar com mais facilidade. É um desgaste extremamente desnecessário para que o bom senso prevaleça. A nossa preocupação continua. Dez dias são pouco, mas vamos ter que superar isso. A gente não programou nenhum protesto ainda. A nossa indignação é visível, ninguém esconde isso, mas ainda não temos uma forma de protestar. Acho que o nosso manifesto foi muito claro.

ST


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