Hoje é Ganso e mais 10! O que se esperar do Flu de logo mais

O Fluminense deve mandar a campo um time alternativo. Sim, não digo um time misto ou reserva, pois creio que essa formação pode se mostrar até mesmo superior à qual o Odair vinha trabalhando. Talvez pela presença de Michel Araújo no lugar do Yago, eu penso que esse time vai dar o que falar. Com Ganso orquestrando a molecada, a equipe tem tudo para conseguir, enfim, resolver um dos problemas mais crônicos do time de Odair Hellmann, que é a transição rápida para o ataque. Ganso faz o jogo correr, enquanto Nene quer correr com o jogo. Explico.

Primeiro aos mais ávidos defensores de Nene, não o estou criticando. Em nada. Acho que o meia é importante para o elenco e para nossas vitórias, mas discordo de seu aproveitamento em quase 100% dos jogos e por quase 100% dos jogos. Ele consegue matar um, mas passa três ou quatro sem conseguir produzir tanto. E, quando uma peça de seu calibre não funciona, o time todo sente. Nene se entrega ao máximo – até mesmo aqueles que não curtem seu futebol concordam com isso. Ele corre o campo todo e quer construir a jogada lá. Ele corre com o jogo. E isso é uma característica boa, sem dúvidas. Mas cansa. E quando conseguem marcar… fica difícil de reagir. E aí, sua manutenção em campo por quase 90 minutos do jogo… não se justifica. Ganso não. Não espere dele uma jogada em que vá se livrar de 3 ou 4 defensores e meter a bola na gaveta. Ele não corre com a bola. Ele faz o jogo correr.

Sou fã do Ganso. Gosto do toque de magia que ele dá no jogo. No ano passado, quando Diniz o encontrou, ele conseguiu fazer o meio, com Allan e Danielzinho, subir de produção. E fez com que os jogadores subissem de produção idem (e Allan ser mega valorizado, e Daniel conseguir buscar um bom contrato no Bahia), além de colocar os companheiros em condição de marcar inúmeras vezes, no ano passado. Ganso faz o jogo correr. Yonny Gonzáles, Caio Henrique e Luciano… como se destacaram nesse time comandado por ele. E com moleques velozes ao lado dele, e inteligentes, como André e Luiz Henrique, além do apoio de Hudson, que auxilia tanto na marcação como na saída de bola com mais qualidade, espero ver um Flu mais ágil. Marcos Paulo é outro que tende a subir de produção com o camisa 10. Ganso dá mais espaço pro garoto receber em condições de criar ou finalizar. Yago, pela direita, deve fazer um papel mais de meia do que de ponta, ainda assim, é uma boa alternativa por ali. Para dar sequência nas jogadas.

Se esse não é o time dos sonhos de todos os tricolores – queremos e precisamos de jogadores capazes de chegar e fazer a diferença – essa mescla com que nossa base está oferendo agora eu acho a melhor das alternativas. Há dois anos, Calegari, Luan, André, Martinelli, Marcos Paulo e Luiz Henrique ainda estavam no sub-17, considerada a geração de ouro, por tantos talentos revelados por ali. Ao lado deles ainda tem o João Pedro, que já deixou o clube. E todos eles estarão na Ilha do Retiro, logo mais. E quatro deles na condição de titular.  Além desses, ainda temos o goleiro Marcos Felipe, os laterais Daniel e Igor Julião, os volantes Martinelli e Nascimento, o meia Miguel além do atacante Wellington Silva, formando a lista de relacionados, com de 12 atletas feitos em casa. É a tal mescla com Xerém que a torcida quer – e eu também – acontecendo. E que continue assim.

Vejo muito potencial nessa galera aí. Tem muito futebol, todos com seus contratos estendidos – Miguel ainda negocia a renovação (vence no meio de 2022). E esse jogo tem tudo para ser um marco, de vez, da chegada do “bonde dos moleques de Xerém”. Vamos encarar um Sport experiente, mas que também passa por dificuldades. Com 11 pontos, e há 3 jogos sem vencer – a última foi sobre o Goiás, no dia 06 desse mês – o time de Jair Ventura precisa encontrar o caminho das vitórias. E isso pode ser utilizado contra eles. Basta seguir o bastão do maestro Ganso e colocar a molecada para jogar. Hoje sou mais Fluzão.

Alias, sempre fui e serei.

ST

Washington de Assis