Fluminense tem queda na produtividade ofensiva desde retorno do futebol

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O Fluminense estreou, no último domingo (09), perdendo por 1 a 0 para o Grêmio no Rio Grande do Sul. Mas o que tem preocupado os tricolores é a dificuldade do Flu em criar oportunidades. Desde que o futebol foi retomado durante a pandemia da COVID19, o Tricolor marcou apenas quatro gols em nove partidas (contando os Amistosos da Solidariedade contra o Botafogo).

Nos últimos jogos, o Fluminense tem tido dificuldades sobretudo para concluir as jogadas. Contra o Grêmio, foram apenas quatro finalizações. Destas, entretanto, apenas o chute de Evanilson, após o passe de Marcos Paulo, obrigou o goleiro Vanderlei a realizar uma defesa.

Contudo, antes da suspensão das competições o Flu  vivia uma situação bastante diferente. O Tricolor havia marcado 32 gols em 15 jogos, média de aproximadamente 2,1 por jogo. No entanto, desde o retorno das competições, a média caiu para 0,44 por partida.

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Gols Jogos Média de Finalizações
Pré-pandemia 32 15 9,8
Durante a pandemia 4 9 8,1

Embora os números demonstram uma diminuição leve nas finalizações por jogo, estão sendo contabilizadas partidas enquanto o Fluminense ainda atuava com dois volantes como contra Volta Redonda e Macaé. Diante do Voltaço, o Flu finalizou 14 vezes enquanto diante do Leão do Norte Fluminense, foram 13 no total.

Desde que o técnico Odair Hellmann passou a adotar a formação com três volantes, a média cai para 6,5 por partida.

Infográfico com o número de finalizações do Fluminense por jogo
Dados: FootyStats

Baixo aproveitamento do ataque no Fluminense

De acordo com o levamento da nossa reportagem, o Flu precisa, em média, de mais de quatro vezes mais finalizações para marcar um único gol. Enquanto antes da pandemia, o Tricolor marcava um gol a cada 4,6 chutes, hoje o Fluminense marca um gol a cada 18,25 chutes.

O Time de Guerreiros também apresenta dificuldades em construir jogadas de ataque. Quando recupera a bola, o Fluminense possui uma transição lenta, o que facilita a marcação adversária.

Dos quatro gols marcados desde que o futebol retomado, o feito por Gilberto, na final da Taça Rio, nasceu de uma bola parada e o de Michel Araújo, no primeiro amistoso contra o Botafogo, veio após um erro da defesa adversário.

Somente os gols marcados por Evanilson, no primeiro jogo da final do Campeonato Carioca contra o Flamengo e no segundo amistoso contra o Botafogo, surgiram após jogadas trabalhadas sobretudo com velocidade na troca de passes.

Jejum dos atacantes

Nenê em campo pelo Fluminense
Nenê é o artilheiro do Fluminense na temporada, mas não marca a 10 jogos (Foto: Reprodução/Fluminense Football Club)

Outro fator que ajuda a explicar os números do ataque tricolor é a falta de gols dos jogadores mais ofensivos. O Tricolor, por enquanto, tem Nenê como artilheiro, com nove gols, seguido por Evanilson, com sete, e Marcos Paulo, com cinco. No entanto, destes somente Evanilson balançou as redes após a suspensão das competições.

Nenê, por exemplo, ainda não marcou desde que o futebol retomado. Em contrapartida, outros atacantes como Caio Paulista e Fred seguem sem comemorar gols em 2020.

Atacantes Jejum (em jogos que participaram)
Caio Paulista 12
Marcos Paulo 10
Nenê 10
Fernando Pacheco 8
Welington Silva 5
Fred 4
Michel Araújo 2

 

ST

 


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Lucas Meireles

Jornalista formado pela UFRRJ, apaixonado por esportes e pelas boas histórias.

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