FIM DE NOITE IMPROVAVEL

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FIM DE NOITE IMPROVAVEL (MARIO NETO)

Para começo de conversa, “benção” GRAVATINHA. Não ressuscitamos como de costume mais um morto. Hudson teve a sua melhor atuação no Fluminense, foi o melhor jogador em campo (lembrando os bons tempos no São Paulo), participando diretamente de dois gols e de quebra chegando várias vezes na área do Goiás. Não recuamos como fazíamos sempre depois de um gol, com medo de perder. Caio Paulista, que até então não via a cor da bola, jogou bem. A zaga não falhou, Danilo Barcelos não comprometeu e acabamos a rodada em sexto lugar, na zona da Libertadores da América. Exceção feita ao Atlético Mineiro, encostamos em todos que estão na nossa frente, diferenças mínimas com chances de subirmos mais na próxima rodada. De quebra somos agora o segundo ataque mais positivo do campeonato, vinte e um gols, depois do Galo do San Paoli.
Qualquer tricolor, até os radicais que disserem que contavam com tudo isso, mesmo por segundos, estará mentindo! Foi na verdade uma baita e ótima surpresa, que só o futebol pode nos proporcionar. Por isso e outras coisas é o melhor esporte do mundo. Tem tricolor se beliscando até agora! Sem acreditar no que aconteceu. Somando-se a tudo isso a tabela, os resultados nos ajudaram. O Bahia venceu o Vasco metendo 3a0, tirando assim a nossa capacidade de ressuscitar mortos. Ainda tremo quando penso nisso.
Antes de analisar o jogo com o Goiás e a próxima partida contra o Bahia no Mario Filho, quero falar do Fred, cuja contratação foi contestada pela maioria dos tricolores, que o consideravam em fim de carreira e que era melhor trazer outro centro avante. A diretoria trouxe o Felipe Cardoso. Contra o Goiás o Fred mostrou, com lindo gol de cabeça, que valeu e muito o seu retorno ao Tricolor, o quanto ainda tem lenha para queimar. Logicamente que está longe de ser aquele que foi o responsável direto pela recuperação fantástica de 2009 e pelos dois títulos do Brasileirão. Mesmo sem ser o mesmo jogador, obviamente Fred ainda impõe respeito e muito aos adversários, que colocam quase sempre dois jogadores na sua marcação em quaisquer circunstâncias. Quando substituído o adversário reduz a marcação, o que significa mais um jogador para nos atacar. Suas condições físicas são preocupantes, machuca-se com facilidade. Se eu sou o técnico não penso duas vezes em colocá-lo desse o início em qualquer partida. A bola precisa chegar nele.
Tomara que o nosso técnico neste domingo não tenha uma recaída e mantenha o time ofensivamente. Como disse o Bahia não precisa ser “ressuscitado”. Já conseguimos os tais sete pontos desejados e necessários no começo desta série de jogos. Há grande chance, por incrível que pareça até então, de encostarmos nos líderes em caso de vitória, se a tabela nos ajudar novamente. Meu sonho desde o começo deste Brasileirão é ficarmos na primeira parte da tabela no final. Quase que isso se transformou num imenso pesadelo, num passado bem recente. Quem diria que apesar de algumas tristes atuações o Fluminense estaria com 21 pontos e fazendo a sua melhor campanha desde 2013? Para termos uma idéia, no ano passado a esta altura tínhamos 12 pontos e estávamos mergulhados na zona do rebaixamento.
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