Fim das concentrações, muito papo e aproveitamento de todo o elenco – Odair vai mostrando sua cara

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O técnico Odair Hellmann chegou ao Flu com apenas uma experiência significativa enquanto treinador. O comandante esteve à frente do Inter, por quase dois anos, e mostrou que entende do traçado. Por aqui, ainda sem completar um mês de treinamentos – o Flu iniciou sua pré-temporada dia 8 de janeiro – o treinador vem sendo bastante elogiado por todos. Sejam eles jogadores, membros da comissão técnica e demais funcionários do clube. Com muita disposição e trabalho, ele vai dando sua cara para o elenco todo. Não só para um time:

– Temos muita coisa para corrigir, mas ainda bem que poderemos corrigir com 12 pontos. A equipe vai evoluindo dentro da nossa ideia. Temos quatro vitórias e jogadores que ainda não estrearam. Ganhamos quatro partidas, mas ainda não conquistamos nada. Temos muita coisa a evoluir e melhorar. Que o Nenê continue assim. Quando a equipe está consolidada dentro de uma ideia de jogo, as individualidade se potencializam. Ele tem essa qualidade de definição, bateu uma bola na trave. Está em um ótimo momento – comentou o treinador, completando com elogios  aos jogadores do Flu, sobretudo ao autor do gol de calcanhar:

– Que o Nenê continue assim. Está bem. Quando a equipe está consolidada ou se consolidando através de uma ideia de jogo, as individualidade se potencializam. Nenê está aproveitando o bom momento, junto da equipe, que está em um momento bom. Ele tem essa qualidade de definição, também bateu uma bola muito bonita na trave…

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Em relação ao convívio com o elenco, o treinador comentou sobre a relação humana e sobre os sentimentos de cada. Ele chegou e aboliu a concentração, por exemplo, em jogos no Rio. Nesses dias, os jogadores se apresentam num hotel, onde depois seguem para o Maracanã:

– Respeito todos os caminhos, filosofias, ideias. Posso até discordar, divergir e aceito o contraditório sem problema nenhum. Tenho pilares muito bem definidos na minha caminhada: organização, intensidade, concentração, qualidade de jogo. Mas o que move tudo isso é relação humana. Quem faz tudo isso são os jogadores. Eles têm os mesmos sentimentos de raiva, frustração, dor, que todos nós, que todos os torcedores. São pessoais normais, que exercem uma profissão especial. E se o cara que é o comandante não tiver essa conquista, é difícil. Isso não é uma coisa que acontece da noite para o dia. É uma conquista diária. Eles me conhecerem também. No primeiro dia, falei que iria conquistar o respeito deles pelas minhas atitudes, pela minha forma de me postar dentro e fora de campo. Primeiro respeitaria eles, para depois conquistar esse respeito. Acredito muito que quando você tem uma boa relação de trabalho e ela é forte, consistente, ela transforma o ambiente. É um dos pilares da minha caminhada.

Avesso a rótulos, o treinador catarinense de Salete rebateu com argumentos e explicações táticas, em entrevista exclusiva à TV Globo e ao GloboEsporte.com. Ressaltou que nem todos os chamados volantes exerceram tal função na partida e lembrou que sofria com muitos desfalques, entre lesões e não regularizações. Garantiu também que, neste primeiro momento, não pensa em usar esquema com três volantes no Tricolor:

– Futebol brasileiro gosta muito de nomenclatura. Eu costumava dizer que Patrick e Edenilson, para mim, não eram volantes, eram meio-campistas. Mas se veio contratado como volante, volante será eterno, mesmo fazendo gols, mais do que os meias e atacantes, muitas vezes. Treinamos em toda as oportunidades com dois volantes e com jogadores de outras características nas outras funções. Mas perdemos a maioria dos jogadores naquela função ofensiva e também não conseguimos inscrever outros. Visualizamos a possibilidade de iniciar com o Dodi, fazendo uma função não de volante, mas em uma linha aberta – até por ver nos primeiros treinos que ele tem uma característica leve, dinâmica, para isso gerar outras possibilidades na frente. Não tinha nada de três volantes. Só a nomenclatura. Por isso que temos que observar bem o contexto todo e não rotular.

O comandante está no caminho certo. Hoje o Flu, único 100% do campeonato, recebe o Boa Vista, que é líder de seu grupo. E mais uma vez, Odair vai mexer no time. O planejamento feito no início do ano segue à risca, com revezamento de atletas e oportunidades para todos. Perguntado pelo que o Fluminense brigará em 2020, o treinador quer brigar por tudo:

– Eu penso que você não pode colocar limite para brigar. Tem que brigar por tudo, por todas as competições. E aí dentro do campo você precisa mostrar essa condição, trabalhar para isso. Nós temos um grupo de qualidade. Estamos construindo um grupo e a ideia é construir uma equipe forte e de qualidade. Para isso que vejo a importância do grupo, porque são muitas competições. Criar entre os jogadores essa competição aqui interna para evoluir e levar isso para dentro do campo de jogo. Então, limite não colocamos. Temos sempre que mirar o mais alto possível porque sonhar pequeno você chega só no pequeno. E o Fluminense é gigante e tem que pensar sempre nos primeiros lugares, sempre em disputar todas as competições. Mas sabendo sua realidade. E nossa realidade hoje é que perdemos muitos jogadores que tinham uma identidade e um entrosamento como equipe. Jogadores que eram titulares, que estavam jogando, que se destacaram, que foram para outros clubes. Daniel, Yony, Caio, Allan… Está se constituindo uma nova equipe. O Nino está na Seleção, o Digão voltou faz uma semana. Tem Henrique, Egídio, Ganso, Muriel, jogadores que não conseguimos estrear ainda. Então, há uma construção de equipe e precisa de tempo para essa construção e essa evolução. Claro que nós temos jogo e nós precisamos ganhar, como fizemos, mas sempre evoluindo para o próximo jogo, recebendo mais jogadores para que possamos consolidar esse novo time, essa nova ideia. É uma nova equipe. E uma nova equipe, para consolidar sua ideia de jogar, precisa de tempo, mas precisa dar passos de evolução. E é isso que estamos treinando, cobrando, para que possamos evoluir a cada jogo dentro da nossa construção.

ST


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