Felipe Melo rasga elogios a Diniz: “Deu um banho num treinador que é de fora”

Na tarde de ontem (26/06), o Fluminense bateu o Botafogo numa das partidas de maior domínio da equipe sob o comando do técnico Fernando Diniz. A vitória por 1×0 no Nilton Santos com gol de Manoel elevou o Tricolor para a 6° colocação do Brasileirão com 21 pontos em 14 jogos, sendo oito pontos atrás do líder Palmeiras com o mesmo número de jogos. Na zona mista após o triunfo, Felipe Melo falou entre outros assuntos, sobre a volta aos gramados, o trabalho de Fernando Diniz e as chances de título do Flu.

O Fluminense vem melhorando sua performance rodada pós rodada sob o comando de Fernando Diniz e na tarde deste domingo, deu uma bela demonstração de sua força na dominante vitória sobre o Botafogo. No Nilton Santos, o Time de Guerreiros foi soberano na partida com um enorme volume na posse de bola e nas trocas de passes e saiu de campo com o triunfo graças ao belo gol de Manoel na segunda etapa. Com o resultado, o Tricolor chegou a 21 pontos, entrou no G6 e pode sonhar com voos maiores dentro do Brasileirão. Na zona mista, Felipe Melo foi perguntado sobre as chances de título da equipe e respondeu:

“A cada dia que vai passando, a cada dia de trabalho e de treino vamos nos conhecendo melhor, entendendo o que o Diniz quer para nós. Quando eu cheguei aqui eu disse que o Fluminense tinha que brigar por títulos e foi assim no primeiro semestre, ao qual conseguimos conquistar o Campeonato Carioca, a Taça Guanabara e agora é sonhar. Sonhar porque nós temos o Campeonato Brasileiro que é o mais difícil do mundo, temos a Copa do Brasil na qual temos uma vantagem importante, porém vamos jogar diante de um gigante fora de casa. Será difícil, mas não impossível. Então, vamos sonhar, continuar trabalhando, entendendo aquilo que o Diniz quer e com certeza, a cada dia que passa nós vamos evoluir”.

Com vitória no Clássico Vovô, o Flu chegou a marca de três vitórias consecutivas e quatro jogos sem perder. No somatório geral da segunda passagem de Diniz pelo clube são 15 jogos com nove vitórias, três empates e três derrotas por todas as competições, representando um aproveitamento de 66,7%. Para o volante/zagueiro – que vem voltando gradualmente aos gramados após sofrer uma lesão e passar por cirurgia – o trabalho de Fernando Diniz vai além das quatro linhas:

“Daquele jogo contra o Flamengo ao qual eu tive aquele problema que acabou dando em cirurgia, eu tive um problema com oito minutos do primeiro tempo e com a adrenalina, com a força de vontade por ser um jogo importante da final do Carioca, me deixou dentro de campo mesmo com a dor. Então aquilo ali foi um pouco pior (para a lesão), fiz operação, dentro da cirurgia teve um situação que não estava nos planos e eu preciso de tempo para estar 100%. Não para trabalhar sem dor, mas trabalhar com uma dor aceitável, vamos dizer assim. Tempo nós não temos no futebol brasileiro, principalmente agora que estamos em ano de Copa do Mundo”.

“Ele (Fernando Diniz) tem visto como é o meu rendimento, como é o meu sacrifício, como eu tenho pagado o preço. O Diniz, diferente de grandes treinadores, além de entender no quesito campo, ele entende de pessoas também. É até bom levantar esse gancho porque eu vejo tantos treinadores com métodos que vem de fora para cá, mas volto a bater na tecla de que temos de dar valor ao produto nacional. Nós somos um país pentacampeão do mundo, os clubes saem de lá fora para contratar os atletas daqui, eu por exemplo saí muito jovem daqui. Nós temos sim, grandes treinadores. Hoje ao meu modo de pensar, o treinador nacional deu um banho num treinador que é de fora. Então, com máximo respeito aos treinadores que vem de fora, pois tem grandes treinadores que vem e ajudam aumentando o sarrafo para os treinadores daqui estudarem mais. Nós temos de dar um pouquinho mais de valor ao produto nacional e o Diniz é prova de que essa nova safra de treinadores, que são boas. É claro que faltam títulos, mas estamos trabalhando bastante para que isso aconteça”.

Além da vitória no clássico, Felipe Melo também comemorou seu aniversário de 39 anos no domingo. Outro veterano como o pitbull é o ídolo Fred, que possui 38 anos e está mais próximo do que nunca de pendurar suas chuteiras. Sobre a o peso do atacante para o Fluminense e seus últimos dias como jogador profissional, o camisa 52 falou:

“Daqui a pouco o Felipe Melo vai estar parando também. O Fred é o ídolo de uma geração aqui dentro do Fluminense. É um cara que já conquistou grandes coisas aqui e com muito mérito, é ídolo, não só do torcedor, mas também de nós que somos companheiros dele. Vai ser triste (a despedida), mas eu tenho certeza que ele vai continuar com a gente”.

O Próximo desafio do Fluminense acontece no próximo sábado, às 16h30, contra o Corinthians no Maracanã.

ST