Fala, professor! – Marcão: “Era um jogo muito difícil. E nossa equipe duelou com eles o tempo todo”

Após a derrota por 2×1 para o São Paulo em casa, o técnico Marcão cedeu uma entrevista coletiva online. O Fluminense ainda não conseguiu ganhar sob o seu comando nesse ano e agora soma duas derrotas seguidas. O técnico discordou quando foi perguntado sobre a baixa velocidade do time em campo e a baixa movimentação e criação das jogadas.

“Vou discordar um pouquinho hoje. A gente tinha uma dificuldade em alguns jogos, jogo do Atlético-GO, realmente, a equipe ficou com muita posse, lenta, sem transição, mas eu acho que nesse jogo a gente conseguiu ferir mais a equipe adversária, conseguiu trabalhar com maior velocidade no último terço, tivemos algumas situações de gol. A gente teve a chance de fazer o primeiro gol, depois perdendo o jogo teve chance com o Caio, com o Fred, de até buscar uma situação melhor de gol. Era um jogo muito difícil, contra o líder do campeonato, uma grande equipe, e nossa equipe duelou com eles o tempo todo. Foi resolvido no detalhe. Lógico que a gente queria uma sorte melhor, merecia, tivemos chance no final para empatar. Mas acredito que melhoramos essa posse, esse trabalho no último terço do campo que a gente tanto precisava.”

Já quando perguntado sobre o melhor posicionamento do Marcos Paulo, o técnico afirmou que o jogador já jogou várias vezes na posição em que foi colocado hoje e que, mesmo jogando no meio e pelo lado, ele não precisa ficar engessado na posição determinada. “Ele tem total liberdade de fazer o jogo por dentro, de fazer as variações, mudar de lado. A gente só pede que na hora defensiva que ele esteja posicionado e isso a gente já passou para os nossos atletas.”

A ausência do André também foi vista como uma novidade já que o atleta vinha sido relacionado nas últimas partidas. E quando questionado por isso o técnico afirmou que foi por opção.

“O André é um grande menino, um grande jogador. Mas hoje a gente fez a opção pelo o Martinelli  e pelo o Nascimento, que vinham jogando com a gente no sub-23. Martinelli já jogou e demonstrou o potencial dele. Nascimento também da mesma forma, na hora que precisou ele demonstrou também que tem capacidade de estar junto e no elenco. E a gente fez uma opção. São meninos valorosos que vão ajudar a gente. E algumas horas a gente tem que fazer a nossa escolha.”

Marcão também falou da mudança das posições de alguns jogadores para a partida. Com Wellington Silva pela direita, Michel Araújo centralizado e Marcos Paulo pela esquerda, o técnico falou sobre essa escolha:

“A gente teve que montar um tripé. O São Paulo é uma equipe de muita posse e o Michel é forte por dentro, tanto que o São Paulo não criou situações por dentro do campo. É o que mais ele faz com outras equipes. A gente fez a opção de ter o Wellington Silva para fugir na velocidade pelo lado e o Marcos Paulo pela lateral fugindo por dentro do Dani Alves que faz a pressão só ofensiva. Por isso nós mantivemos o tripé para a gente conseguir alguma variação em cima de um possível defeito da equipe do São Paulo.”

O técnico foi questionado sobre como transformar a posse de bola, que ele prioriza em seu estilo de jogo, em efetividade. Marcão foi perguntado sobre o que fazer para o time ter mais criação em seu meio de campo:

“Gosto da posse de bola, mas com objetividade e com infiltração. Isso que estamos tentando buscar. Acho que hoje foi melhor, quando a gente furou a linha adversária tentamos ser mais incisivos e objetivos, e é isso que vamos buscar e trabalhar.”

O meio campo hoje do Fluminense foi montado com jogadores mais leves do que os que o técnico montou nas outras partidas. E por isso foi perguntado se pretende continuar com a mesma formação ou voltar com os medalhões na próxima partida contra o Flamengo.

“Eu gostei muito do trabalho, do nosso tripé. Os meninos trabalharam muito, anulamos em alguns momentos a equipe do São Paulo e a gente vai tentar dar continuidade. É lógico que a gente precisa de todo mundo do grupo para podermos fazer a melhor escolha. para o Fluminense.”

E sobre os jogadores de destaque dos times da base, Marcão garante que está de olho nos atletas mas afirma que esse caminho da base para o profissional deve ser respeitado:

“São garotos valorosos. O Samuel Granada tem jogado direto no sub 23, esse processo a gente tem que respeitar com o o clube e com Xerém. O John Kennedy está trabalhando mais no Sub-20 mas está bem perto da gente e a gente está olhando com carinho. Gosto demais desses dois jogadores e do Matheus Pato. São jogadores que trabalham bastante e que estão mostrando que daqui a pouco podem estar sim junto com o plantel.”

ST,

Edu Marques