Fala, professor: “Futebol não tem justiça, tem que botar a bola para dentro”.

Compartilhe

O técnico Odair Hellmann falou aos jornalistas, após a sofrível eliminação do Flu da Sula. Entendendo que o Flu esteve melhor nos 180 minutos do jogo, o treinador reconheceu que o time precisa evoluir na parte final do campo, em criatividade e finalização, e que o que definiu a classificação foi o descuido tricolor no Maraca, quando sofreu o gol de empate:

– No confronto de 180 minutos, infelizmente não conseguimos a classificação. Mas acho que produzimos, tanto no Maracanã quanto aqui, um jogo melhor, mais situações de gol, mais chances criadas, mais posse de bola, mais número de passes… A situação do gol fora… Bola na rede que define. E não conseguimos fazer o gol fora de casa. Produzimos até para fazer. Tivemos poucas finalizações, é verdade.

– No 2º tempo tivemos total domínio. Ficamos o tempo todo com a bola. Mas na última parte do campo precisamos evoluir, vamos evoluir, temos que evoluir, para criar um maior número de oportunidades de gol, principalmente quando você joga contra uma equipe com uma defesa muito fechada, muito forte, e que usa essa bola longa para escapar do contra-ataque, que dificulta. Nesse momento, desclassificados, é complicado falar, mas merecíamos situação melhor pelos dois confrontos que tivemos. Mas o futebol não tem essa situação de justiça. Tem que botar a bola para dentro.

Você conhece nosso canal no YoutubeClique e se inscreva! Siga também no Instagram

– Precisamos melhorar ao enfrentarmos adversários que baixam a linha de marcação. Precisamos ter o domínio, ter a posse, mas precisamos ser mais contuntentes, mais definidores, incomodar mais o goleiro adversário. Criamos três ou quatro situações perigosas, de chance de gol. Mas com esse volume de passe e posse, precisamos criar mais, para incomodar mais. Porque, senão o time adversário vai se sentindo confortável dentro do confronto e foi o que aconteceu. Eles não produziram nada o tempo inteiro, só uma bola longa aos 40 do 2º tempo. No Maracanã faltou nos impor, para que pudéssemos trazer um placar de vantagem para trazer o jogo para o desconforto deles. Foi o que não aconteceu.

– Não conseguimos dessa vez. Está todo mundo muito dolorido, chateado com a eliminação. Temos que retomar o mais rápido possível para as próximas competições. Semana que vem temos uma competição parecida, mata-mata. Essa eliminação tem que doer em todos nós. Estamos criando uma identidade de buscar as classificações, os objetivos. Não deu nessa, infelizmente. Temos que voltar a trabalhar, para que na próxima entrevista possamos estar em uma situação feliz.

– Nós passamos isso para os jogadores. Já tínhamos visualizado a situação tática deles, independentemente do sistema que viessem. Eles têm uma facilidade para jogar aqui, mais isso não é desculpa. O campo foi igual para os dois times lá no Maracanã, e igual para os dois times aqui.

– Claro que quem tem a situação que facilita quem tem esse campo. Ao conseguirem o resultado que conseguiram no Maracanã, proporciona muito mais facilidade para o jogo que eles têm em casa, um jogo de marcação muito forte, agressiva, de baixar as linhas de marcação, de dar a posse para o adversário, para sair no contra-ataque, sair muito rápido com toques de primeira quando recuperar a bola aproveitando o gramado ou alongando a bola nas costas da defesa. O empate no primeiro jogo proporcionou tudo isso. O 2º tempo foi claro. Nós, dentro do campo do La Calera, com todo domínio, mas para criar a situação final, que é o que te dá o gol, sempre tem um timing atrasado, a bola sempre sobe um pouquinho mais. Porque não temos esse timing. O resultado de lá ajudou ainda mais a proporcionar o jogo de hoje para eles. Foi isso que aconteceu. Aqui, para se criar, se o La Calera tivesse que buscar o resultado, o jogo seria totalmente diferente. Eles teriam que se abrir, dar espaço para nós e, com a qualidade que temos, iríamos criar mais oportunidades.

ST

Fonte: GE e Comunicação Flu


Compartilhe

106 thoughts on “Fala, professor: “Futebol não tem justiça, tem que botar a bola para dentro”.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *